31 de outubro de 2008

Sugestões de Pautas

Todos os dias, meu e-mail é bombardeado com as mais absurdas sugestões de pautas dos mais variados gêneros, numa média de 140 por dia. Segue a lista de sugestões mais bizarras de hoje (sim, só hoje). Você acha que alguma “idéia” pode virar uma boa matéria? Fica o desafio!

- Angola recebe decoração brasileira
- Total química lança plush eco – primeiro amaciante de roupa sustentável
- Bamberg é a mais nova opção na carta de cervejas do drake’s
- Invistatm lança roupas para mulheres motocilistas
- ULBRA e WEG inauguram moderno laboratório de pesquisa
- As quatro estações do ano invadem Natal do Shopping SP Market
- Liana John, editora da revista Terra da Gente, participará de evento sobre Jornalismo Ambiental
- Hertz inaugura terceira loja em Vitória
- TAP é a transportadora oficial da Semana Mesa SP 2008
- Pet society lança magic crystal®
- Papirus tem novo Gerente de Marketing
- Centro de Treinamento da Região Centro-Oeste garimpa medalhas no esporte
- Petrobras firma acordo para fornecimento de diesel com menor teor de enxofre
- A importância dos minerais na dieta
- Site revela bastidores do Reveillon Enchanté 2009

E para finalizar – Sardinha: um alimento fonte de ômegas

E depois falam que vida de jornalista é fácil. Morte a todos os malditos assessores de imprensa, vulgo jornalistas frustrados.

28 de outubro de 2008

O silêncio

sigo você no olhar.

27 de outubro de 2008

La Plata do Jota Quest



Diferente. A cada disco, a banda mineira se transforma e reiventa, mas mantendo o mesmo estilo com suas batidas inconfundíveis. É possível? Para o Jota Quest, sim! O 13º álbum chega às lojas na próxima 5ºfeira e promete fazer muito barulho - literalmente. Os mais ansiosos já podem conferir as músicas no http://www.myspace.com/jotaquest até dia 29/10. Os integrantes se mostram a vontade na hora de compor, gravar e tocar as 13 músicas do La Plata, que misturam diferentes pegadas - de samba, rock e baladas! Gravado no novíssimo estúdio da banda em Belo Horizonte, levou o ano todo para ficar a ponto de bala. A primeira faixa, que dá nome ao novo álbum, é a La Plata. Uma letra polêmica, que fala sobre tudo que o dinheiro pode comprar. E faz uma crítica à indústria fonográfica ("Quanto vale o show?"). Na sequência, Ladeira e - a melhor música desse disco -, Seis e Trinta. Em Tudo Me Faz Lembrar Você, uma poesia entra pelos nossos ouvidos nas batidas meladas. So Special, que ganha uma versão bônus na faixa 13 com o Ashley Slater, mostra a pegada das guitarras e do groove. Já em Paralelepípedo, a cantoria fica travada. A boa Único Olhar mostra a real do Jota, com suas célebres músicas românticas. O Grito é canção mais pesada e séria. Hot To Go e Nobodys Watching são as baladinhas do CD. Vem Andar Comigo e Laptop fecham com chave de ouro o bom lançamento do ano. A espera acabou. Jota Quest vem aí!!!

SET LIST / LA PLATA
1. La Plata
2. Ladeira
3. Seis e Trinya
4. Tudo Me Faz Lembrar Você
5. So Special
6. Paralelepípedo
7. Unico Olhar
8. O Grito
9. Hot To Go
10. Nobody´s Watching
11. Vem Andar Comigo
12. Laptop
13. So Special Ashley Slater

22 de outubro de 2008

A volta pra casa



Todo dia é a mesma coisa. O roteiro é o mesmo. Só as personagens mudam. A história narra a trajetória de volta dos trabalhadores paulistanos. Quantas histórias essas personagens anônimas podem revelar? O mau-humor se evidencia no apertado espaço das linhas circulares de São Paulo. O mesmo espaço não dá oportunidade para a narração de prováveis novas histórias.

A sabedoria

Todas as 2º e 4º feiras sou agraciado pela sabedoria de um encantador velhinho nas longas e viajantes aulas de Linguística na fabulosa Universidade de São Paulo. Sempre com um comentário assaz (im)pertinente, o simpático senhor desabafa sua solidão. Querendo mostrar seu ex-potencial conhecimento, cinco minutos são insuficientes para um poço de razão. As respostas poderiam ser melhores. E minha paciência, idem!

19 de outubro de 2008

Falsos sentimentos

Como é fácil se iludir
Entre viver na solidão infeliz e na falsa felicidade
Nunca temos quem queremos
Nem sabemos quem realmente queremos
A dúvida é um benefício dos perdedores
Por que jamais teremos aquilo que queremos

Pois é!

Sabe como é
Como dizia o poeta
A solidão é o fim de quem ama
Pois é...
Só vivendo para comprovar
Que o amar tem seu fim
Sabe como é.
Criar ilusões e desabar lá do alto
A queda é o fim
Pois é...
Pelo menos foi isso que me disseram
Quero descansar meu coração
Sabe como é.
E continuar nos passos sem piso
Para não acordar nunca mais

Apenas o começo para um jovem diretor



O filme Apenas o Fim, do jovem e tímido diretor Matheus Souza, 20, surpreende pela identidade com o público que cresceu na década de 90. Quando fica sabendo que sua namorada irá sumir para algum lugar e que tem apenas uma hora para conversar a respeito de tudo - ou transar, esta é a outra opção - Antônio (Gregório Duvivier) começa a relembrar as melhores passagens do longo e intenso relacionamento com Adriana (Érika Mader). Os assuntos? Pokémon, Transformers, Vovó Mafalda, Mc Donald's (Dani, vc é o número 2 sem picles e sem mostarda), carrinhos, filmes e músicas favoritos, ovos de Páscoa, política. Ou seja, assuntos que parecem banais, mas são todos os temas que qualquer universitário brasileiro discute diariamente. O longa parece ser dirigido por um monstro do cinema. E não por um estudante do terceiro ano de Cinema da PUC do Rio de Janeiro. Conversei com o Matheus depois da exibição do filme durante a Mostra de Cinema Internacional de São Paulo. Ele revelou que a verba do filme veio de festas universitárias, amigos e da faculdade - que emprestou os equipamentos para a gravação, somente dentro do campus - e uma simbólica verba. Por essa e por outras é apenas o começo para o talentoso diretor estreante Matheus Souza.

17 de outubro de 2008

32º MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA



São Paulo abriga, a partir de hoje, a 32º Mostra Internacional de Cinema. Serão exibidos 454 filmes de 75 países, reunindo obras de todas as partes do mundo, que permitam uma visão aberta e pluralista da realidade e novas experiências estéticas. Dentre as principais atrações, destaque para o estreante diretor Matheus Souza à frente do Apenas o Fim, a pré-estréia mundial de “Garapa”, de José Padilha, e a exibição do filme “Che”, com a presença de Benício Del Toro, que encerra a programação da Mostra. O evento ocorre de 17 a 30 de outubro na capital paulista. O festival promove ainda a Competição de Novos Diretores, da qual participam cineastas que tenham realizado no máximo seu segundo longa-metragem e cujo filme inscrito tenha sido concluído este ano, sem exibição pública no Brasil. Os vencedores da Competição de Novos Diretores recebem da Mostra o troféu Bandeira Paulista, uma criação da artista plástica Tomie Ohtake. Para conferir a programação completa, acesse: www.mostra.org.

15 de outubro de 2008

La Primavera



Por Felipe Moreira

É engraçado e clichê como a cidade e nossos sentimentos são como rodas-gigantes. Em fração de minutos se está no auge, no pico, praticamente no céu. Segundos depois...ladeira abaixo! Se está no chão, duro, de cimento. E essa é a sensação mais triste. Ter os pés no chão. Quando os pés estão presos à realidade e longe de qualquer otimismo ou platonismo, fica impossível correr, flutuar, voar, e o pior – imaginar.

Procurando no meio das 928 páginas do “Grande Dicionário Larousse Cultural” achei o significado de imaginar – conceber alguma coisa através da imaginação; criá-la; inventar; idear; projetar; traçar; crer; e FANTASIAR. Talvez a cidade cinzenta, apesar da primavera azulada, bloqueie as fantasias. Não estou pedindo tranqüilidade. Sou cinza como meu habitat, mas minha imaginação é verde como o campo. Estou pedindo calma. Calma. Calma. Preciso de calma para que minha fantasia não escureça como eu.

Se for impossível estar sempre no topo, pelo menos tentemos ficar perto dele. Me sinto parecido com São Paulo, cheio de realismo e esquecendo aos poucos do lúdico. Prefiro o lúdico. Que horas são, meu coração? Que horas são, meu coração?...

Comércio Informal

Por Felipe Moreira

Enquanto a maioria da cidade ainda dorme, eles já estão de pé. Enquanto alguns vão trabalhar nas mais diversas empresas, eles são a própria empresa.
Sempre com um sorriso no rosto, que esconde às vezes a dura vida do comerciante informal ou simplesmente camelo, que segundo a definição fria do dicionário significa vendedor que expõe e vende na rua.
De pilhas a meias, de livros a frutas, de penduricalhos a badulaques. No centro de uma Torre de Babel chamada São Paulo, os mais variados produtos sustentam uma parte do povo que não existe nos registros oficiais, mas que fazem parte da vida de muitos consumidores. É o povo comprando do povo. Gente comprando de gente. Gente essa que teve que se acostumar a correr do tão temido Rapa, que como verdadeiros soldados batem em seus peitos provocando o medo, que logo é superado pela esperança de um dia melhor.
Apesar de todas as dificuldades, a recompensa vem nas manhãs de sábado, seja no viaduto Santa Efigênia, na rua direita ou na famosa rua 25 de março, onde verdadeiros formigueiros humanos são formados atrás de preços justos e da criatividade que somente os brasileiros possuem.
E em um país que não oferece condições de trabalho para todos, realmente é preciso arrumar criatividade para sobreviver. E é exatamente isso que os camelos fazem: sobrevivem de baixo de chuva, sol ou da garoa paulistana.

14 de outubro de 2008

Camelos no Saara

36º

A temperatura nesse exato momento na cidade de São Paulo. Na redação da OFFLINE, sem ar-condicionado, o clima de fechamento se mistura com o de sauna. Meus pensamentos, que deveriam estar voltados a redigir alguma boa matéria, resumem-se a mar, areia e amigos. Quiçá uma boa música ao fundo. Por favor, me tragam uma água-de-côco para aliviar esse calor de deserto.

12 de outubro de 2008

Última Parada 174

Pegue o Zé Pequeno, junte com o Capitão Nascimento, coloque todos num ônibus do Rio de Janeiro e você terá uma idéia do previsível Última Parada 174, do diretor Bruno Barreto.

Baseado no documentário Ônibus 174 (2002), de José Padilha, o filme retrata a história de vida de Alessandro (ou só Sandro, como preferir), um marginalizado que seqüestrou um ônibus no Rio de Janeiro em 2000 e acabou matando uma inocente e morrendo de forma misteriosa a caminho da delegacia. Todo o enredo é trabalhado em cima da perspectiva de vida do garoto Sandro, que fora roubado de sua mãe quando criança e criado pelo dono da favela, onde cresceu em meio a violência. O filme não acrescenta nada de novo ao cinema de periferia, a tendência desde Cidade de Deus (2002), do diretor Fernando Meirelles.

Logo após a pré-estréia do filme, que aconteceu na última sexta-feira, no Shopping Frei Caneca, em São Paulo, o diretor conversou com o público e revelou a tendência do Última Parada 174 se tornar seu terceiro melhor filme, logo atrás de Atos de Amor (1995) e Romance da Empregada (1987).

Curiosidade: O filme, mesmo sem estrear nos cinemas, já é o pré-indicado brasileiro para concorrer ao Oscar em 2009.

Show do Zeca

Foto: Marcos Hermes

“Mas ontem eu recebi um telegrama/ era você de Aracaju ou do Alabama/ dizendo nego sinta-se feliz/ porque no mundo tem alguém que diz/ que muito te ama que tanto te ama/ que muito (muito) te ama que tanto te ama”.

O versátil maranhense Zeca Baleiro se apresentou na noite do último sábado em São Paulo, no show “O Coração do Homem Bomba”. Marcado por boas transações entre batidas mais pesadas e calmarias românticas, Baleiro mostrou que, aos 42 anos, é um garoto no palco! Suas letras inspiram poesia. Entre os principais singles – antigos e novos –, destaque para Telegrama, Meu amor Minha flor Minha menina, Você é Má, Elas por Elas, Heavy Metal do Senhor e Toca Raul.

Ouça: Telegrama e Você é Má (www.zecabaleiro.com.br)

9 de outubro de 2008

De lua



Meu amor é crescente
Sem nunca ficar cheio
Não cai às mínguas
Para se manter sempre novo

Durante as fases.

6 de outubro de 2008

O circo.



Acabou o primeiro ato em diversas cidades brasileiras. Os eleitores escolheram por "livre e espontânea vontade" os "melhores" candidatos para ocupar "importantes" cargos públicos nos próximos quatro anos. O segundo ato será apresentado em outras centenas de cidades espalhadas pelo Brasil. Dois "palhaços" disputarão a preferência dos espectadores nas próximas semanas, nem que para isso seja necessário atacar algumas tortas recheadas de podridão na cara do adversário. Claro que restarão alguns pedaços no público, que poderá se "deliciar" com as sobras. Como sempre. A comédia do tipo pastelão agrada aos brasileiros. Sempre agradou. Um nariz de palhaço combina com os índios. O picadeiro sempre está aberto para receber novos ícones.

O circo não acabou.

Luzes da Rebouças

Apaixonante. Os túneis, as calçadas, as plataformas, as luzes! O movimento me alucina todos os dias. Vou às alturas com os aviões que passam pela minha cabeça na plataforma, ansioso pela chegada do ônibus 715M10. Uma longa espera exige uma atenta observação: o vendedor da água de qualidade questionável, os frenéticos auxiliares nas paradas, o entra-e-sai no Eldorado e as pessoas em comum, tendo como único objetivo chegar em casa o mais rápido possível.

Faria Lima. Brasil. Oscar Freire. Paulista! Cada ponto uma surpresa. E a angústia de chegar, seja lá onde for. Sempre guiado pelas luzes da Rebouças.

Radares espalhados pela cidade.

Promessa de boas e ácidas intervenções. Em breve o radar itinerante começará a funcionar pelas ruas de São Paulo.