31 de outubro de 2010

Crítica: Comedians Club

Nem sempre a combinação de comediantes num bar é agradável (para ambos os lados). O Comedians Club, aberto na última sexta feira em SP desagradou o público. Tendo como sócios os humoristas Rafinha Bastos e Danilo Gentili, juntamente com o empresário Ítalo Gusso o bar pecou feio desde a demora na longa fila até a entrega da comida na mesa.



Para evitar filas, cheguei cedo, por volta das 19h – horário prometido para abrir a casa. Balela! As portas abriram depois das 20h, para uma outra fila, formada por quem tinha nome da lista. Antes, todos devem preencher uma ficha e pegar sua comanda. Isto atrasou o começo do espetáculo, uma vez que os 300 lugares deviam estar ocupados para o show começar. Mas antes de rir, tive que chorar.

A começar pelo péssimo atendimento dos garçons, completamente despreparados. Pedi um suco, que levou 30 minutos para chegar. Na sequencia, um lanche e uma porção de frango, que demorou quase 2 HORAS pra ser entregue, depois de oito pedidos implorativos.

O show começou às 21:30, com Rafinha Bastos fazendo piada com a demora para a entrega da comida. Estava debochando de nossa cara. Literalmente, pois me sentei na primeira mesa da casa, em frente aos humoristas.

Quando a comida finalmente chegou, mais uma surpresa desagradável: estava crua! Sem condição de saboreá-la, resolvi me entreter com o “show” – que já ficou sem graça, pois os humoristas não conseguiram mais prender a atenção do público.

Para fechar a noite, o bom Marcelo Mansfield estava numa noite infeliz. Não teve ânimo para contar suas piadas, caindo no sem graça e “acaba logo com isso”.

Por sorte, na saída, paguei na mesa a conta (trocada, diga-se de passagem). Os outros, enfrentaram a fila de forma revoltante. Comum os xingamentos.

Não volto. Pelo menos enquanto não melhorar o BAR. Se a proposta continuar sendo aliar BAR e show de humor...

Avaliação: péssimo

25 de outubro de 2010

Atividade Paranormal 2

Aliando bom suspense psicológico com o terror sem ser clichê, Atividade Paranormal 2 reinventa o estilo.



Nada mais fácil que filmar com câmeras de segurança os movimentos de espíritos malignos numa casa mal assombrada. A receita é simples e o sucesso é garantido! Mas se a história conseguir trabalhar na linha tênue do suspense psicológico, o espectador estará pronto para levar diversos sustos ao ver coisas se mexendo sozinhas, portas batendo e abrindo, pessoas sendo arrastadas pela escadaria por alguma força maior ou qualquer barulho demoníaco.

Atividade Paranormal 2 acontece antes do primeiro filme da série, durante o mês de agosto de 2006. Já o filme que inaugura a série ocorre entre setembro e outubro de 2006. Se você se assustou com os espíritos na cama de Katie e Micah, pode ter certeza que muitas surpresas acontecerão com o casal Kristi (irmã de Katie – a perseguida pelo espírito no primeiro longa) e Daniel e dos filhos Ali e Hunter nesta sequência, que assusta e diverte pelo óbvio sem ser bizarro.

Na trama, forças do mal perseguem o bebê Hunter – alma que pertence ao diabo após a bisavó de Kristi e Katie ter feito um pacto com ele. Diversos fenômenos sobrenaturais acontecem com o casal que tenta proteger ao máximo seu filho. Forças usadas em vão, para terror do público. As tais atividades acontecem geralmente por volta das 3:15 da madrugada. A parte mais assustadora é quando Daniel faz um exorcismo em Kristi. Cenas de arrepiar estão por vir...

Atividade Paranormal 1 teve orçamento de US$ 15 mil dólares e faturou US$ 107 milhões em todo o mundo. Já o segundo filme custou US$ 3 milhões e faturou US$ 41 milhões em seu final de semana de estreia. Sucesso de público e crítica!

Dica: para entender o final de AP2, obrigatoriamente o espectador deve ter assistido (ou assistir) ao primeiro filme da franquia. Caso contrário, o desfecho não fará tanto sentido – e AP2 será uma droga!

Para ver a crítica de AP1, acesse: http://olharesdoradar.blogspot.com/2009/12/500-filmes-com-ela.html

Cotação: * * * * *

No lugar certo, na hora certa



Quinta, 21 de outubro, 9:40. Intervalo de aula da faculdade. Como todo universitário sem dinheiro, precisei ir até o banco para sacar uma grana pra pagar o almoço. No curto caminho, uma blitze da PM dentro da Cidade Universitária me chamou a atenção. Carros estavam sendo parados por policiais militares junto com a guarda universitária na avenida professor Luciano Gualberto.

Sem pensar duas vezes, coloquei meu crachá da Folha, tirei meu caderno de anotações da mochila e comecei a fotografar a ação (4 fotos no total). Procurei pelo responsável da blitze e fiz as perguntas básicas: o que está acontecendo, por que esta ação, quantas pessoas foram abordadas, quantas pessoas participam da blitze e outras perguntas pertinentes.

Cheguei na redação por volta das 13h com uma boa história pra contar. No jornalismo, um furo. Nenhum repórter estava lá para acompanhar a ação. Vendi a minha história para o editor – que a comprou na hora. Durante a reunião de pauta no período vespertino, meu furo ganhou a capa do caderno!

Agora, mais um repórter entra na matéria da redação e eu corro para a USP para tentar ouvir (em vão) a reitoria, a coordenação do campus e pessoas que tiveram seus carros furtados no campus. Por sorte (olha ela de novo aí), encontrei uma fonte na faculdade de economia e administração (FEA). O cara teve seu carro levado pelos bandidos em agosto. Enquanto isto, o outro repórter levanta dados de roubos e furtos na Cidade Universitária da redação.

E para ganhar mais destaque, uma foto seria necessária. Um fotógrafo procurou durante o final da tarde e começo da noite a blitze que iria acontecer – se não fosse a investigação estar em andamento. Os policias não foram até a USP no final do dia.

Para piorar a situação, neste momento nenhuma pessoa estava autorizada a comentar o assunto na universidade. A dificuldade para checar as informações ficava maior. E o prazo do fechamento se aproximava.

Como disse no começo, tinha quatro fotos no meu celular. A qualidade era razoável. Se passasse por um tratamento, talvez conseguisse estampar no jornal. Como não tinha o cabo para transferir as fotos, a namorada do repórter entrou em campo! Mesmo sem entender a importância daquilo naquele momento, foi até meu apartamento (por livre e espontânea pressão) e pegou o dito cujo. Consegui mandar o material para a redação por volta das 19h.

Estava feita a matéria, capa do caderno Cotidiano da última sexta feira (22/10) na Folha de São Paulo. Um pouco de sorte para estar no lugar certo, na hora certa!

18 de outubro de 2010

34ª Mostra Internacional de Cinema



Começa na próxima 6ª feira (22) em São Paulo a tradicional Mostra Internacional de Cinema. Serão mais de 400 filmes dos mais variados países em cartaz por 20 cinemas do circuito paulistano. O público poderá conferir o trabalho de novos diretores, bem como acompanhar novas perspectivas para o cinema contemporâneo. Esta é uma boa oportunidade para conhecer o lado cultural da sétima arte, muitas vezes entregues a blockbusters sem conteúdo. Em 2008, o filme brasileiro Apenas o Fim, do diretor Mateus Souza, fez sua estreia na Mostra e agradou público e crítica. É também uma vitrine para novos e promissores talentos. Vale a fuga do circuito comercial!

Os valores dos ingressos vão de $r 14 (inteira) a $r 7,00 (meia) - durante a semana - e $r 18 (inteira) a $r 9 (meia) - final de semana. A Mostra vai até dia 4 de novembro.

Confira a programação completa em www.mostra.org

16 de outubro de 2010

Comedians Bar

Previsto para inaugurar em 29 de outubro, o bar de comédia dos humoristas Rafinha Bastos, Danilo Gentili e o empresário Ítalo Gusso promete mudanças na forma de fazer stand up no Brasil.



Crédito: reprodução da Folha.com

Misturando bar e teatro, o Comedians Club (r. augusta, 1129) deve levar ao público um cardápio mesclando humoristas veteranos com boas apostas no gênero - e diversos tipos de porções, cervejas e vinhos! A casa tem capacidade para 300 pessoas e foi projetada para facilitar a visibilidade do público, sem a interferência de pilares ou garçons atrapalhados. O couvert será de $r30. Não haverá venda antecipada de ingressos. Portanto, pode chegar cedo, a partir das 19h, de quinta a domingo!

14 de outubro de 2010

Tropa de Elite 2

Batendo todos os recordes de bilheteria, o filme dá um tapa na cara da sociedade corrupta e seus representantes nos cargos públicos.



Quase 3 milhões de pessoas já assistiram a saga do coronel Nascimento nos cinemas. A arrecadação nas bilheterias bate na casa dos R$ 25 milhões. Os brasileiros saem revoltados das salas! Não com o filme, mas com a política de segurança pública no Brasil.

O coronel Nascimento sai do BOPE e assume um cargo na Secretaria de Segurança Pública no Rio de Janeiro. Promete combater o tráfico nas favelas, com ações ousadas dos “caveiras”. Consegue realizar a missão com sucesso! Mas outros bandidos ganham os morros: os próprios policiais, com apoio de políticos e membros da SSP! No poder, os corruptos passam a gerenciar os lucros obtidos junto às comunidades. Viram cabo eleitoral de candidatos a deputados e governador do estado.

Dentro da própria instituição está Nascimento, envolvido numa missão mais complicada do que pensa, pois passa a lidar com pessoas influentes no governo. Tem as mãos atadas pelo sistema. Mas se esforça para manter vivo seus ideais. Com ajuda dos ex-companheiros do Bope, estrutura uma operação para desestruturar o sistema e denunciar os policiais e políticos corruptos. Tenta de todas as formas armar o bote, mas os resultados são omitidos pelos seus superiores. Vê seu amigo Mathias ser assassinado a sangue frio e seu filho baleado numa ação premeditada.

A cada cena, o espectador se envolve na narrativa em primeira pessoa do novo herói brasileiro. Sente-se vingado quando Nascimento bate num político corrupto e faz todas as denúncias na CPI de segurança pública do Rio de Janeiro. Mas não é suficiente para apaziguar minha revolta de estar dentro do sistema.

Na conclusão, exclui-se as peças corruptas atuais e substitui-se por outras, como num ciclo vicioso. Mais complexo e polêmico que o primeiro filme da saga, TE2 chega para fazer com que o público pense e fique de olho nas intenções dos políticos brasileiros.

Cotação: * * * * *

5 de outubro de 2010

Amor de perto



Superada a fase de amor a distância, nada melhor que viver um amor de perto! Conviver todo dia ao lado da pessoa que amo é ótimo, como diria ela - em um de seus dois bordões. Sair e rir. Combinação perfeita para nossas manhãs, tardes e noites. Assistir e sorrir da identificação com os filmes. Fotografar no nosso cenário favorito (foto roubada). Conversar sem pressa, amar sem pressa. Ligar pra dizer um sincero e breve te amo a qualquer hora do dia - mas que resume tudo. Não deixar nada interferir no nós. Continuar crescendo em todos os âmbitos de nossas vidas. Crescer juntos, com a certeza que os sonhos serão realizados. Nossos projetos simples ou ambiciosos. Tão simples quanto comer lanche na padaria ou tão ambicioso quanto perder o medo do siri. E acrescentamos na história um tempero permanente: nossas famílias e amigos. Receita de uma mistura de sentimentos sólidos e verdadeiros.

Só escrevi pra dizer te amo, amore.

Amor a distância

A arte imita a vida ou a vida imita a arte?



Nos papeis principais do filme, Drew Barrymore e Justin Long. Na vida real, NÓS. Como lidar com a distância no amor e conseguir tolerar seus amigos que vivem enchendo seu saco porque você não desgruda do celular? Oi? Ah, sim. O filme! Erin e Garrett têm apenas seis semanas para aproveitar a melhor fase de qualquer relacionamento: o começo. Ela trabalha como estagiária de jornalismo em NY, mas seu contrato está no fim e deve voltar a morar em São Francisco. Ele é funcionário de uma gravadora na Big Apple e sonha agenciar as bandas que realmente gosta.

Mas manter um relacionamento a distância não é nada fácil. E para cumprir a missão, que tal disparar centenas de torpedos, gastar horas na Internet e no telefone, rir juntos com vídeos engraçados no YouTube, sair pra passear com a pessoa amada pelo parque? A cidade de NY ganha um papel principal na trama, pois seus cenários dão o tom ao momento em que vivem. Quando estão felizes, saem para beber e dançar. Melancólicos, preferem um passeio mais tranquilo. A excelente trilha sonora casa perfeitamente com as cenas.

O momento da primeira despedida no aeroporto é triste. Mas as situações tornam-se engraçadas com a ajuda dos amigos de Garrett – que o ajudam a superar a distância (e o uso permanente do celular)!

Já vivi na pele o papel de Garrett e não é nada fácil. Mas como no filme, se o amor é verdadeiro, supera todas as distâncias e limitações físicas (mais um clichê bobo e romântico usado no filme)!

Cotação: * * * * *

Gente grande

Adam Sandler tem a melhor atuação desde Click (2006)! Motivo de sobra para ver com bons olhos seu novo filme.



Quando cinco amigos de infância se reencontram depois da morte do ex-técnico de basquete, pode ter certeza que vem muita história boa pela frente! E se estes velhos conhecidos fossem os comediantes Adam Sandler, Kevin James, Chris Rock, Rob Schneider e David Spade? Reuniram o que há de melhor no gênero da comédia cinematográfica (ausência de Olsen Wilson) para fazer o público morrer de rir!

Já crescidos – e com suas respectivas famílias e peculiaridades – há tempo de sobra para colocar a conversa em dia numa casa alugada no meio da floresta – cenário de aventuras do passado. O filho de quatro anos que ainda mama no peito da mãe, os gêmeos mimados que aprendem as brincadeiras da vida real, a sogra que reclama de tudo, as esposas individualistas e as filhas que não parecem nada com o pai! As brincadeiras do passado voltam a cena e um ar de saudosismo toma conta da tela! No feriado, os cinco amigos conseguem aprontar de tudo e se preparar para o grande desafio: a revanche contra o time de basquete local.

O desfecho? Já para o cinema! E prepare-se para morrer de tanto rir!

Cotação: * * * *