24 de outubro de 2012

Salão do Automóvel de São Paulo 2012

No primeiro dia de exposição aberta ao público, o Olhares do Radar foi conferir os principais lançamentos do Salão do Automóvel de São Paulo 2012. Entre os destaques, o Hyundai HB20 (com decepcionante espaço interno e painel que não empolga), Hyundai HB20X (versão sedã do HB20, bem confortável), Chevrolet Onix (que é a cara do Gol), JAC 2, novo Fusca (antigo New Beatle, mirando o público masculino), Prius - o carro híbrido da Toyota -, Ecosport totalmente repaginada, protótipos futuristas e outras novidades de diversas marcas:

HB20, da Hyundai

Painel do HB20

HB20X, da Hyundai

Painel do HB20X, parecido com o HB20
Onix, da Chevrolet

Nova Blazer, da Chevrolet
Prius, da Toyota
Novo Clio, da Renault
ST, da Ford
Novo Ecosport, da Ford
Ferraris
Nova Ranger, Ford
Jac 2, da Jac Motors

Fusca, da Volkswagen

UP, da Volkswagen

Carro de luxo SRT

Protótipo do Renault Captur

Protótipo do Renault

Protótipo do Hyundai Hexa Space

Protótipo de um Mercedes


Protótipo da Nissan

22 de outubro de 2012

Crítica: Si Señor! (Pinheiros)

Filial da rede de comida mexicana em Pinheiros comete uma sucessão de erros básicos, mas tenta recuperar-se no ótimo preparo e apresentação das comidas.


Sábado a noite, casa lotada, fila de espera com tempo de quinze minutos. OK. Quando conseguimos uma mesa, olhamos o cardápio e pedimos um chopp Heineken e um Frozen Margarita de frutas vermelhas. Dez minutos depois optamos pelo combo Los Tres Amigos, uma vez que trazia enchilada, burritos e tacos - as principais comidas mexicanas, para conhecer e provar.

A bebida, depois de muita cobrança, chegou no tempo de 30 minutos! Mesmo assim, veio com as bebidas erradas. Solicitamos a correção, e cinco minutos mais tarde, chegou o Frozen, mas não o chopp. A desculpa era de que havia dado um problema com a chopeira e não teria como tirar o líquido. Optei por uma longa neck, já frustrado. Na sequência, outro garçom chegou na mesa e trouxe o chopp Heineken. Fiquei sem entender: tinha ou não a bebida? Faltou uma troca de informações entre os garçons.

A comida, por outro lado, chegou antes das bebidas e com ótima apresentação (foto). Como não conhecemos tanto da culinária mexicana, optamos por provar diversos tipos de comida. E os três combos fechados do Si Señor!, com preços a partir de R$ 56, agradam o paladar. O combo Los Tres Amigos trazia enchilada de queijo, tex-tacos e burrito, acompanhados de guacamole, salsa picante e sour cream. Não decepcionou. A porção serve bem duas pessoas.

Entre as sobremesas, destaque para o Oreo Madness, que é uma espécie de sanduíche de chocolate recheado com sorvete de creme e pedaços de chocolate.

Na conta, outra surpresa: o valor do prato principal estava errado. Cobraram por um outro combo, R$ 20 mais caro. A garçonete pediu desculpas e corrigiu o erro, depois de dez minutos.

O serviço deixa a desejar, mas a comida compensa os tropeços infantis desta filial do Si Señor! em Pinheiros.

Avaliação: regular

Crítica: Festa Recalque (Estúdio Emme)

Prima pobre das festas coloridas de São Paulo, a Recalque leva ao Estúdio Emme um público menos sofisticado que a "Gambiarra" (The Week) ou "Vem Gentchy" (The Society).



A festa mais lembra um bailinho de escola adolescente do que uma balada que ferve. O público majoritário, meninos afetados na casa dos 18 anos, dão um toque nada elegante para a "festinha". As músicas pop das décadas de 90 e 2000, demoram para embalar e empolgar os festeiros. Só na alta madrugada, quando todos já estão cansados, é que começa a tocar as músicas mais atuais, como Flo rida ou Psy. Mesmo assim, os meninos fervem e fazem coreografias toscas para aparecer numa passarela improvisada no meio da pista, sem falar das performances vergonhosas num cano de pole dance.

A casa, o Estúdio Emme, parece não ser o espaço ideal para festas. O ar-condicionado não dá conta de refrescar o ambiente, o som é altíssimo e de péssima qualidade, sem falar na lotação, onde não há espaço para dançar sem esbarrar nos outros convidados.

Num telão, os tweets dos baladeiros dão um ar mais engraçado para a festa, como os da @faxineira. "So tem exu pedreiro aqui! ". Ela consegue resumir magistralmente os frequentadores desta balada de péssimo nível e gosto em SP.

Avaliação: Péssimo

Crítica: Até que a sorte nos separe

Protagonizado por Leandro Hassum e Daniele Winits, este novo blockbuster nacional aposta num tema velho e com piadas repetidas, mas consegue entreter.


Imagina ganhar R$ 100 milhões na loteria e depois de 15 anos descobrir que torrou tudo e precisa se desfazer dos seus bens para pagar a conta, que já está no vermelho. O que poderia ser tema de um sitcom na Globo numa quinta a noite, está fazendo um sucesso estrondoso no país, já tendo levado mais de 1,5 milhão de pessoas aos cinemas. Um feito, mas ainda falta a boa história.

O tema de ganhar na loteria, que já ganhou destaque recentemente com a Griselda na novela Fina Estampa, rendeu um filhote nos cinemas. Tino e Jane formam o casal de protagonistas, que faturam uma bolada na loteria e mudam completamente suas vidas. De um apartamento apertado, compram uma mansão, viajam para a Disney cinco vezes por ano, fazem voos de gravitação, dão festas de arromba, não se preocupam com as contas no shoppping e gastam até o fim a imensa fortuna.

Após gastar o dinheiro, se veem pobres e obrigados a voltar para a dura realidade. O vizinho do casal, Amauri (Kiko Marcarenhas), autor de um livro para ter sucesso na vida, ajuda Tino a salvar sua vida financeira, que num primeiro momento não consegue contar a "novidade" para a mulher gastadeira Jane - que está grávida a espera do terceiro filho. As proles do casal também já se acostumaram com a boa vida e a falta de educação financeira, torrando a grana com videogames e eletrônicos supérfluos.

Vazio e sem um bom enredo, o filme apenas diverte, e não deixa espaço para reflexões. Apenas vende o sonho de ser rico e mostra como seria se tivéssemos R$ 100 milhões na conta.

Hassum sempre exagera nas interpretações, mostrando ser um típico palhaço de circo. Winits é a velha perua que está acostumada a fazer. A melhor atuação fica por conta de Aílton Graça, que vive um desginer estereotipado homossexual.

Cotação: *

Crítica: Atividade Paranormal 4

Os mesmos clichês paranormais estão de volta nesta quarta parte da franquia de sucesso. Prepare-se para ver novos objetos voando, tvs ligando sozinha, pessoas flutuando e tudo mais que as tais atividades podem fazer.


Pela primeira vez, um filme de "Atividade Paranormal" anda para frente. Os anteriores seguiam uma escala de volta no tempo. Estamos em 2011, com Katie e o pequeno Robbie juntos após uma série de assassinatos, onde morreram Kristi (irmã de Katie) e Daniel (cunhado de Katie), além do sequestro do bebê Hunter.

Katie e Robbie se mudam para uma casa em outro Estado da onde ocorreram os assassinatos e o sumiço misterioso da dupla. Depois de Katie ser internada em um hospital, o menino Robbie fica uns dias na casa da vizinha Alice, seu irmão adotado Wyatt e seus pais. Com a presença do garoto estranho nesta casa, as tais atividades paranormais começam a se manifestar.

Se você já enjoou de ver facas caindo na cozinha, tvs ligando sozinhas, portas batendo, lustres despencando, sombras misteriosas perambulando a noite pelos corredores ou pessoas sendo arrastadas pelo ar, pode desistir de ver a quarta parte da franquia. Os clichês paranormais voltam a acontecer repetidamente, tirando o susto e tornando-se algo previsível e cômico.

Desta vez, Alice e seu amigo Alex filmam tudo através de webcams instaladas nos computadores da casa e celulares IPhone. Parece que o filme ficou mais moderninho. Nos anteriores, câmeras antigas eram espalhadas pela casa.

Mas nada aconteceu por acaso neste longa - há uma boa história por trás. O menino Robbie se aproxima de Wyatt, que têm a mesma idade, e tornam-se amigos. E o velho espírito de Tobbie volta a atormentar a vida desta nova família. Um segredo é revelado ao longo da trama, mostrando a conexão que existe entre Katie/Robbie com os vizinhos, especialmente ligado ao passado de Wyatt - que é adotado. Há uma boa surpresa nesta parte, dando um pouco mais de sentido à trama - embora o filme não convença por completo.

"Atividade Paranormal 4" recupera o fôlego perdido da terceira parte, mas fica distante dos dois primeiros longas. O quinto já deve estar a caminho, com mais clichês paranormais.

Ah, no final dos créditos tem um pequeno trailer do novo filhote da franquia Atividade Paranormal. Voltado para o público latino-americano, o novo filme, que deverá chegar aos cinemas no começo de 2013, trará as atividades numa comunidade mexicana, mais ligada à religião católica. Vamos ficar de olho!

Bilheteria: em seu final de semana de estreia, a quarta parte da franquia arrecadou US$ 30,2 milhões nos EUA. O antecessor arrecadou US$ 52,6 milhões nos primeiros três dias em exibição. Mas a queda é maior se comparada ao sucesso estrondoso da primeira fita: US$ 77,8 milhões. Mesmo com bilheteria em baixa, a Paramount Pictures já anunciou para outubro de 2013, durante o Halloween, a estreia de "Atividade Paranormal 5".

Cotação: * *

17 de outubro de 2012

Vamos viver juntos?


É cada vez mais difícil escrever sobre a pessoalidade e os próprios pensamentos e ter público para consumir sua vida em doses de reality. Há quatro anos, quando resolvi criar o blog e dar espaço para meus pensamentos de transição juvenil, os posts eram majoritariamente de ilusões amorosas, espanto do novo pela cidade de São Paulo e as descobertas de um interiorano caipira na grande metrópole. Lembro que meus amigos da revista OFFLINE deram o maior apoio com os posts do blog e me ajudaram na vida real a superar os problemas expostos sem vergonha na rede.

Hoje, na correnteza natural da vida, tornou-se um blog de serviço, com dicas de restaurantes, bares, guloseimas, festas, baladas, shows, música e cinema. Tudo relacionado à cidade que há quatro anos era desconhecida, uma selva de pedras a desbravar.

E esta cidade, por incrível que pareça, ficou pequena! O país ficou pequeno. Precisei buscar novas experiências no exterior, passando por Canadá, Itália, Suíça, França, Bélgica, Holanda e Alemanha. E não sei qual a próxima parada!

Por um lado, fico feliz de poder escrever sobre os lugares que frequento e tudo aquilo que consumo, comercial ou culturalmente falando, no Brasil ou fora dele. Por outro, deixo de lado minha interioridade de um adulto em formação. As inseguranças da juventude diminuíram, ficaram para um passado não tão distante. As responsabilidades aumentaram, o relacionamento afetivo chega ao seu terceiro ano, as amizades se consolidaram, a faculdade chega ao fim derradeiro e os caminhos tornaram-se mais sérios e concretos.

Parece que a minha vida está começando pra valer! Vamos viver juntos?

Magnum Store – Oscar Freire


Há duas semanas os paulistanos encontram mais uma deliciosa opção gastronômica na Oscar Freire: a sorveteria da Magnum. Prevista para funcionar até o fim de dezembro de 2012, sempre de quarta a domingo, das 11h às 20h, o funcionamento da loja foi prorrogado até fevereiro de 2013.

O cliente pode personalizar seu picolé, escolhendo três entre vinte topics – como chocolate de morango, granulado, farofinhas doces, macadâmia ou côco – e ainda optar entre quatro tipos de cobertura de chocolate, como ao leite ou branco. O sorvete é servido numa caixinha super estilosa e o cliente pode se acomodar no animado lounge após as compras na Oscar Freire!

Não chega a ser tão personalizado quanto a rede de sorveterias Marble Slab, mas convence. Cada picolé personalizado sai por R$ 9. E vale cada mordida!

Crítica: Pizzaria da Bel (Botucatu – SP)

Quando resolver se deslocar do centro de Botucatu para o bairro da Demétria em busca da famosa pizza da Bel, torça para que a casa não esteja cheia e com falta de garçons. Se o movimento estiver calmo, a pizza chega perfeita e muito saborosa. Caso estiver lotado, tenha a certeza que a experiência não será nada agradável.



A Pizzaria da Bel existe na Demétria há mais de uma década. Com os anos, aumentou o espaço e começou a atender a grande demanda. Mas o grande problema da pizzaria hoje não é a qualidade dos produtos nem a excelente quantidade de opções, mas a falta de estrutura da cozinha e do pessoal para lidar com os clientes quando a casa está lotada.

Caso 1: Quarta a noite, movimento tranquilo. A própria Bel faz questão de passar de mesa em mesa, cumprimentando os clientes e anotando os pedidos. A pizza chega rápido, com a massa fininha no ponto e sobra apetite para provar a tradicional pizza flambada de banana com canela. Tudo perfeito e a noite estrelada na Demétria vale a viagem.

Caso 2: Sábado a noite, casa cheia. Boa parte dos garçons não aparece no serviço e os poucos disponíveis se atrapalham com os pedidos de bebidas e da pizza. A Bel tenta contornar a situação desfavorável. Quando a redonda chega à mesa, apresenta a massa queimada e os ingredientes bagunçados. Até a pizza doce os garçons conseguem queimar, uma vez que não dão conta da demanda e fazem tudo às pressas para atender todo mundo, deixando de lado a qualidade.

Caso 3: Reunião da família, com 25 pessoas. Chegamos cedo, fazemos o pedido e mais de uma hora depois, recheado de reclamações e protestos, a pizza não chega. Dizem que devido ao "número elevado de pessoas", as DUAS pizzas da primeira leva, não ficaram prontas num tempo ágil. BALELA. Incompetência de uma garçonete inexperiente, que fez com que a pizzaria perdesse 25 clientes numa única noite. Depois deste ocorrido em 27/10/2012 (após a primeira crítica), juramos que nunca mais voltaríamos para a Bel. Mas vale a experiência quem quiser arriscar.

Na maioria das vezes, o trajeto entre a cidade e a Demétria vale a pena! As pizzas de marguerita especial (que leva mussarela de búfala), rúcula com tomate seco, carne seca, alface e outras opções vegetarianas agradam em cheio os paladares mais exigentes.  Quem quiser provar os sabores doces, pode acertar em cheio com a flambada de banana e canela ou as opções que levam chocolate.

O clima de interior, com as caprichosas mesas enfeitadas com flores do campo em garrafas artesanais e o próprio céu iluminado contribuem a favor da pizzaria. As pessoas dão um ar festivo e descontraído para o local. Falta uma música ao vivo para ficar completo.

Os preços mais baixos, as diversificada opção de sabores e a qualidade dos produtos fazem da Bel uma boa opção de pizzas em Botucatu, se der sorte.

Avaliação: Regular

Crítica: Pizzaria Estância Treze (Botucatu – SP)

O grande chalé abriga uma charmosa pizzaria, que serve redondas numa massa mais grossa, mas peca pela falta de preparo dos garçons.


Alternativa da Pizzaria da Bel, localizada a poucos quilômetros no bairro da Demétria, a Estância Treze tem um cardápio mais reduzido em massas grossas. Na visita, precisamos travar uma luta de gestos com as mãos para os despreparados garçons nos atenderem. Desde nossa entrada, ninguém nos atendeu em dez minutos. E a casa estava com o movimento tranquilo. Pedimos o cardápio e constatamos que as opções eram mais reduzidas e simplórias, com pouco mais de 20 redondas.

Provamos o sabor de ½  carne seca com mussarela e ½ marguerita, no tamanho médio (com seis pequenas fatias). A redonda chegou à mesa com pouquíssima carne, sem gosto e com a massa dura e seca. A metade de marguerita pecou pela falta de queijo.

Para não gastar mais dinheiro com um produto mediano, optamos por não pedir a tradicional pizza doce – que também tinha poucas opções.

As cervejas, o vinho da casa e os sucos não fazem feio.

Um “diferencial” desnecessário é a tábua de frios. Os produtos pareciam envelhecidos e não possuíam um aspecto apetitoso. Provamos e constatamos o óbvio: não eram queijos frescos.

Se melhorar o atendimento e a qualidade da massa pode voltar a disputar os clientes com a Bel. Caso contrário, será a segunda opção.

Avaliação: regular