Alguma coisa a gente tem que amar

Uma pessoa. Ou duas, três, quatro. Uma dezena. A centena. Milhares, quem sabe. Amar é desperdício. E eu amo desperdiçar.

Quanto vale?

Um dilema. Estudar e ter os amigos por perto ou trabalhar e ganhar dinheiro? Será que vale a pena abrir mão da corrida vida universitária por uns trocados numa empresa? Penso que ganhar dinheiro é uma questão de tempo. Uma hora ou outra, ele virá. Já uma boa formação acadêmica não é uma oportunidade que aparece a qualquer hora. Temos quatro ou cinco anos para se dedicar à formação estudantil, para depois exercer com seriedade a função profissional. Mas crescer e amadurecer com um trabalho digno, bem diferente do exploratório estágio, não é uma boa ideia? Ah, pode ser. Mas daqui a três anos. OK. Decidido. Que venham os estudos e as duradouras amizades da faculdade. Não vou abrir mão dos melhores anos de minha vida por dinheiro!

Blue Man Group

Os carecas azulados de Nova York desembarcar em terras brasileiras nesta semana para uma temporada de shows em São Paulo (de 2 a 13/9) e Rio (de 16 a 20/9). O espetáculo mistura música - rock, em sua essência -, artes cênicas, vídeos interativos, circo e pinturas improváveis. Não há exibições repetidas. O público pode esperar coisas diferentes e malucas a cada noite. Os artistas revelaram que procuraram durante um tempo inspiração no samba para compor o espetáculo no Brasil. Vale a pena conferir o resultado dos improváveis azulados.

Passeando

Pela calçada, na volta da padaria, vejo o alvoroço dos ônibus e carros nas ruas. O circular lotado, as pessoas abarrotadas na volta do trabalho, os vidros embaçados, a cara cansada. Há poucos meses fazia parte do contingente responsável pelo caos na cidade cinza. O trem lotado as dezoito horas no ponto da Vila Olímpia acabava com minha pouca paciência em dezoito segundos, ou menos. Corria para não ter meu braço amputado pela porta, ávida por suor e sangue! No ponto do Eldorado esperava bem mais que dezoito minutos pelo ônibus M115, que chegava lotado da parada Faria Lima. Realmente, não tenho a menor saudade das longas e cansativas viagens urbanas. Estou bem cômodo com a ligeira tranquilidade dos meus estudos na Cidade Universitária.

Se não beber, assista este filme

“Cara, como eles fizeram isto?”

Certamente esta frase irá passar pela sua cabeça diversas vezes ao assistir “Se Beber, Não Case”, do diretor Todd Phillips. Quatro amigos viajam a Las Vegas para curtir a melhor despedida de solteiro de suas vidas! E eles conseguem curtir ao máximo esta noite inesquecível. Mas não se lembram de nada no dia seguinte! E aí que encontra-se toda a graça do longa. Após a noitada, os amigos percebem que Doug – o noivo –, simplesmente sumiu em algum momento na madrugada. E para resgatar o perdido, os três partem para uma reconstituição da noite. Eles destroem o apartamento do hotel, roubam um tigre da casa de Mike Tyson – que faz uma participação especial no filme –, casam-se de mentira com uma stripper, roubam uma viatura da polícia, destroem uma Mercedes e outras bobagens que só fazemos quando estamos chapados. Seguindo fielmente os passos da noite anterior, conseguem resgatar Doug e voltam para o casamento. Mas será que eles conseguem chegar a tempo e salvos para o grande dia? Veja nos cinemas.

Avaliação: muito bom

A multa

Estacionei o carro entre as ruas Teodoro Sampaio e Fradique Coutinho. Andei 50 metros até o sebo, onde comprei um livro de gramática inglesa. Quando retornei, me deparei com um papel cinzento no pára-brisa. Mais rápido que minha ida à loja, o servo do diabo apareceu de algum lugar misterioso e me passou a multa, pois não havia colocado o bilhete da Zona Azul. Não tinha nenhum vendedor nas proximidades. E nenhum estacionamento que me esfaqueia a cada parada. Um amigo disse uma vez que se a polícia civil trabalhasse tão bem quanto os guardas da CET, a criminilidade estaria extinta na cidade de São Paulo.

O voo solo de Gentili

O humorista Danilo Gentili, um dos repórteres do CQC, estreou ontem a noite em São Paulo, no Teatro Shopping Frei Caneca, seu primeiro solo de stand-up comedy. Com um ligeiro atraso, Gentili subiu ao palco por volta de 00:20 e conseguiu tirar os risos da platéia em alguns momentos de breves 70 minutos.

Algumas piadas, como a do avião, foram extremamente longas e cansativas. O humor deve ser tão rápido no palco quanto ele próprio faz no CQC ou em suas exibições no Clube da Comédia. É desnecessário tentar tirar o máximo de proveito das situações, como ele próprio teima em fazer. Pude notar também que algumas partes do texto são batidas, com tiradas velhas, já conhecidas do público há anos. Será que é tão difícil pensar num texto mais novo e criativo? Outra piada que se estendeu desnecessariamente diz respeito às ações que fazemos no banco. O ponto alto do show foi quando Gentili começou a sacanear com o Marco Luque, que estava na minha frente. A meu lado, sentou-se Rafael Cortez. Nem preciso dizer que me diverti bastante com as risadas dos outros elementos do programa. Conversei com os dois.

Gentili não consegue prender a atenção do espectador, pois lhe falta um pouco de carisma e aparentar boa vontade no palco. Devia se espelhar no Oscar Filho e tentar melhorar sua performance no show solo. A fama conhecida no CQC não é suficiente para mostrar que tem talento.

Avaliação: regular.

O (hepta)campeão voltou

Definitivamente, o São Paulo entrou para brigar pelo tetra-hepta campeonato Brasileiro. Distante apenas 1 ponto do líder (?) Palmeiras, comandado pelo são-paulino Muricy Ramalho, estamos a apenas uma rodada de assumir de vez o posto que nos pertence! Demos chance para os adversários, que chegaram a ostentar uma vantagem superior a 12 pontos. Nem assim eles conseguiram se manter na liderança. O personagem Jason, que sempre renasce das cinzas, é a maior prova de que o São Paulo é o melhor. Com a volta do capitão Rogério "Air" Ceni, o melhor zagueiro do mundo, começamos este segundo turno com vitória, diante do fraco Fluminense, que está na disputa para jogar a Segundona em 2010! Que venham os próximos perdedores!

"E ninguém cala esse chororô, chora galinhada, chora a porcada. O CAMPEÃO VOLTOU!"

Rapidinhas

Estreou ontem no circuito o novo filme de Sacha Baron Cohen, chamado "Brüno". Depois do sucessos de "Ali G Show" e "Borat", o ator ataca como um jornalista gay no longa. Promessa de muitas piadas satíricas! Para conferir a entrevista fictícia que o próprio Bruno deu à Folha, acesse o link: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u609583.shtml


Marcelo Camelo se apresenta hoje e amanhã no Sesc Pompeia, em São Paulo. Serão as últimas apresentações da turnê do disco "nós". O cantor já prepara novas canções para seu segundo disco solo, sem previsão de lançamento. Ingressos esgotados!


Domingo rola a 32º Feira da Vila Madalena, tradicional festa cultural, gastronômica e artística do bairro mais boêmio da cidade! Diversas barracas de artesanato, desfile de moda, shows e gente bonita prometem lotar as ruas Fradique Coutinho e Wisard entre ás 8H e 19H. Entrada franca!


O humorista Marcelo Adnet comandará o Video Music Brasil 2009. Serão 26 categorias, entre música, vídeo e game. A cerimônia rola dia 1º de outubro, a partir das 21:30 no Credicard Hall, com transmissão ao vivo da MTV.


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Temporariamente indisponível

As férias estão começando a esquentar! Desculpa a ausência!

À Deriva

O filme brasileiro do diretor Heitor Dhalia (de O Cheiro do Ralo e Nina) é a melhor produção dramática desde Central do Brasil. À Deriva aborda o tema universal da família, em meio a traições, brigas, alcoolismo e a descoberta da sexualidade. O filme é tenso, com um roteiro forte e com boas interpretações, conseguindo fidelizar o espectador até a última revelação. Toda a história se passa durante as férias de verão em algum ano da década de 80 na cidade de Búzios, litoral do Rio. O filme consegue seguir numa linha entre o leve praiano e o pesado clima familiar.

É bom ver uma produção nacional (em parceria da O2 e Focus) abordar com tanta felicidade um tema dramático. Se o público estava cansado de ver os "favela-movies" ou as comédias pastelões, pode ir assistir À Deriva com a certeza que não sairá decepcionado após 100 minutos de filme. Recomendado!