14 de outubro de 2010

Tropa de Elite 2

Batendo todos os recordes de bilheteria, o filme dá um tapa na cara da sociedade corrupta e seus representantes nos cargos públicos.



Quase 3 milhões de pessoas já assistiram a saga do coronel Nascimento nos cinemas. A arrecadação nas bilheterias bate na casa dos R$ 25 milhões. Os brasileiros saem revoltados das salas! Não com o filme, mas com a política de segurança pública no Brasil.

O coronel Nascimento sai do BOPE e assume um cargo na Secretaria de Segurança Pública no Rio de Janeiro. Promete combater o tráfico nas favelas, com ações ousadas dos “caveiras”. Consegue realizar a missão com sucesso! Mas outros bandidos ganham os morros: os próprios policiais, com apoio de políticos e membros da SSP! No poder, os corruptos passam a gerenciar os lucros obtidos junto às comunidades. Viram cabo eleitoral de candidatos a deputados e governador do estado.

Dentro da própria instituição está Nascimento, envolvido numa missão mais complicada do que pensa, pois passa a lidar com pessoas influentes no governo. Tem as mãos atadas pelo sistema. Mas se esforça para manter vivo seus ideais. Com ajuda dos ex-companheiros do Bope, estrutura uma operação para desestruturar o sistema e denunciar os policiais e políticos corruptos. Tenta de todas as formas armar o bote, mas os resultados são omitidos pelos seus superiores. Vê seu amigo Mathias ser assassinado a sangue frio e seu filho baleado numa ação premeditada.

A cada cena, o espectador se envolve na narrativa em primeira pessoa do novo herói brasileiro. Sente-se vingado quando Nascimento bate num político corrupto e faz todas as denúncias na CPI de segurança pública do Rio de Janeiro. Mas não é suficiente para apaziguar minha revolta de estar dentro do sistema.

Na conclusão, exclui-se as peças corruptas atuais e substitui-se por outras, como num ciclo vicioso. Mais complexo e polêmico que o primeiro filme da saga, TE2 chega para fazer com que o público pense e fique de olho nas intenções dos políticos brasileiros.

Cotação: * * * * *

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