25 de maio de 2010

Quincas Berro D'Água

Adaptação da obra de Jorge Amado para as telas retrata com fidelidade os costumes e a alegria dos baianos – e do povo brasileiro!



Na melhor maré de filmes nacionais desde a Retomada, a estréia da semana “Quincas Berro d’Água” transpõe para o cinema todo o espírito arqueiro de Jorge Amado! Saindo do batido cenário do eixo Rio - São Paulo, agora Salvador é a bola da vez. Retratando com fidelidade os habitantes da Bahia, as festanças sem fim, a fidelidade com os amigos, as alegres prostitutas e as mulatas dos sonhos de Jorge Amado, o filme consegue manter um ritmo de narração ágil e divertido. O morto é quem narra a própria história! Inconformado de perecer solitário em pleno aniversário, os amigos dão ao falecido Quincas uma segunda morte – e ele aproveita ao máximo a última noite de sua vida, mas morto! Os fieis amigos roubam o corpo da família – que prefere esconder a verdadeira identidade boemia de Quincas – e o levam a bares, bordéis, terreiro de macumba, quintal de galinhas e pelas inúmeras ladeiras de Salvador. Até que a polícia prende toda a trupe. Mas eles conseguem fugir e continuar a farra, que só irá ter fim com o sumiço do corpo, de vez, nas profundezas do oceano. O motivo do Berro D’Água? Assista o filme e entenderás. Muitas risadas garantidas com uma produção nacional de qualidade!

No elenco, atores consagrados tais como Paulo José, Marieta Severo, Mariana Ximenes e Vladmir Brichta, e atores locais, que dão veracidade aos costumes e peculiaridades da Bahia.

Cotação: ****

Greve dos funcionários na USP em 2010



Todo ano é a mesma coisa: GREVE! Ou paralisação. Os motivos variam muito pouco a cada ano. Em 2010, os funcionários reivindicam 16% de aumento mais um “auxílio” de R$200. No começo do ano, os professores tiveram aumento de 6% mais R$200. E os funcionários reclamam do “esquecimento” no bônus. A reitoria, então, propôs aumento de 6,75% (maior que o dos professores), mas os funcionários recusaram. O novo reitor da Universidade de São Paulo, João Grandino Rodas, que prometeu dialogar com todas as classes acadêmicas, parece se omitir. Ninguém sabe, ninguém viu. Tem medo de aparecer e fazer o jogo dos funcionários.

Nos bastidores, os funcionários apostam no retorno ao trabalho após a Copa do Mundo. Não, não é balela! Com a proximidade do Mundial, os funcionários querem ficar em casa e assistir aos jogos com conforto, sem precisar se preocupar com os alunos. E afirmam isso sem a maior preocupação! Já o DCE (que deveria representar a MAIORIA dos estudantes), como sempre, já trabalha na lavagem cerebral e construção da greve dos alunos em breve! Mas o ambiente acadêmico, pelo que vivencio, não será cúmplice dos funcionários. As aulas continuam, mesmo com a Copa! Em 2006, os funcionários também entraram em greve. Inclusive foram furtados computadores da ECA nessa greve, também promovida pelo Sintusp. E retornaram ao trabalho logo após a eliminação do Brasil nas quartas de final, diante da França. Coincidência? Acho que não!

Os serviços mais afetados no campus da Capital são: bandejão, ônibus circular e bibliotecas.

16 de maio de 2010

Boa pedida



Sim, por favor! E quem é louco de recusar?

Revirada (de lixo) cultural

Com uma verba de R$8 milhões, a Prefeitura de São Paulo e a Secretaria de Cultura provaram que não sabem investir o dinheiro para o entretenimento do povo. Sem falar nos velhos problemas de todas as Viradas.



Mesmo contabilizando 1.049 atrações - entre shows musicais, espetáculos de dança, arte gráfica, malabarismo, circo, teatro, cinema - a Virada Cultural 2010 pecou pela escolha de boas atrações populares para atrair o variado público paulistano. Com um público abaixo do esperado (4 milhões de pessoas - o mesmo de 2009), a Virada teve seu melhor momento com a apresentação do grupo Titãs ao lado de Arnaldo Antunes, fechando o Palco do Rock - que este ano ficou na Av. São João. Com os palcos espalhados pelo amplo centro de São Paulo, o público teve que andar MUITO para chegar em determinados locais, extremamente distantes para quem realmente quer aproveitar TODAS as atrações. Os problemas com a sujeira, falta de banheiros químicos com condição para uso, mal-cheiro, aglomerado de pessoas e a violência voltaram este ano, claro! O problema é o mesmo de sempre! Será que é tão difícil solucioná-los? E escolher menos atrações, mas com qualidade superior (são R$ 8 milhões de reais), será que não é melhor para CATIVAR o público da Virada? Tornar um evento cult voltada ao povão não é uma boa ideia! E ter Pitty, CPM22, Mallu Magalhães, Raimundos, Vanusa e derivados como principais atrações não é sinônimo de qualidade. Se em anos anteriores tivemos Jorge Ben, Zeca Baleiro, Marcelo Camelo, Tom Zé, Maria Rita, Mutantes e outros, por que não manter o nível? Variar não é uma boa ideia! Menos atrações e mais qualidade. É isso que espero para 2011! Caso contrário, nem precisa ter Virada Cultural.

Crítica: Dita Cabrita

Alie um agradável ambiente a um apetitoso cardápio. Pronto, de um jeito simples tem-se um bom restaurante!



Localizado no bairro da Pompéia - zona oeste de SP -, o casarão em meio a natureza torna-se o ambiente ideal para casais de namorados e grupos de famílias e amigos ficarem mais próximos numa casa super aconchegante. Com um cardápio enxuto e prático - com generosas porções, pratos quentes, saladas e espetinhos - e uma variedade de drinks, o cliente pode se deliciar com as possíveis combinações a um preço justo. Os apetrechos nordestinos e praianos enfeitam a casa, com diversos quadros, bonecos, estátuas, borboletas, luminárias. As mesas a luz de vela são perfeitas para os casais mais românticos! Para comer, fique com o saboroso escondidinho de carne de sol ou com as batatas recheados com queijo, salame e bacon. Já para bebericar, a melhor pedida é a irresistível Soda Italiana de Framboesa (eleita pelo blog a melhor de São Paulo)!

Na noite da visita, o restaurante pecou duplamente: pedimos dois espetinhos - um salgado e outro doce - e eles não chegaram, mesmo falando ao garçom diversas vezes. Outra coisa que pode ser melhorada é a agilidade e atenção dos garçons, que parecem se perderem no ambiente a meia luz. E uma música ambiente - ao vivo ou no playlist - daria o tom perfeito para o charmoso restaurante da dona Benedita - e sua lendária cabrita!

Serviço:

Dita Cabrita
Rua Barão do Bananal, 961 - Pompéia
Avaliação: Bom