16 de maio de 2010

Revirada (de lixo) cultural

Com uma verba de R$8 milhões, a Prefeitura de São Paulo e a Secretaria de Cultura provaram que não sabem investir o dinheiro para o entretenimento do povo. Sem falar nos velhos problemas de todas as Viradas.



Mesmo contabilizando 1.049 atrações - entre shows musicais, espetáculos de dança, arte gráfica, malabarismo, circo, teatro, cinema - a Virada Cultural 2010 pecou pela escolha de boas atrações populares para atrair o variado público paulistano. Com um público abaixo do esperado (4 milhões de pessoas - o mesmo de 2009), a Virada teve seu melhor momento com a apresentação do grupo Titãs ao lado de Arnaldo Antunes, fechando o Palco do Rock - que este ano ficou na Av. São João. Com os palcos espalhados pelo amplo centro de São Paulo, o público teve que andar MUITO para chegar em determinados locais, extremamente distantes para quem realmente quer aproveitar TODAS as atrações. Os problemas com a sujeira, falta de banheiros químicos com condição para uso, mal-cheiro, aglomerado de pessoas e a violência voltaram este ano, claro! O problema é o mesmo de sempre! Será que é tão difícil solucioná-los? E escolher menos atrações, mas com qualidade superior (são R$ 8 milhões de reais), será que não é melhor para CATIVAR o público da Virada? Tornar um evento cult voltada ao povão não é uma boa ideia! E ter Pitty, CPM22, Mallu Magalhães, Raimundos, Vanusa e derivados como principais atrações não é sinônimo de qualidade. Se em anos anteriores tivemos Jorge Ben, Zeca Baleiro, Marcelo Camelo, Tom Zé, Maria Rita, Mutantes e outros, por que não manter o nível? Variar não é uma boa ideia! Menos atrações e mais qualidade. É isso que espero para 2011! Caso contrário, nem precisa ter Virada Cultural.

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