26 de janeiro de 2011

Crítica: O Turista

Angelina Jolie e Johnny Depp não demonstram nenhuma química em "O Turista". Mas a boa história faz o filme valer a pena.



Não espere cenas românticas nem de pura ação em 1h40 de filme. Assista admirando a bela paisagem de Paris e Veneza, prestando alguma atenção ao enredo envolvente da história. Aliás, o tom de película antiga predomina, com cores escuras, roupas elegantes e a própria cidade italiana em ruínas, mas lutando para sobreviver.

Frank (Depp) é um norte-americano e atua como um professor de matemática que viaja para a Europa depois de uma desilusão amorosa, como um turista de férias. Elise (Jolie) faz parte da Scotland Yard (polícia londrina) e está numa ação secreta para capturar um tal de Alexander Pearce. Frank e Elise se encontram no trem com destino a belíssima Veneza, a verdadeira protagonista da história - e começam um sórtido relacionamento de interesse para ela e seu mirabolante plano. Só que a máfia local e a própria polícia confundem Frank com Alexander. E aí o professor terá que provar quem não é e fazer Elise se apaixonar por ele em meio a tiros, perseguições pelos canais, sequestros e jogos de interesse. Os personagens paralelos parecem construir uma história independente do eixo central, sempre com novos elementos acrescentados à trama de forma irregular, confundindo o espectador.

O filme vale pelos últimos 5 segundos, literalmente. Ali tudo se amarra para descrétido do público! E você vai entender por que "O Turista" é tão maluco!

Cotação: * * * *

Crítica: The Week (Festa Gambiarra)

A balada mais eclética de São Paulo - em todos os sentidos - consegue unir ritmo e opções num ambiente que ferve animação!



A casa noturna The Week é uma das maiores da capital. São duas grandes pistas (Babylon e Colors), lounge e ambiente externo com piscina! As músicas são diferentes nas distintas pistas, mas se misturam em algum momento da noite. De Lady Gaga e Roberto Carlos, passando por Caleidoscópio, É o Tchan, Sandy & Junior, David Guetta, Shakira e outras baladas que tocam no rádio e que fervem na pista. O ritmo de tecno, psy e derivados não ganha muito espaço. Mas músicas e artistas pop têm seus lugares garantidos no eclético e variadíssimo setlist!

A popular festa Gambiarra, organizada pelo pessoal do teatro em SP tem seus frequentadores garantidos a cada temporada. Organização de primeira e um atendimento alegre e divertido!

O público não é exclusivamente GLS - carro chefe da The Week. Muitos casais hetero em busca de diversão procuram esta animada balada para dançar sem se preocupar com chatos bêbados e brigões de fim de noite. A única missão da casa: divertir os frequentadores, sejam eles homossexuais assumidíssimos ou não. Cada um na sua. Só em determinado momento da madrugada o espaço parece não mais comportar uma alma viva e disposta a dançar! Os corredores e as pistas ficam abarrotados, mas não chega a desanimar, tendo em vista o grau de animação do lugar!

Os amplos ambientes são compostos por grandes sofás, pilares estofados (a pegação fica mais confortável), pequenos palcos no meio das pistas para os mais desinibidos, cadeiras na beira da piscina e espaços apertadinhos para soltar a imaginação!

Os bares, espalhados por todos os cantos da casa, oferecem diversas bebidas a preços realmente baratos. Uma caipirinha, por exemplo, sai po R$ 10. Já um combo de energético com whiskie ou vodka sai por R$ 20. A dose de tequila José Cuervo encarece R$ 18 a sua comanda! Sem falar na água, refri e sucos por menos de R$ 5 (um milagre na noite paulistana)!

Cotação: Excelente

Prêmio Olhares do Radar 2011: A melhor casa/balada de SP

19 de janeiro de 2011

Minha decisão



Quando era criança, meus pais colocavam limites nas minhas traquinagens. Aprendi o que era certo e errado; ou o que podia ou não fazer. Cresci ouvindo (muitos) conselhos (e imposições) do que era melhor para mim, minha carreira, meu futuro, minha vida. Sou infinitamente grato por me ensinarem o bom caminho (e exemplos) a seguir.

Hoje, beirando os 22, sou o único a escolher o que é certo ou não para mim. A palavra final é minha e não se discute (um pouco de teimosia ajuda). Quem me criou sabe confiar e respeitar minhas decisões. Não preciso mais pedir autorização para fazer/sair/viajar/falar. Já tenho o poder da escolha (há muito tempo) e sou o único responsável pelos meus atos. Respondo por mim. E falo tudo que faço. Não tenho nada a esconder. Meus próprios pais tiveram maturidade e aceitaram esta mudança. É o processo natural. Se quisessem ter me segurado, poderiam assim fazer. Mas criariam um ser dependente e mimado, sem opinião e poder de escolha. Eles não podiam mais me segurar e criar numa bolha. Mesmo não querendo, tiveram que aceitar minha escolha de sair do "mundo perfeito".

Tudo isso conquista-se aos poucos, provando a sua segurança perante suas escolhas. É preciso acreditar, lutar e assumir as consequências se quiser ser independente e dono do seu nariz. Nada chega de graça. Tudo tem seu preço. Faça valer a pena o uso dos pronomes possessivos. MINHA vida, MINHA luta, MINHA responsabilidade, MINHAS escolhas.

Estou pagando em suaves prestações o preço das minhas escolhas. Não me arrependo de nada. Tenho certeza das minhas conviccções e espero que as pessoas ao meu redor tenham esta mesma certeza e que lutem por sua independência.

Compre a briga. Vale a luta.

18 de janeiro de 2011

Crítica: Desenrola

Inevitável a comparação com a película paulista "As Melhores Coisas do Mundo", de Laís Bodanzky. Mas no carioca "Desenrola", de Rosane Svartman, a trama desenvolve-se de forma mais leve e alegre.



O filme tem um público-alvo definido: jovens de 12 a 17 anos. O tema principal é a primeira vez (sexo!). Tudo fica bem claro desde o começo da narrativa, quando Priscila (Olívia Torres) se despede de sua mãe - que ficará fora de casa por 20 dias - e começa a bolar um plano para perder a virgindade com Rafa (Kayky Brito). Na escola, uma pesquisa sobre quantas meninas são virgens no colegial desperta ainda mais a curiosidade de Priscila por desbravar locais intocáveis. E a história é esta. O melhor amigo da garota, Caco (Daniel Passi), tenta alguma coisa com ela, mas percebe que garotos são mais a sua praia (ambiente de várias cenas do longa). Retratando o ambiente típico escolar, com intrigas entre meninos e meninas, a privacidade violada pela Internet, diálogos amenos e os típicos perfis do colegial, destaca-se a atuação divertidíssima de Boca (Lucas Salles) e seu fiel amigo Amaral (Vitor Thiré) - parecem uma dupla afinada de stand up! Ah, Priscina perde a virgindade com Rafa, mas acaba se apaixonando por outro personagem da história. A gravidez faz-se presente com a irmã de Rafa, Tize (Juliana Paiva), que engravida de seu namoradinho quando está no primeiro colegial. Já a homossexualidade também ganha um pequeno papel na trama.

O filme não chega aos pés de "As Melhores Coisas do Mundo", tanto pela história contada, quando pelos cenários e trilha sonora. Enquanto no primeiro todos os personagens têm uma característica própria e forte, em "Desenrola" os tipos quase caem no estereótipo. Mas vale por apostar no público teen brasileiro, grandes consumidores do cinema enlatado.

Cotação: * *

14 de janeiro de 2011

Construindo castelos

Ontem estava sentado na areia da praia de Copa e vi duas crianças lutando para destruir o castelo uma da outra - que outrora levaram mais de 30 minutos para construir.



Na vida adulta, não há propriamente castelos de areia. Lutamos para construir nosso lar, uma carreira, uma vida a dois, uma trajetória de sucesso - quanto mais forte a base, mais resistirá. E precisamos blindar o que construimos para não deixar que outras pessoas - próximas ou distantes de nós - tentem acertar as nossas construções. Cada dia é mais difícil - e caro - tentar se proteger de "tiros" que tentam nos acertar de todos os lados. Precisamos procurar forças a todo momento para vencer uma luta contra si mesmo e com os outros. O castelo precisa sempre se manter de pé - não intacto - mas na maior segurança, sempre.

4 de janeiro de 2011

Férias de verão



Depois de começar o ano com muito trabalho em Brasília, na cobertura da posse de Dilma Rousseff (VEJA OS VÍDEOS), aproveito para descansar um pouco no litoral. Desligar celular, laptop, iPad e outros eletrônicos. Tirar a camisa social e colocar uma bermuda e chinelo, beber água de côco e namorar um pouco! Na próxima semana tem mais trabalho e viagens! Volto em breve, mais bronzeado e relaxado!