30 de maio de 2011

Crítica: Piratas do Caribe 4

Na quarta história da franquia Piratas do Caribe, o capitão Jack Sparrow (Johnny Depp) deverá navegar em águas misteriosas - e cheia de sereias - para encontrar a cobiçada Fonte da Juventude.



E não pense que ele é o único que deseja beber a tal água da juventude! O temido pirata Barba Negra, com a ajuda da filha Angélica (Penélope Cruz) também correm para encontrar a fonte que poderá dar anos a mais de vida para os navegadores. Na corrida também entram os espanhois e a armada marinha britânica, agora capitaneada pelo pirata Barbossa. O longa é recheado de espetaculares cenas de ação, todas tendo como protagonista Jack Sparrow. O filme vale por si só pela excelente atuação de Johnny Depp, que consegue levar todas as cenas sozinho. Mas para a felicidade do público masculino, com a saída de Keira Knightley entrou a belíssima Penélope Cruz, que interpreta uma antiga paixão de Jack - e filha do Barba Negra! As belas sereias também fazem os piratas - e o público - se encantarem! Quase todas as cenas se passam em alto mar ou na ilha onde encontra-se a Fonte da Juventude. Todas as artimanhas e trajeitos de Jack Sparrow são repetecos dos outros três longas, mas que conseguem manter o fôlego - mesmo perdendo um pouco da graça e diversão dos anteriores. Continua valendo a pena conferir, agora em 3D, as aventuras de um pirata camarada!

Cotação: * * * *

20 de maio de 2011

Polícia da USP, já!

O assassinato brutal de um jovem estudante no estacionamento da FEA dentro da Universidade de São Paulo reacende a discussão entre esclarecidos que clamam por segurança e esquerdistas alienados que temem a presença da PM no campus.


Crédito: Pierre Duarte / Folhapress

Partindo da máxima “Quem não deve, não teme” sou a favor da polícia civil, militar, exército, guarda nacional ou qualquer outra entidade disposta a defender minha segurança dentro da USP – inclusive com bases permanentes. Só a famosa rota de carros ou blitz não é mais suficiente para coibir a ação de criminosos que vivem ao lado da universidade. “O inimigo mora ao lado” não é mais uma atitude preconceituosa com os moradores da favela São Remo, mas a triste realidade social do país. De um lado, favelados. De outro, estudantes ricos ou tão pobres quanto os moradores do outro lado do muro. Os bandidos escolhem a dedo suas vítimas. Os sequestros-relâmpagos e os estupros aterrorizam os indefesos estudantes (ou vai dizer que os despreparados guardas universitários têm autoridade e competência para lidar com os marginais?). Os assaltos já viraram rotina no cotidiano uspiano. Agora os assassinatos são a tendência entre a bandidagem dentro da “terra de ninguém”.

Terra de ninguém porque a polícia é persona non grata dentro do campus. Mas lembra-se da expressão “quem não deve, não teme”? Pois bem. As pessoas que são contra a presença da polícia na USP são estes grupos: maconheiros, sindicalistas, baderneiros, grevistas, esquerdistas revoltados com tudo e com todos, supostas vítimas da “reitoria” com mania de perseguição, anarquistas, estudantes vagabundos ligados a partidos vermelhos e criminosos. Se a pessoa não se enquadrar em nenhuma classe pode ter certeza que é a favor da PM no campus! De quebra, a polícia poderá acabar com o tráfico de drogas na universidade!!

A Ditadura morreu há anos! Por que a polícia ou a “reitoria” irá perder tempo investigando alunos sem culpa no cartório? Se você não for um criminoso, irá pedir a presença da polícia no lugar em que vive. A USP é uma cidade com 50 mil pessoas! Por isso o subtítulo de Cidade Universitária. Já imaginou uma cidade com milhares de pessoas sem proteção policial? Seria o caos, certo?

Bem vindo à realidade da maior universidade brasileira!

Ringue Lounge Bar

Inaugurado há pouco mais de um ano em Pinheiros, o badalado bar abriga um grupo endinheirado da cidade num ambiente chic.


Crédito: Roberto Donaire

Na rua Lisboa, uma pequena fila composta de pessoas bem vestidas revela a presença de um bar quase secreto, pois não há placas que o identifique. Mas quando o frequentador passa pela hostess e depois pela discreta porta da frente, descobre-se um grande e bacanérrimo lounge com música boa, pessoas bonitas, drinks preparados quase que de improviso (todos na faixa de R$ 20) e taças de champanhe (R$ 18). O forte do local é a celebração de festas de aniversário. Recomendo ir ao Ringue com um grupo grande de amigos – e uma reserva de mesa, claro! Pode-se conversar numa boa, tentar alguns passos de dança, descansar nos confortáveis sofás e bebericar algum dos drinks presente no enxuto cardápio. Pontos negativos: (1) as comidas são do tipo congeladas e não agrada quem estiver com muita fome. Os preços são caros, na faixa dos R$ 30, não compensando a empreitada. (2) Para conseguir alguma bebida é preciso ir até o balcão. Não havia nenhum garçom no dia da visita.

Mas se a noitada for só para celebrar com os amigos uma data especial, o Ringue está de portas abertas. Com muita música pop de qualidade e glamour, claro!

15 de maio de 2011

Crítica: Todo mundo tem problemas sexuais

O diretor e dramaturgo Domingos de Oliveira transporta de forma infeliz uma peça para o teatro, agradando aos velhos críticos e decepcionando os amantes do bom cinema.



A peça, digo, o filme, têm a "inovadora" proposta de mesclar cenas do teatro com toscas filmagens cinematográficas. Ideia aceitável, se a parte feita para a telona não fosse tão amadora quando sua montagem teatral. Os atores Pedro Cardoso e Priscilla Rozembaum, que fazem parte do tablado, estão presentes na película. A divertida atuação de Pedro no teatro e no cinema, contudo, não consegue salvar esta releitura mal-acabada e inaceitável para a sétima arte. São cinco histórias que pretendem contar de forma bem-humorada os problemas que diversos casais encontram na hora do sexo. Ideia simplista que garante risadas gratuitas. Gargalhadas geradas, talvez, pela identificação do público com as personagens. A primeira esquete fala de um homem que só consegue transar com a ajuda do Viagra, colocando em xeque a veracidade de seu amor. Na segunda história, as fantasias sexuais reprimidas são colocadas em ação quando o desejo é despertado quando a mulher trai seu parceiro e descobre o prazer na cama. Na sequência, um farmacêutico tarado só pensa naquilo: transar com sua parceira de trabalho. Esta é a história mais simplista, mas que gera graça devido a repetição de Pedro Cardoso nas tentativas de conquistar a parceira antes de levá-la para a cama. A quarta história trata de um casal que se conhece às escuras, mas que perde o tesão quando a luz da geladeira entrega suas faces. A última esquete fala de um homem que transa regularmente mas descobre com outro parceiro seus verdadeiros desejos homossexuais. Tudo assim, bem delimitado e "quadradinho". O final, tratado como Epílogo, é o mais divertido do filme/peça. Pedro Cardoso encara o próprio órgão sexual masculino. E faz uma espécie de stand-up comedy com as "situações" que passa diariamente. A crítica nos grandes jornais têm sido positiva, sabe-se lá porque. Não vi nenhuma graça neste desastre!

Cotação: *

Desencanto ou contentamento?



As coisas conquistadas perdem sentido e o sabor com o tempo. Fato! O desencanto que procede a conquista faz que com que caia num contentamento descontente, como diria certo poeta. Desencanto com as pessoas, trabalho, estudo, dinheiro. Tudo tão conectados para a infelicidade em escala. As pessoas procuram sentido para se encantar, mas a sombra do desencanto as impede de sorrirem mais. Não há mais motivos para sorrir como antes. Tudo é visto em preto e branco, como num filme antigo que desenrola-se de forma arrastada. Não há mais empolgação que outrora marcara o passado. O presente me parece sem graça e vazio. No futuro não há mais perspectivas. Mas continuo sobrevivendo desencantado cada vez mais com tudo. Principalmente com as pessoas. Que me contentam com a proximidade e me fazem pedra. Sentimentos petrificados e frios, em detrimento do calor que me faz falta - e que derretia a frieza natural dos seres humanos.

Crítica: As coisas impossíveis do amor

Natalie Portman encara uma mãe que tem de lidar com o sentimento de perda neste filme B de Hollywood, uma pérola para o cinema.



Emilia é uma advogada formada em Harvard, que trabalha na empresa de Jack. E seu chefe acaba por se encantar com a beleza e eficiência de sua estagiária. Mas há dois empecilhos para a realização desta paixão: a mulher de Jack, Carolyn e seu filho, William. Numa viagem de negócios para Nova York, Jack e Emilia começam um tórrido relacionamento. Meses depois, a estagiária revela que está grávida. Ela cogita a hipótese de perder a criança, mas Jack revela a vontade de formar uma nova família. A partir de então, os dois passam a viver na mesma casa e curtem juntos a gestação da filha Isabel. Mas a ciumenta Carolyn começa a jogar o filho William contra o casal. A situação piora quando, depois de três dias do nascimento de Isabel, o bebê morre nos braços de Emilia. Aí o filme engrena, colocando todos os problemas em foco. Emilia aprenderá com o tempo como se relacionar com William, e descobrir o sentido da maternidade - e de um relacionamento afetivo.

Sem ser piegas, a película trata de traição de forma natural. O tema, pelo menos hoje em dia, já não causa grande estranhamento. O diretor Don Roos trabalha de forma humana com o tema da perda em todos os sentidos. Perda de um filho, amor, família, confiança. A ótima atuação da encantadora Natalie Portman faz desta obra B um clássico do cinema. Simples e emocionante.

Cotação: * * * * *

10 de maio de 2011

Cidade solitária



Vejo da janela um céu cinza escuro. Ouço o vento soprando e fazendo barulho. Observo os helicópteros rasgando o céu e aviões solitários traçando sua rota. Carros vistos do alto lembram uma cidade de brinquedo. As árvores dançando completam a paisagem bucólica de uma tarde de outono. Praticamente objetos inanimados, mas tão animados quanto os seres, que existem – e esquecem-se de viver e se relacionar. Observo também a pressa das pessoas num eterno ir e vir. De algum para outro lugar. Pass(e)ando. E nada mais. Vivendo para alguém? Ou para si mesmas? Há sentido em viver somente para si? Parece que as pessoas esqueceram a arte e as delícias de se relacionar. Nem que seja numa rápida troca de olhar. Olhar o outro, nas ruas, calçadas, prédios, elevadores, escolas, supermercados. Se contentam no olhar frio que o Facebook permite aos seus usuários. Permissão concedida para o distanciamento cada vez maior de pessoas sem sentimento. Que preferem viver de forma autônoma e fria. Que sentido há nisso? Quero um mundo mais quente, com olhares promissores, abraços apertados e beijos roubados!

Brigas organizadas

Com as finais dos campeonatos estaduais e os grandes clássicos dentro de campo, gostaria de entender qual o papel das torcidas organizadas fora de campo.



Torcedores unidos, torcendo e incentivando seu time de coração dentro de campo. Pode gritar o nome do jogador, vaiar quando não tem uma boa atuação, cantar o hino e outras músicas de torcida. Mas qual a intenção dos épicos confrontos entre torcidas rivais fora dos estádios? O que os torcedores que mancham a reputação do futebol ganham com isso? Os próprios jogadores, depois de sofrer uma goleada para o time rival, perder um jogo ou até mesmo após ser desclassificados de um campeonato continuarão suas vidas. O bom salário deles no fim do mês estará garantido, saindo de campo com vitória ou derrota. E por que diabos alguns torcedores brigam com outros torcedores depois dos jogos? Se o time perder, o salário deles estarão comprometidos? Ou se o time vencer um campeonato internacional, a premiação será direcionada para o torcedor? NÃO! Por isso não vejo papel nenhum das torcidas organizadas e de torcedores exaltados fora dos estádios. O futebol é diversão, entretenimento! Vamos torcer para nossos times sem brigas ou confrontos. O torcedor nunca ganhará nada com a conquista dos times. Muito menos perderá! Vamos apenas nos divertir!

1 de maio de 2011

Crítica: Show Marcelo Camelo (Toque Dela)

O começo da turnê de "Toque Dela", em São Paulo, mostra um Marcelo Camelo entregue no palco em total cumplicidade com o público.



O cantor sobe ao palco, sem cerimônias, pontualmente às 21h30. É recebido calorosamente pelo público, que espera ser presenteado com canções intimistas e de toque sentimental. O show - que pela primeira vez o público o assiste de pé, para dançar, segundo Camelo - começa com músicas do novo disco, como "A noite", "Ô, ô" e "Tudo o que você quiser". Na sequência, as faixas do álbum "sou" ganham sua devida atenção, na voz de Camelo acompanhado pela excelente banda Hurtmold, que fez um instrumental impecável. "Menina bordada", "Mais tarde" e "Doce solidão" entram no show. A "surpresa" da noite ficou por conta da célebre dobradinha na música "Janta" entre Camelo e Mallu Magalhães, sua "gatinha que está meio bravinha comigo hoje". A cantora entra sob gritinhos da plateia, que se encantam com a doçura do casal. Durante o show, o cantor agradeceu a presença dos pais, que vieram do Rio de Janeiro para acompanhar o filho na nova turnê! Os outros 60 minutos de espetáculo foi uma mistura de músicas do novo e velho álbum, problemas para afinar o violão para agradar seu perfeccionismo crônica e uma "patada" com um fã que pediu para o cantor tocar alguma música do Los Hermanos. "Esta é minha antiga banda. Eu sou o Marcelo Camelo e vou tocar músicas do Marcelo Camelo", esbravejou. Mas nada que atrapalhe o andamento do gostoso show para curtir a dois! Embalou a música "Seus olhos", que gravou com Ivete Sangalo e depois tocou mais duas músicas do LH: "A outra" e "Morena". No bis, voltou para tocar "uma música do novo álbum que esqueci" e acabar com a carnavalesca "Copacabana". E o Carnaval teve seu fim. Pelo menos nesta noite de amor e música!