18 de janeiro de 2011

Crítica: Desenrola

Inevitável a comparação com a película paulista "As Melhores Coisas do Mundo", de Laís Bodanzky. Mas no carioca "Desenrola", de Rosane Svartman, a trama desenvolve-se de forma mais leve e alegre.



O filme tem um público-alvo definido: jovens de 12 a 17 anos. O tema principal é a primeira vez (sexo!). Tudo fica bem claro desde o começo da narrativa, quando Priscila (Olívia Torres) se despede de sua mãe - que ficará fora de casa por 20 dias - e começa a bolar um plano para perder a virgindade com Rafa (Kayky Brito). Na escola, uma pesquisa sobre quantas meninas são virgens no colegial desperta ainda mais a curiosidade de Priscila por desbravar locais intocáveis. E a história é esta. O melhor amigo da garota, Caco (Daniel Passi), tenta alguma coisa com ela, mas percebe que garotos são mais a sua praia (ambiente de várias cenas do longa). Retratando o ambiente típico escolar, com intrigas entre meninos e meninas, a privacidade violada pela Internet, diálogos amenos e os típicos perfis do colegial, destaca-se a atuação divertidíssima de Boca (Lucas Salles) e seu fiel amigo Amaral (Vitor Thiré) - parecem uma dupla afinada de stand up! Ah, Priscina perde a virgindade com Rafa, mas acaba se apaixonando por outro personagem da história. A gravidez faz-se presente com a irmã de Rafa, Tize (Juliana Paiva), que engravida de seu namoradinho quando está no primeiro colegial. Já a homossexualidade também ganha um pequeno papel na trama.

O filme não chega aos pés de "As Melhores Coisas do Mundo", tanto pela história contada, quando pelos cenários e trilha sonora. Enquanto no primeiro todos os personagens têm uma característica própria e forte, em "Desenrola" os tipos quase caem no estereótipo. Mas vale por apostar no público teen brasileiro, grandes consumidores do cinema enlatado.

Cotação: * *

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