17 de novembro de 2012

Da universidade para a realidade


Crescer não é fácil. E não estou dizendo de crescer e perder as roupas, os sapatos e os brinquedos da infância. Mas crescer no sentido pessoal, após sair da faculdade e tentar cair de cabeça no mercado de trabalho, que não anda nada amigável com jornalistas e profissionais da comunicação. E, claro, com outras centenas de profissões.

Pensava que me formar pela USP, a maior universidade da América Latina, poderia me dar melhores garantidas profissionais. Cheguei a acreditar também que a experiência durante a faculdade como repórter da Folha de S.Paulo, o maior jornal do Brasil, me abriria dezenas de portas em outros veículos.

Tudo em vão, ou quase. Vale pela tal da experiência e um bom currículo. Mas do que adianta ter tudo isto se não há empresas e vagas para absorver a demanda? Crescer fica mais difícil a cada dia. As velhas responsabilidades aumentam e as perspectivas de vida, cheias de sonhos e planejamentos simétricos, parecem não fazer sentido.

Com o final da faculdade, haja paciência para me colocar, de fato, no mercado. Ter uma boa carreira, estável e com benefícios, com trabalho de segunda a sexta e folga aos finais de semana. Carteira de trabalho assinada, salário garantido no final do mês e concretizar todos os planos que dependem de uma carreira estável.

Ops. Pura ilusão. As Redações mais demitem do que contratam. Querem braços com energia, e não cabeças com ideias. Os funcionários são tratados como números. Exigem produtividade, seu sangue e suor. E quem sabe, um texto razoável. Os outros veículos de comunicação, como assessorias de imprensa ou TV, parecem estar com os quadros de funcionários totalmente full. Não tem espaço para ninguém - nem para os bons, nem para os ruins.

Crítica: Mão na Roda (Botucatu - SP)

"Aqui não é a Casa da Época". Assim Roberto Vasconcelos, proprietário do restaurante Mão na Roda define seu estabelecimento. E não é por acaso.

Ambiente interno da pizzaria
Mesmo com a concorrência de outros restaurantes e bares na região da Vital Brasil, a Mão na Roda possui um público fiel e qualidade de fazer inveja para seus concorrentes. Instalada em Botucatu desde 1993, a pizzaria marcou gerações na cidade. Quando criança, adorava brincar com as massas de pizza e ganhar um balão do próprio Roberto, que tinha uma paciência grande para com as crianças. Isto ainda no prédio antigo, na avenida Santana.

Vinte anos mais tarde, já na Vital Brasil, a qualidade e o excelente atendimento continuam a fazer toda a diferença na noite botucatuense. Desde sempre a Mão na Roda é sinônimo de pizzas deliciosas, excelente atendimento - com garçons experientes e simpáticos - e ambiente refinado. Um dos diferenciais, claro, é o atendimento. Os garçons sabem o nome dos clientes, o que fazem, de qual pizza gostam, etc. Falta muito, em Botucatu, para outros restaurantes e bares conquistarem a simpatia dos frequentadores através dos despreparados garçons.

O pedido mais certeiro no quesito pizza é a de filé com mussarela, a mais tradicional da casa. Depois, a marguerita (sem alho) e a nova redonda de carne seca merecem atenção. Um pouco salgado é o valor das pizzas, fora do mercado da cidade: R$ 50. Neste caso, felizmente, o valor justifica a qualidade. Há, ainda, uma boa carta de vinhos e bebidas.

Há poucos anos, Roberto inovou e implementou ainda o primeiro chopp artesanal de Botucatu. O sabor mais marcante é o chopp turvo, que leva mais ingredientes. Na sequência, o pilsen agrada por um sabor mais suave. Tudo é produzido na própria pizzaria, que agora também é choperia. Os clientes podem conferir de perto como é feito o chopp que tomam - e que chegam geladíssimos à mesa. O preço médio da bebida é de R$ 5.

Procurando atingir um novo nicho de clientes, a Mão na Roda lançou há poucos meses o happy hour com música ao vivo. Aos sábados, por exemplo, a partir das 16h, acontece um animado samba com muita gente jovem e bonita. O burburinho no lado externo do prédio vai até altas horas, dividindo a atenção com os tradicionais clientes que procuram, ainda, pelas caprichadas redondas. Se optar por apenas petiscar, aposte no lanche de churrasco ou nas porções de bolinho de carne e de pastéis, na média de R$ 15. Há também as porções de filé mignon e onion rings - cada uma sai por R$ 30.

Quem deseja obter sucesso na noite botucatuense, no quesito restaurante/bar, deve se inspirar no modelo adotado na Mão na Roda e pelo empresário Roberto Vasconcelos. Caso contrário, o estabelecimento nasce com curta data de validade. E não é por acaso.

4 de novembro de 2012

Amor que pega


Há diversos tipos de amor: o que vinga, o fugaz, o arrebatador, o duradouro, o passageiro, o definitivo. Precisamos viver todos os amores para encontrar o que mais se aproxima daquele que julgamos ser o ideal. Prefiro aquele que pega de jeito e não quer mais largar. Por sorte, ou mero destino, há três anos estou num amor duradouro e crescente, que demonstra diariamente dar sinais de plena atividade sentimental.

Ele aparece de mansinho e toma conta da sua vida, do seu dia. Quando juntos, entra em estado de êxtase e torna-se apenas um grande amor intenso. Quando separados, os amores parecem estar conectados de uma forma inexplicável, como tudo nos dias modernos. A sintonia, junto ou longe, mostra-se o maior elo para explicar o tal do amor, ou a química que tantos estudiosos tentam entender.

Os poetas e compositores se arriscam a colocar em palavras no papel e nas canções os tipos de amor. Conseguem, no máximo, exprimir o que sentem. Uma experiência individual, mas compartilhada. Meu amor, prefiro dividir com ela, simplesmente. Ou escrever em versos virtuais uma parte dele.

Prefiro é estar junto, amar de perto, arrancar gargalhadas, surpreender. Em tempos de amores imperfeitos ou tortuosos, prefiro me entregar para o amor intenso e vivê-lo diariamente. O que construímos, de fato, e que mostra ser para a vida inteira, é o amor. Depois vem o resto, e o que menos importa.

Tento ser todos os bons amores.