23 de julho de 2012

Mochilão Europa


O sonho de milhões de pessoas é de conhecer o Velho Continente em algum momento da vida. Aos 23 anos, eu a minha namorada encaramos o famoso Mochilão para desbravar as principais cidades europeias, num roteiro compacto e preciso de 14 noites. Todo o planejamento começou em fevereiro, com cinco meses de antecedência.

Como éramos mochileiros de primeira viagem, optamos por definir todo o roteiro através de uma agência de viagens, a Central do Intercâmbio (CI). Eles nos ajudaram a esquematizar todo o roteiro, definir as cidades e o número de noites em cada lugar, comprar as passagens aéreas e de trens, bem como reservar os assentos para alguns trechos entre cidades, e os passeios turísticos. Claro que você pode fazer tudo sozinho, mas o trabalho será bem maior. Mas com a CI tivemos a grande vantagem de poder dividir o valor do Mochilão e esquematizar do nosso jeito o roteiro, com a segurança de uma agência de viagem.

Compramos as passagens aéreas da TAM, nos trechos SP – Milão na ida e Frankfurt – SP na volta. Sem escalas, para evitar estresse e cansaço de viagem. A Europa está +5h em relação ao fuso brasileiro. Não foi problema nos adaptar ao horário. O mais difícil mesmo, com exceção da Itália, foi adaptar a comida. Nos outros destinos, nada de carne! Quando encontrávamos algo carnívoro, o preço era salgado. Muitas vezes optamos pelo bom e velho fast food ou comidas vendidas em mercados, por um preço super camarada!

Em relação às compras, não tem como não comprar! De cada destino trouxemos algo típico para nossos amigos e familiares. Para nós, roupas e perfumes. Mesmo fazendo a trágica cotação de Euro para o Real, muitos produtos valiam a pena!

Com prazer publico nossas impressões da viagem, separadas por cidades. Maiores informações, vou ter o prazer de responder através do e-mail thiagoazanha@uol.com.br.

Boa leitura e boa diversão! Espero que você, leitor, se anime e embarque o quanto antes nesta incrível experiência de vida pela Europa!

Mochilão Europa - Milão (Itália)


Noites: 3

Hotel: Ibis Repubblica Centro. Quarto com tamanho razoável, mas com bastante barulho da rua. O café da manhã foi um dos melhores da viagem! Outra vantagem é que fica a 5 minutos a pé da estação de metrô Repubblica e a 12 minutos da Stazione Centrale de trem. Tem internet grátis wireless e quatro computadores no hall de entrada.

Atrações obrigatórias: Duomo, Galleria Vittorio Emanuele, Piazza della Scala, Castello Sforzesco, corso Buenos Aires e Porta Genova.

O Duomo dispensa apresentações, uma vez que é uma das mais belas igrejas de toda a Europa, com seu estilo gótico, coroado com agulhas. Só tome cuidado com os vendedores ambulantes insistentes que habitam a praça e perturbam os turistas. Seja grosso com eles e dispense seus produtos. A Galleria Vittorio Emanuele, ao lado do Duomo, possui um telhado de vidro e metal impressionante, numa galeria cheia de lojas de luxo, como a Prada. Já a Piazza della Scala abriga um monumento em homenagem a Leonardo Da Vinci e o famoso teatro Scala. Infelizmente os preços para as apresentações estavam salgados, em torno de 100. O Castello Sforzesco, não muito distante do Duomo, numa caminhada de dez minutos, abriga uma belíssima construção renascentista de 1450, onde o visitante pode fazer uma visita pelo castelo de graça! O corso Buenos Aires, próximo a estação Repubblica do metrô abriga diversas lojas de departamento e grife, em meio a vários bares e cafés. Já a badalação noturna fica no bairro de Porta Genova, próximo a estação de metro que leva o mesmo nome. Lá os turistas podem desfrutar das comidas típicas italianas a um preço camarada. Encontramos um bar que oferecia comida e bebida a vontade por 9,00 as margens do canal, ou Navigli, como os milaneses chamam. Resta a você explorar e não ter medo de se perder! A maioria dos milaneses é como os brasileiros, prestativos e de bom-humor. Mas claro que há exceções, principalmente os seguranças de lojas.

Veredicto: A capital mundial da moda não pode ser deixada de lado no roteiro. A excelente gastronomia, a vida noturna e os habitantes simpáticos fazem de Milão uma opção para começar a conhecer a Itália sem se decepcionar com os clichês.

Mochilão Europa - Florença (Itália)


Noites: 0 (fizemos um bate-e-volta de um dia, dormindo em Milão)

Atrações obrigatórias: Duomo, Uffizi, Igreja de Santa Maria Novella, Ponte Vecchio, Palazzo Pitti e Galleria dell’Accademia.

As igrejas mais celebres da cidade são o Duomo de Santa Maria del Fiore (que se encontra em processo de restauração) e a Santa Maria Novella, esta última construída em estilo gótico entre 1279 e 1357. A Ponte Vecchio, datada de 1345, sobreviveu aos bombardeios da Segunda Guerra Mundial e hoje abriga diversas lojas de ouro e jóias, ligando os turistas do Palazzo Vecchio ao Palazzo Pitti – que abriga o famoso Jardim de Boboli em seu quintal. Ainda na Ponte Vecchio, não deixe de provar o famoso gelatto italiano numa sorveteria no final da ponte, sentido Palazzo Pitti. Foi o melhor sorvete que provei na vida! E custa apenas 2,50. Já a Galleria dell’Accademia abriga a famosa escultura Davi, de Michelângelo. Mas indispensável mesmo é a visita a Galleria degli Uffizi, que possui em seu acervo obras como “Duque e Duquesa de Urbino” (1460), “O Nascimento de Vênus” (1485) e “Vênus de Urbino” (1538). O quadro “A Adoração dos Magos”, de Leonardo da Vinci, encontra-se em trabalho de restauração. Para não perder muito tempo em seu gigante acervo, reserve as salas de 7 a 18 para visitação, onde encontram-se as obras mais importantes. E compre os ingressos antecipadamente pela internet para evitar filas, no site: www.polomuseale.firenze.it.

Veredicto: Apesar do calor infernal durante o verão, na casa dos 34C, o grande número de turistas e as ruas estreitas que não parecem comportar tanta gente e calor juntos, Firenze torna-se uma visita obrigatória para quem quiser ver obras importantes, feitas por artistas celebres italianos. Um mergulho na história a cada passo! Mas não deixe de se hidratar com bastante água, que é vendida mais barata em supermercados.

Mochilão Europa - Zurique (Suiça)


Noites: 1 (mas recomendo 2 ou mais noites)

Hotel: Bristol. O melhor hotel da viagem, pois tinha um quarto gigante com sacada e banheiro com banheira! Fica pertinho da estação Bahnhofstrasse, o que facilita a vida de quem carrega malas e mochilas. O ponto negativo é o café da manha, com poucas opções. Tem internet grátis wirelles e dois computadores no hall de entrada.

Atrações obrigatórias: Igrejas de Grossmünster, Fraumünster e St. Peter, ruas comerciais de Augustinergasse e Bahnhofstrasse e o rio Limmat (que desemboca numa baia linda).

É impossível estar em Zurique, olhar para o alto e não se impressionar com as agulhas das três igrejas que dão um charme para a cidade. Mesmo no verão, a cidade ganha ares festivos e badalados, com as ruas comerciais apinhadas de gente bonita, Porshes e Ferraris desfilando pelas ruas, comida barata de qualidade e um rio que deixa o turista na vontade de mergulhar de roupa e tudo! As igrejas de Grossmünster e Fraumünster podem ser deslumbradas do mirante da cidade. Para chegar até ele, observe numa caminhada a beira do rio um lugar no alto com diversas pessoas se movimentando.É lá, difícil de chegar, mas que vale a procura! Se tiver tempo, não deixe de conhecer o Museu Nacional Suíço, que fica num prédio que mais parece um castelo ao lado da estação principal de trem, a Bahnhofstrasse.

Veredicto: Zurique foi a melhor cidade que visitamos na Europa. A população, os lugares que mais parecem cenários de filmes, o belo lago no final da rua Bahnhofstrasse, etc. Tudo é perfeito, numa melhor imagem de “estamos na Europa”. A viagem de trem entre Milão e Zurique já valia o passeio, pois tinha diversas montanhas ainda com neve, animais no pasto, casinhas do tipo de bonecas, etc. Encantador! Devíamos ter ficado mais que uma noite na Suíça, sem dúvida. Perto do hotel ficava uma badalada rua noturna, com diversos cafés e cerveja barata! 

Mochilão Europa - Paris (França)


Noites: 3

Atrações atrações: Torre Eiffel, Museu do Louvre, Catedral de Notre Dame, Champs Elysees, Arco do Triunfo, Île de la Cité, Quartier Latin, Pont des Artes.

Hotel: Yllen Eiffel. Disparado, o pior hotel da viagem! Atendimento péssimo, internet que custava E5 por hora, café da manhã precário, quartos claustrofóbicos e velhos, distante de todas as atrações turísticas. Levávamos cerca de 30 minutos numa viagem de metrô entre o hotel e o Louvre, por exemplo. Opte por algum hotel próximo a Île de la Cité ou da Champs Elysees, que concentram os pontos turísticos da cidade.

O mal-necessário da viagem. Ir para a Europa e não passar por Paris é a mesma coisa que ir para o litoral e não ver o mar. A Cidade-Luz estava abarrotada de turistas no verão, formando filas intermináveis nos principais pontos turísticos, como a Torre Eiffel e o Museu do Louvre. A dica é comprar a entrada da Torre em uma agência de viagem, como a Cityrama, que oferece pacotes promocionais com a entrada na Torre SEM FILAS, cruzeiro pelo Rio Sena e um city-tour completo por apenas 55. Vale o dinheiro gasto. Já no Louvre, entre pelo acesso dentro do metrô, que abre pontualmente as 8h30 e garante entrada no museu também sem filas logo pela manhã. Depois das 11h, o Museu torna-se insuportável e cheio de turistas. Como conseguimos chegar cedo, vimos a Mona Lisa de pertinho, sem tumulto. E é de perder o fôlego o acervo sobre o Egito e as famosas pinturas da Revolução Francesa!

Paris é uma cidade para ser percorrida a pé! Você deve visitar a belíssima Catedral de Notre Dame, que fica ao lado da famosa ponte de cadeados Pont des Artes, na Île de la Cité. Se tiver namorada(o) não deixe de colocar seu cadeado na ponte e jogar a chave no Rio Sena. Esta tradição existe há anos e vale para declarar seu amor! Ainda na Île de la Cité, prove o delicioso gelato da sorveteria Berthilon, localizado na rua central da Île St. Louis. O Arco do Triunfo no começo da chiquérrima Avenue des Champs Elysees também vale a visita pelo monumento ao soldado desconhecido, morto nas batalhas francesas. Aliás, a Champs Elysees concentra sim lojas de grife, mas há opções mais baratas, como a H&M ou a Abercrombie. Sem falar das boas e baratas lojas de perfumes, que estão em promoção agora no verão! Não deixe de sentar, tomar um café e apreciar o burburinho das compras nesta famosa avenida.

Para comer, cuidado com os restaurantes do Quartier Latin, que também concentra diversos prédios famosos. A maioria serve um menu fechado a 16, que parece vantajoso, mas a comida deixa a desejar – e o atendimento rude dos franceses também. Ao contrário da lenda da boa cozinha francesa, os restaurantes franceses são MUITO ruins e servem um atendimento para irritar qualquer um.

Veredicto: Paris é Paris. Ame-a ou deteste-a. Linda por toda a história que possui, mas perde um encanto com tanto turista! Deixe para conhecer a Torre Eiffel a noite, curta um pôr-do-sol no Parc du Champ de Mars comendo um crepe, viva a atmosfera legítima parisiense na Île de la Cité. Tente não encontrar um rato nas fedidas estações de metrô, que cheiram urina, e tape bem o nariz para o mal-cheiro dos franceses, que não é lenda!

Mochilão Europa - Bruxelas (Bélgica)


Noites: 2

Hotel: Ibis Ste. Catherine. A poucos minutos do Gran Place e da estação Bourse do metrô, o hotel tinha o quarto e o banheiro mais apertados da viagem! Em compensação, a cama grande e confortável quebrou o galho a noite! O café da manhã era ok, mas vivia abarrotado de turistas, brasileiros e italianos! Há internet grátis wireless e apenas um computador no hall de entrada.

Atrações obrigatórias: Grand Place, Manneken PIS, Parc du Cinquantenaire, Cathédrale Sts-Michel et Gudule e Bruparck.

Não perca seu tempo: Parlamento Europeu (prédio feio que contrasta com todas as construções da cidade) e Palais Royal (está fechado para reforma até o fim de 2012).

A praça do Gran Place concentra as mais belas construções da cidade, como o Hôtel de Ville e La Maison du Roi. Nas ruas próximas ao Gran Place encontram-se diversas lojas dos famosos chocolates belgas, a um preço muito barato. Há também lojas de souvenirs, como a renda belga. Trouxe um lenço por E5. A três minutos do Gran Place localiza-se a famosa estátua de Manneken Pis, o símbolo de Bruxelas. É um garoto fazendo xixi, que reza a lenda, um menino foi pego urinando durante uma batalha. Simboliza a coragem militar em meio ao conflito. Não se desanime com o pequeno tamanho da obra, com menos de 1m. Situado na periferia de Bruxelas, onde se pode chegar através de metrô em 30 minutos, encontra-se o Bruparck, que é um parque temático. A atração mais curiosa é o Atomium, estrutura construída em 1958 para a Exposição Mundial que representa um átomo de ferro ampliado 165 milhões de vezes. O visitante pode subir em sua estrutura, pagando 11. Subimos, mas não valeu a pena. A cidade é vista ao longe e o parque em si é bem simples. Desperdício de dinheiro, mas vale pelas fotografias da estrutura em si.

Dica: O restaurante Raphael (76, Rue Marche aux Herbes) serve boas opções de cortes de carnes, com batata frita e salada por 16, que valia cada centavo! Foi o lugar que matou nossa fome durante nossa temporada na Europa.

Veredicto: Se tivesse que tirar alguma cidade do roteiro, não pensaria duas vezes de excluir Bruxelas e passar mais tempo em Zurique, por exemplo. A cidade resume-se as atrações do centro, nada diferente do que pode ser visto em cidades maiores. Ganhe tempo em outra cidade e não desperdice tempo e dinheiro em Bruxelas – que mesmo no verão é congelante a noite devido ao vento.

Mochilão Europa - Amsterdam (Holanda)


Noites: 2

Hotel: Ibis City Stopera. Logo no check-in, peça um quarto com vista para o canal, pelo mesmo preço que um quarto com vista para o simples jardim interno. A numeração ímpar já credencia os hóspedes para uma vista de tirar o fôlego! Mesmo a noite, quando fomos dormir, deixamos a cortina aberta, para apreciar a vista noturna da cidade. Há internet grátis wireless e dois computadores no hall de entrada.

Atrações obrigatórias: Casa de Anne Frank, Heineken Experience, Bairro da Luz Vermelha (principalmente a noite), Madame Tussauds, Xtracold Icebar, Igreja de Oude Kerk, casas de Begijnhof e Rijksmuseum (em frente ao museu está o famoso letreiro I Amsterdam)

Não perca seu tempo: Sexmuseum (só há fotos pornográficas antigas e bizarras), Medieval Torture (mais bizarrices para tirar dinheiro de turistas desavisados) e qualquer outro museu de conteúdo suspeito.

Amsterdam cheira maconha. A droga, legalizada e tolerada pela polícia, pode ser consumida nos famosos coffee shops – o mais badalado é o Bulldog. Nem a lei que entrou em vigor proibindo a venda para turistas conseguiu tirar o movimento desses cafés. As prostitutas no Bairro da Luz Vermelha também não se deixam envergonhar nas vitrines decadentes em meio a famílias passeando dando uma atmosfera festiva e boêmia para o bairro. Mas Amsterdam é muito mais que sexo e drogas! Tem CULTURA!!! A começar pela fascinante casa onde Anne Frank escreveu o diário mais famoso do mundo durante a Segunda Guerra Mundial, antes de ser capturada e morta pelos soldados nazistas. Mesmo sem os móveis originais, os visitantes podem ver os cômodos no esconderijo que abrigou seus pais e mais um casal com o filho durante meses nas margens de um canal. Para não pegar filas, compre seu ingresso pela internet, no site www.annefrank.org. Com ele, você agenda o horário da visita e tem acesso por uma porta a esquerda do prédio, sem nenhuma fila – que costuma ser GIGANTE para os desavisados. As casinhas simpáticas onde vivem somente mulheres solteiras em Begijnhof contrasta com o movimento das ruas comerciais da região. Quem gosta de cerveja tem uma parada obrigatória no Heineken Experience, onde pode-ser apreciar a história e fabricação da cerveja mais celebrada do mundo! Para fazer algo diferente, vale a visita ao Xtracold Icebar, uma balada a – 10C, que fica ao lado da estação Waterlooplein do metrô (a mesma para o hotel Ibis City Stopera).

Dica: Compre os tickets para os museus, cruzeiros e baladas nos escritórios da Tour and Tickets, espalhados pelas ruas de Amsterdam com uma cor vermelha bem chamativa. Os descontos são essenciais para mochileiros em busca de preços mais acessíveis. As pizzas a € 5,00 são boas opções para matar a fome a qualquer hora!

Veredicto: A vista dos canais, que não tem nenhum cheiro desagradável, bem como o cruzeiro que fizemos pelos mesmos, é de impressionar. Toda a história de Amsterdam, com as modernidades, faz com que tudo fique perfeito nesta cidade encantadora, minha favorita depois de Zurique.

Mochilão Europa - Berlim (Alemanha)


Noites: 2

Hotel: Ivbergs Premium. Ao lado da estação U-Bahn Wittenberg Platz, o hotel agrada pelo tamanho e o farto café da manhã, com dezenas de opções. Foi nossa segunda melhor hospedagem na Europa. O defeito é que os recepcionistas tinham um péssimo inglês, impossibilitando nossa comunicação.

Atrações obrigatórias: Alexander Platz, Berliner Dom, Brandenburger Tor, Centrum Judaicum e Neue Synagoge, Muro de Berlim, Postdamer Platz, Tiergarten, Unter den Linden.

A capital da Alemanha tem algo diferente no ar. Uma atmosfera pesada parece encobrir a chuvosa cidade, que foi palco de inúmeras tragédias, como os bombardeios durante as Guerras Mundiais, a dizimação dos judeus durante o período nazista, a Guerra Fria, o Muro de Berlim que dividia a cidade em duas. É preciso ter fôlego para conhecer todos os pontos turísticos (principalmente aqueles que sobreviveram ao tempo), que ficam distantes um do outro, e não se revoltar com a história recente dos alemães. A praça de Alexander Platz abriga a Torre de Rádio e TV (Fernsehturm), onde o turista pode subir e apreciar a vista, pagando 12. Mesmo num domingo a noite, a fila demorava 1h30. O Postamer Platz abriga o Sony Centre, um moderno complexo de lojas no centro de Berlim. Vale a visita para diversas fotos! Já o Muro de Berlim, próximo ao Checkpoint Charlie, pode ser visitado, devorando toda a história da Guerra Fria que estudamos na escola.

Veredicto: Alemanha não vale a visita. Nem Berlim, nem Frankurt (veja abaixo). Perda de tempo ao visitar uma cidade que contrasta as velhas construções com uma nova metrópole, a história repugnante dos nazistas, a divisão ridícula do muro. A população não tem nada de simpática. São todos mal-educados, não falam inglês e tratam mal os turistas. Para nunca mais pisar na terra de Hitler.

Mochilão Europa - Frankfurt (Alemanha)


Noites: 1

Hotel: Best Western Plaza. Localizado ao lado da principal estação de trem de Frankfurt, a MainHB, o hotel fica a 15 minutos das principais atrações da cidade, podendo o visitante fazer uma agradável caminhada pelas margens do rio até chegar ao Ostzeile ou às igrejas. O café da manhã é grátis, mas não há boas opções. Ficamos com fome e precisamos comer na rua minutos depois. Tem internet wireless grátis e apenas um computador no hall de entrada. Deixa muito a desejar.


Atrações obrigatórias: Ostzeile de Römerberg, casa de Goethe, Igrejas de São Nicolau e St. Leonhardkirche e Kaiserdom.

Na Alemanha, o mais difícil é compreender as palavras cheias de consoantes e os habitantes nada simpáticos que não se esforçam para falar a língua inglesa e se comunicar. Mas na simpática praça de Ostzeile, onde há as típicas construções alemãs, os bares na região acolhem os visitantes com boas cervejas e os famosos salsichões! A casa, ou melhor, mansão do escritor Goethe preserva seu interior e a bancada onde escreveu seu mais célebre livro, “O Sofrimento do Jovem Werther” (1774). A imponente catedral de Kaiserdom, com seu relógio gigante, atrai a atenção dos passantes. Não deixe de curtir a vista do rio no final da tarde, onde os habitantes de Frankfurt aproveitam para fazer uma caminhada, correr ou simplesmente observar o movimento com os amigos.

Veredicto: Bonita, mas não tanto. Seria melhor pegar estas três noites na Alemanha e distribuir em outros destinos. Distante das outras cidades, Berlim e Frankfurt não deixaram saudade. Apenas o alívio de voltar para casa e comer o famoso arroz e feijão!