11 de fevereiro de 2013

Crítica: Meu namorado é um zumbi

Versão açucarada para o mundo pós-apocalíptico, o filme surfa em ondas mais calmas sobre o tema dos zumbis e agrada pela leveza e auto ironia.


Os mortos-vivos acabam de ganhar mais um capítulo cinematográfico. O filme "Meu namorado é um zumbi", dirigido por Jonathan Levine, aposta em plateias juvenis, mais precisamente nos fãs da série "Crepúsculo, e menos no público viciado na série de TV "The Walking Dead" - que voltou ao ar no último domingo (10) para a segunda parte da terceira temporada na Fox.

Basicamente, a história do filme gira em torno de um zumbi adolescente, chamado "R" (Nicholas Hoult), e a humana Julie (Teresa Palmer). Ele vive dentro de um aeroporto, perambulando junto com seus companheiros de morte. Em sua casa - um avião - coleciona discos de vinil, "pelo som mais vivo" que reproduz em detrimento do iPod, e gosta do cantor Bob Dylan! Mas tudo começa a mudar quando conhece uma garota e começa a sentir-se mais vivo do que morto. E até seu coração volta a bater - causando em efeito em cascata nos seus semelhantes.

A paixão entre um morto e uma humana não soa estranho. Edward e Bella, o casal-chiclete da saga "Crepúsculo", já colocou em xeque o ponto fundamental para a relação entre duas espécies tão distintas. De vampiro a morto-vivo. Só mudam os subtítulos, e a ironia utilizada na narrativa.

Vivendo temporariamente na cidade dos mortos após uma excursão mal-sucedida na busca por remédios, Julie precisa agir como zumbi, e para isto conta com o treinamento de seu pretendente. "Finja ser um morto-vivo, faça grunhidos. Mas não exagere", recomenda "R". Mesmo já estando apaixonada pelo zumbi, a garota volta para a cidade protegida por grandes muros - onde seu pai é o general responsável pela comunidade. Só que Julie não espera ver o amado na porta de sua casa, querendo vê-la e conversar, mostrando estar "mudando" - ou seja, voltando a ser humano graças ao amor despertado pela garota.

O filme é todo narrado em primeira pessoa, através das lembranças e pensamentos de "R". Soa irônico em muitas cenas, mas agrada pela suavidade e até a simplicidade infantil para retratar o mundo pós-apocalíptico. Quem deseja ver mais zumbis do que romance, fuja deste filme, e se ligue na volta de "The Walking Dead" na Fox!

Cotação: * * *

4 de fevereiro de 2013

Crítica: Alto da Harmonia

Localizado num ponto mais tranquilo da Vila Madalena, o restaurante/bar Alto da Harmonia combina um ambiente charmoso com preços camaradas.


Não se deixe intimidar pelo casarão pomposo, que faz parecer a visita um grande rombo no cartão de crédito. Pode entrar tranquilo, curtir a bela vista do terraço e não se preocupar com a conta: os preços são super baixos para o padrão da Vila Madá.

No dia da visita, uma sexta-feira a noite, precisamos esperar cerca de cinco minutos para conseguir uma mesa. A recepcionista, muito agradável, sugeriu que esperássemos no terraço, observando a bela vista! O clima romântico ganhou destaque com as luzes de São Paulo. Existe até uma luneta no local para observar os detalhes dos prédios ao redor. Ponto positivo!

O casarão, instalado na rua Harmonia, 271, tem um aspecto rústico, com tijolos e madeira a vista. As janelas amplas e as luzes dão um tom cool ao espaço.

Já instalados na mesa, pedimos dois sucos naturais (R$ 6, diversos sabores), uma tapioca (R$ 18, de carne seca e queijo - mas no dia da visita a carne estava em falta) e um prato de massa (R$ 29). As bebidas chegaram na mesa geladinhas depois de dez minutos e a comida logo na sequência. A tapioca estava no ponto e bem apresentável. A massa com mussarela de búfala estava caprichada e bem servida.

Há diversas opções de cervejas e drinks. Só faltam os vinhos, ausentes no cardápio.

O que chama a atenção no cardápio é uma parte dedicada para rações animais! Sim, o restaurante oferece comidas para os pets, em porções individuais. No mínimo, diferente!

O restaurante serve como uma boa opção para casais e grupos em busca de tranquilidade na Vila Madalena. Os preços são justos pelo serviço que oferece. No geral, agrada bastante, mas não empolga por completo.

Avaliação: Bom

29 de janeiro de 2013

Crítica: Lincoln

A mais nova obra cult de Steven Spielberg concorre em 12 categorias no Oscar 2013. E os longos 150 minutos do filme explicam os motivos para ser o maior e melhor, assim como Lincoln.


Antes de mais nada, para plateias fora dos EUA, é bom contextualizar o momento escolhido por Spielberg para retratar a figura do décimo-sexto presidente norte-americano, Abraham Lincoln, interpretado com perfeição por Daniel Day-Lewis.

Estamos em 1865, o quarto e último ano da Guerra de Secessão, que opôs o Norte dos EUA, liderados pela União, contra o Sul, comandados pelos Confederados, que eram os Estados separatistas com economia agrária, que dependiam dos escravos negros que seriam libertados caso a 13ª emenda fosse aprovada pelos congressistas.

Nesta guerra civil que deixou centenas de milhares de mortos do mesmo país, Lincoln aparece como a figura que deve, em seu segundo mandato, colocar um basta no massacre. E para tal precisa aprovar uma lei que acaba com a escravidão, e consequentemente com a guerra.

Eis que surge a figura emblemática do presidente norte-americano Abraham Lincoln, com sua voz calma, baixa, com o físico já deteriorado após os quatro anos de guerra e intensa pressão política. A interpretação de Daniel Day-Lewis é magistral, conduzindo o filme e prendendo a atenção do espectador, até aqueles sonolentos de carteirinha. Sua interpretação deve lhe render o Oscar de melhor ator.

Pertencente ao partido Republicano, Lincoln deve conduzir uma intensa negociação com os Democratas para colocar um ponto final na guerra aprovando a 13ª emenda, que prevê a abolição da escravatura. Ele conduz seus aliados nas negociações e se coloca em campo para travar as batalhas para ver seu projeto aprovado na câmara no final de janeiro de 1865, depois de acaloradas discussões e subornos.

Quase 150 anos depois, o atual presidente negro dos EUA Barack Obama precisa travar diariamente as mesmas disputas com o partido Republicano para aprovar as leis dentro da mesma Câmara de Lincoln que beneficiariam todo o país, mas que encontram forte resistência.

O filme de Spielberg tem muito a ensinar como se faz – e continua fazenda – política dentro e fora dos EUA. A figura de Lincoln não se torna, forçadamente, um mito a ser venerado. Mas acaba sendo  transformado num homem de carne e osso, que enfrentou todos os Estados para pregar seus ideais, unir o país e lutar pela paz e igualdade racial.

Cotação: * * * *

Crítica: João e Maria – Caçadores de Bruxas

Esqueça as crianças perdidas no meio da floresta que encontram uma casa feita de doces com uma bruxa malvada dentro tentando fazer as crianças engordarem para comê-las no jantar.


A histórica fábula dos irmãos Grimm ganhou ares épicos de revanche com os vingadores João e Maria, que agora se dedicam a matar – e até mesmo torturar – bruxas em pequenos vilarejos.

O filme, dirigido por Tommy Wirkola, faz até graça com os doces comidos por João (Jeremy Renner) no passado. Quinze anos depois ele se tornou um diabético e precisa de insulina para sobreviver, tudo rigorosamente controlado por um relógio que avisa quando deve se drogar. O mais irônico é que em algumas caçadas ele precisa parar de lutar para tomar a insulina.

A história da fábula, recontado no mesmo estilo sombrio de “Branca de Neve e o Caçador”, se concentra nas investidas dos irmãos contra a reunião das bruxas durante a Lua de Sangue, quando as pilotas de vassouras devem matar doze crianças – uma para casa mês do ano – e devorar o coração de Maria (Gemma Arteton) – que o público vem a descobrir que é a filha de uma poderosa bruxa branca, mais branda e pop.

Em outro momento, após se dar mal em uma caçada, João é levado por uma bruxa boa até um lago, onde uma água milagrosa pode curá-lo. E deixando o lado masculino falar mais alto, acaba tendo uma breve relação com a bruxa. Definitivamente, o remake não é indicado para crianças! Em outros momentos, miolos e vísceras explodem sem a menor cerimônia por parte dos vingativos irmãos.

Na realidade, João e Maria parecem mais apanhar do que bater ao longo dos 88 minutos de filme. Se visto em 3D, a graça aumenta com os efeitos especiais caprichados. Não é nenhum clássico, mas vale o ingresso se a intenção for mera e simplesmente, entreter.

Cotação: * *

23 de janeiro de 2013

3.3


Quanto de sentimento cabe em 3.3? O necessário para projetar números multiplicados pela felicidade de conviver em harmonia ao lado da pessoa amada!

As experiências vividas explicam em que ponto estamos. Um ponto frenético, que nunca chegou perto do estático. Assim vivemos na melhor fase de nossas vidas, pessoal e profissionalmente falando.

A cada nova manhã a segurança interna desperta para a certeza de paz no relacionamento, numa espécie de blindagem necessária para quem deseja amar e ser feliz.

Observo os casais nas ruas e me orgulho de ter construído, junto a ela, claro, um namoro tão maravilhoso e cheio de pontos a acrescentar. Impossível de ser comparado a qualquer experiência amorosa já relatada em vida, escrita em livros, narrada em filmes ou cantada em músicas.

Costuramos juntos uma história cheia de bons momentos, que continuarão a ser vividos para o famoso e sonhado "sempre".

Com ela sonhei estar e viver a nossa vida!

12 de janeiro de 2013

O primeiro do ano


Primeiro post do ano. Estou há cerca de oito horas sentado em frente ao computador, prestando atenção na casa do Big Brother Brasil 13 e encantado com a cidade de São Paulo às 7h20 de um sábado nublado.

De longe vejo durante toda a madrugada o relógio do Conjunto Nacional, o movimento quase parado da Faria Lima, as pessoas pegando o ônibus na Rebouças e meu sono querendo me consumir lentamente. Caminho diversas vezes para a sala do café e me apaixono pela máquina que faz um chocolate quente delicioso para um nada exigente repórter da madrugada.

Desde o começo de 2013 estou na Redação do portal UOL, na área de entretenimento. Falta tempo numa escala maluca, em que trabalho nos mais variados horários. Há dois dias, de madrugada. Mas me sinto feliz com os novos desafios profissionais que um recém-formado deve aceitar com um sorriso no rosto.

Preciso de mais uma xícara de café, se bebesse café.

Ou um chá de ânimo para aproveitar 2013 (durante o dia, de preferência).

26 de dezembro de 2012

Boas festas!!!


Depois de um ano intenso, repleto de estudos, viagens e um único amor, encerro um ciclo na minha vida pessoal e profissional, esperando um novo ano espetacular!

Agradeço a todos que me acompanharam nos últimos meses e desejo boas festas a cada um de vocês! Que o Natal ilumine nossos caminhos, fortaleça nossos laços familiares e nos prepare para um Novo Ano tão bom quanto o que se despede! Que os pensamentos se renovem, as alegrias se multipliquem e os amores se consolidem cada vez mais!

Que 2013 seja um ano COMPLETO e cheio de RENOVAÇÕES! Vamos abrir as portas para os novos e desafiantes projetos! :)

E fique ligado, pois o Olhares do Radar voltará em breve a capturar os principais movimentos urbanos!

17 de dezembro de 2012

Crítica: Os Penetras

Definitivamente, blockbuster de comédia nacional é sinônimo de dinheiro jogado fora. Ao invés de assistir o péssimo "Os Penetras", invista o dinheiro do ingresso numa boa peça de teatro e descubra o que é cultura de verdade, feita por brasileiros realmente preocupados com a cultura do povo.


A cada filme nacional que assisto, principalmente no gênero da comédia, fico indignado com tanto dinheiro captado através de leis de incentivo à cultura e desperdiçado em roteiros fracos, atuações decepcionantes e o deboche com o público brasileiro. O processo para conseguir a verba do governo deveria ser mais rigoroso, com uma análise prévia do que será produzido.

Os únicos capazes de rir no filme "Os Penetras" são os próprios atores e produtores, que ganham dinheiro com a captação de recursos e a renda da bilheteria. O filme não tem pé nem cabeça. Começa do nada e termina em lugar nenhum. Parece mais diversas esquetes juntas tentando preencher um roteiro inexistente.

Marcelo Adnet e Eduardo Sterblitch - que acredita ser o melhor ator e comediante do mundo - são os protagonistas, que tentam dar um golpe e entrar numa festa badalada de Reveillon em Copacabana, procurando a mulher que gostam, interpretada por Mariana Ximenes. Adnet faz o papel do malandro carioca, que engana todo mundo e tenta se dar bem a qualquer custo. Edu é o bobo da história, um quase alter ego dele mesmo. Já Ximenes é a suposta garota disputada pelos homens. E só.

Depois, um show de participações especiais globais, como a decadente Susana Vieira, Luis Gustavo, Andrea Beltrão e Stepan Nercessian. Dirigido por Andrucha Waddington, "Os Penetras" funcionaria como um seriado de TV sem pretensões para uma sexta a noite. Já como filme dentro do circuito, resta a irritação pelo desperdício de tempo e dinheiro.

Cotação: *

8 de dezembro de 2012

Crítica: Celeste e Jesse Para Sempre

Sabe aquele filme bobo de amor para ser visto num sábado a noite? Celeste e Jesse é a pedida do momento para casais apaixonados em busca de uma história leve e quase açucarada.


Os dois amigos que originam o título do filme são parceiros desde o período da escola. Cresceram juntos, se casaram e depois de seis anos de matrimônio, estão se separando (mas mostram-se inseparáveis). O filme começa com um breve retrospecto através de fotos e momentos carinhosas entre os dois, contextualizando o espectador sobre o grau de amor entre eles - e a conexão estabelecida.

Mas Celeste e Jesse, apesar de amigos, decidiram se separar fisicamente, mas parecem continuar naturalmente conectados, para desespero dos próprios amigos. Numa cena, eles vão jantar com outro casal que está prestes a se casar. E começam a trocar carinhos bobos, como na época em que estamos conhecendo uma outra pessoa - beirando o ridículo para recém-separados.

Tudo muda com a chegada de Verônica, um antigo affair de Jesse. Já separado de Celeste, ele acaba dormindo uma noite com Verônica e, três meses depois, descobre que será pai! E precisa amadurecer profissionalmente para constituir uma família e arcar com as responsabilidades que fugia enquanto estava ao lado de sua antiga amiga e parceira.

Celeste parece tomar um choque e começa a procurar um parceiro - tarefa que não será nada fácil devido ao seu grau de exigência. Até uma artista teen, aparentemente sem conteúdo, passará a ajudar indiretamente sua agente a encontrar um cara tão...parecido com Jesse, sua eterna paixão.

O filme testa a amizade após um divórcio, mesmo que amigável. Diversos pontos são abordados de forma leve e sem dramas. A narrativa transcorre sem grandes surpresas - o que incomoda a tal previsibilidade, ou propriamente o amadurecimento de Jesse e das relações amorosas, em que nem tudo são flores.

A boa atuação de Rashida Jones (Celeste) e Jesse (Andy Samberg) chama a atenção pelos momentos engraçados e até mesmo, mais dramáticos.

Cotação: * *

Uma vírgula ou ponto final?

Turma de batalha, no começo de tudo, em 2008
ACABOU, É PENTA! Depois de cinco anos, sou o mais novo formado em LETRAS pela Universidade de São Paulo, a universidade mais prestigiada da América Latina (e do mundo)!!! Com muito orgulho posso dizer que, pessoalmente, cresci e amadureci muito ao longo deste período em São Paulo. Tive contato com centenas de professores das mais diversas áreas de estudo (os melhores do Brasil), fiz dezenas de bons amigos que levarei para o resto da vida (dentro e fora da universidade) e conheci a mulher que amo. Tudo isto no incrível mundo das letras, onde é possível se formar sim! Não é lenda! 

Hoje, dia 4 de dezembro de 2012, fecho uma parte desta história, recheada de provas, trabalhos, seminários, discussões, palestras, greves (infinitas), piquetes, assembleias, muitas festas, risadas, comidas estranhas no bandejão, sol no Cepeusp, churrascos, praia com os amigos e outros momentos inesquecíveis (e bizarros). Agradeço imensamente a todos que, direta ou indiretamente, fizeram parte desta história! Dispenso qualquer agradecimento aos meus queridos pais, que investiram e acreditaram no meu potencial. Não vou decepcioná-los, nunca. E não acaba por aqui. Espero ir muito longe, e contar com o apoio de todos vocês, amigos USPianos e agregados paulistanos!

#letrasusp2012formado

17 de novembro de 2012

Da universidade para a realidade


Crescer não é fácil. E não estou dizendo de crescer e perder as roupas, os sapatos e os brinquedos da infância. Mas crescer no sentido pessoal, após sair da faculdade e tentar cair de cabeça no mercado de trabalho, que não anda nada amigável com jornalistas e profissionais da comunicação. E, claro, com outras centenas de profissões.

Pensava que me formar pela USP, a maior universidade da América Latina, poderia me dar melhores garantidas profissionais. Cheguei a acreditar também que a experiência durante a faculdade como repórter da Folha de S.Paulo, o maior jornal do Brasil, me abriria dezenas de portas em outros veículos.

Tudo em vão, ou quase. Vale pela tal da experiência e um bom currículo. Mas do que adianta ter tudo isto se não há empresas e vagas para absorver a demanda? Crescer fica mais difícil a cada dia. As velhas responsabilidades aumentam e as perspectivas de vida, cheias de sonhos e planejamentos simétricos, parecem não fazer sentido.

Com o final da faculdade, haja paciência para me colocar, de fato, no mercado. Ter uma boa carreira, estável e com benefícios, com trabalho de segunda a sexta e folga aos finais de semana. Carteira de trabalho assinada, salário garantido no final do mês e concretizar todos os planos que dependem de uma carreira estável.

Ops. Pura ilusão. As Redações mais demitem do que contratam. Querem braços com energia, e não cabeças com ideias. Os funcionários são tratados como números. Exigem produtividade, seu sangue e suor. E quem sabe, um texto razoável. Os outros veículos de comunicação, como assessorias de imprensa ou TV, parecem estar com os quadros de funcionários totalmente full. Não tem espaço para ninguém - nem para os bons, nem para os ruins.

Crítica: Mão na Roda (Botucatu - SP)

"Aqui não é a Casa da Época". Assim Roberto Vasconcelos, proprietário do restaurante Mão na Roda define seu estabelecimento. E não é por acaso.

Ambiente interno da pizzaria
Mesmo com a concorrência de outros restaurantes e bares na região da Vital Brasil, a Mão na Roda possui um público fiel e qualidade de fazer inveja para seus concorrentes. Instalada em Botucatu desde 1993, a pizzaria marcou gerações na cidade. Quando criança, adorava brincar com as massas de pizza e ganhar um balão do próprio Roberto, que tinha uma paciência grande para com as crianças. Isto ainda no prédio antigo, na avenida Santana.

Vinte anos mais tarde, já na Vital Brasil, a qualidade e o excelente atendimento continuam a fazer toda a diferença na noite botucatuense. Desde sempre a Mão na Roda é sinônimo de pizzas deliciosas, excelente atendimento - com garçons experientes e simpáticos - e ambiente refinado. Um dos diferenciais, claro, é o atendimento. Os garçons sabem o nome dos clientes, o que fazem, de qual pizza gostam, etc. Falta muito, em Botucatu, para outros restaurantes e bares conquistarem a simpatia dos frequentadores através dos despreparados garçons.

O pedido mais certeiro no quesito pizza é a de filé com mussarela, a mais tradicional da casa. Depois, a marguerita (sem alho) e a nova redonda de carne seca merecem atenção. Um pouco salgado é o valor das pizzas, fora do mercado da cidade: R$ 50. Neste caso, felizmente, o valor justifica a qualidade. Há, ainda, uma boa carta de vinhos e bebidas.

Há poucos anos, Roberto inovou e implementou ainda o primeiro chopp artesanal de Botucatu. O sabor mais marcante é o chopp turvo, que leva mais ingredientes. Na sequência, o pilsen agrada por um sabor mais suave. Tudo é produzido na própria pizzaria, que agora também é choperia. Os clientes podem conferir de perto como é feito o chopp que tomam - e que chegam geladíssimos à mesa. O preço médio da bebida é de R$ 5.

Procurando atingir um novo nicho de clientes, a Mão na Roda lançou há poucos meses o happy hour com música ao vivo. Aos sábados, por exemplo, a partir das 16h, acontece um animado samba com muita gente jovem e bonita. O burburinho no lado externo do prédio vai até altas horas, dividindo a atenção com os tradicionais clientes que procuram, ainda, pelas caprichadas redondas. Se optar por apenas petiscar, aposte no lanche de churrasco ou nas porções de bolinho de carne e de pastéis, na média de R$ 15. Há também as porções de filé mignon e onion rings - cada uma sai por R$ 30.

Quem deseja obter sucesso na noite botucatuense, no quesito restaurante/bar, deve se inspirar no modelo adotado na Mão na Roda e pelo empresário Roberto Vasconcelos. Caso contrário, o estabelecimento nasce com curta data de validade. E não é por acaso.

4 de novembro de 2012

Amor que pega


Há diversos tipos de amor: o que vinga, o fugaz, o arrebatador, o duradouro, o passageiro, o definitivo. Precisamos viver todos os amores para encontrar o que mais se aproxima daquele que julgamos ser o ideal. Prefiro aquele que pega de jeito e não quer mais largar. Por sorte, ou mero destino, há três anos estou num amor duradouro e crescente, que demonstra diariamente dar sinais de plena atividade sentimental.

Ele aparece de mansinho e toma conta da sua vida, do seu dia. Quando juntos, entra em estado de êxtase e torna-se apenas um grande amor intenso. Quando separados, os amores parecem estar conectados de uma forma inexplicável, como tudo nos dias modernos. A sintonia, junto ou longe, mostra-se o maior elo para explicar o tal do amor, ou a química que tantos estudiosos tentam entender.

Os poetas e compositores se arriscam a colocar em palavras no papel e nas canções os tipos de amor. Conseguem, no máximo, exprimir o que sentem. Uma experiência individual, mas compartilhada. Meu amor, prefiro dividir com ela, simplesmente. Ou escrever em versos virtuais uma parte dele.

Prefiro é estar junto, amar de perto, arrancar gargalhadas, surpreender. Em tempos de amores imperfeitos ou tortuosos, prefiro me entregar para o amor intenso e vivê-lo diariamente. O que construímos, de fato, e que mostra ser para a vida inteira, é o amor. Depois vem o resto, e o que menos importa.

Tento ser todos os bons amores.

24 de outubro de 2012

Salão do Automóvel de São Paulo 2012

No primeiro dia de exposição aberta ao público, o Olhares do Radar foi conferir os principais lançamentos do Salão do Automóvel de São Paulo 2012. Entre os destaques, o Hyundai HB20 (com decepcionante espaço interno e painel que não empolga), Hyundai HB20X (versão sedã do HB20, bem confortável), Chevrolet Onix (que é a cara do Gol), JAC 2, novo Fusca (antigo New Beatle, mirando o público masculino), Prius - o carro híbrido da Toyota -, Ecosport totalmente repaginada, protótipos futuristas e outras novidades de diversas marcas:

HB20, da Hyundai

Painel do HB20

HB20X, da Hyundai

Painel do HB20X, parecido com o HB20
Onix, da Chevrolet

Nova Blazer, da Chevrolet
Prius, da Toyota
Novo Clio, da Renault
ST, da Ford
Novo Ecosport, da Ford
Ferraris
Nova Ranger, Ford
Jac 2, da Jac Motors

Fusca, da Volkswagen

UP, da Volkswagen

Carro de luxo SRT

Protótipo do Renault Captur

Protótipo do Renault

Protótipo do Hyundai Hexa Space

Protótipo de um Mercedes


Protótipo da Nissan

22 de outubro de 2012

Crítica: Si Señor! (Pinheiros)

Filial da rede de comida mexicana em Pinheiros comete uma sucessão de erros básicos, mas tenta recuperar-se no ótimo preparo e apresentação das comidas.


Sábado a noite, casa lotada, fila de espera com tempo de quinze minutos. OK. Quando conseguimos uma mesa, olhamos o cardápio e pedimos um chopp Heineken e um Frozen Margarita de frutas vermelhas. Dez minutos depois optamos pelo combo Los Tres Amigos, uma vez que trazia enchilada, burritos e tacos - as principais comidas mexicanas, para conhecer e provar.

A bebida, depois de muita cobrança, chegou no tempo de 30 minutos! Mesmo assim, veio com as bebidas erradas. Solicitamos a correção, e cinco minutos mais tarde, chegou o Frozen, mas não o chopp. A desculpa era de que havia dado um problema com a chopeira e não teria como tirar o líquido. Optei por uma longa neck, já frustrado. Na sequência, outro garçom chegou na mesa e trouxe o chopp Heineken. Fiquei sem entender: tinha ou não a bebida? Faltou uma troca de informações entre os garçons.

A comida, por outro lado, chegou antes das bebidas e com ótima apresentação (foto). Como não conhecemos tanto da culinária mexicana, optamos por provar diversos tipos de comida. E os três combos fechados do Si Señor!, com preços a partir de R$ 56, agradam o paladar. O combo Los Tres Amigos trazia enchilada de queijo, tex-tacos e burrito, acompanhados de guacamole, salsa picante e sour cream. Não decepcionou. A porção serve bem duas pessoas.

Entre as sobremesas, destaque para o Oreo Madness, que é uma espécie de sanduíche de chocolate recheado com sorvete de creme e pedaços de chocolate.

Na conta, outra surpresa: o valor do prato principal estava errado. Cobraram por um outro combo, R$ 20 mais caro. A garçonete pediu desculpas e corrigiu o erro, depois de dez minutos.

O serviço deixa a desejar, mas a comida compensa os tropeços infantis desta filial do Si Señor! em Pinheiros.

Avaliação: regular