29 de setembro de 2011

Qual o papel da CET?

Todos os dias trafego pelas vias de São Paulo, a pé ou de carro. E em quase todos os cruzamentos observo o olhar ávido dos "marronzinhos" da CET (Companhia de Engenharia e Tráfego) prontos para anotar alguma infração que o motorista possa cometer. Mas será que é esta a melhor função para os AGENTES DE TRÂNSITO?



A "lei do pedestre", em vigor há pouco mais de um mês na cidade de São Paulo já multou mais de 10.000 motoristas que não respeitaram os passantes nas faixas. Discordo que esta seja a melhor forma de conscientizar os motoristas, aplicando multas e mais multas - para benefício exclusivo dos cofres do governo.

Os "marronzinhos" não devem atuar escondidos, prontos para preencher o caderninho de infrações - como acontece com os radares móveis nas estradas. Mas se fazerem vistos, ORIENTANDO os motoristas e pedestres. Eles não devem colocar medo, "pois serei multado". Mas ajudar as pessoas e a fluidez do trânsito - e não atrapalhar ainda mais o trânsito nesta grande metrópole.

Uma vez fui ao estádio do Morumbi e acabei sendo multado por estacionar no canteiro central da via. OK, estava errado. Mas a CET passou antes pela rua e não me alertou sobre a infração. Eles preferiram esperar que saísse do carro para aplicar o castigo por não seguir a lei.

Discordo que o brasileiro só aprende quando mexe no bolso. Na minha recente visita ao Canadá pude me conscientizar sobre a segurança do pedestre. Lá, todos os carros paravam para os passantes atravessarem a rua, impreterivelmente na faixa. O único risco era o próprio pedestre ser multado por não atravessar na área delimitada.

Voltei para o Brasil e coloquei em prática a boa ação. Sem a CET ficar de olho se estou seguindo a lei ou não.

Os guardas de trânsito da CET deviam rever a proposta de multar a qualquer custo. E AJUDAR os motoristas a melhorar sua conduta. Sem a ameaça nas mãos.

12 de setembro de 2011

Linha em branco

Falam que o maior medo de escritores e jornalistas é a tela em branco do computador, com um grande espaço a ser preenchido.



Ideias aparecem de vez em quando. Falar sobre um filme que gostei, uma música nova, os altos e baixos do namoro que caminha para seu segundo ano, o relacionamento familiar, o aniversário de 80 anos da avó no final de semana, as aulas na faculdade sempre com alguma crítica, os planos para o próximo feriado.

Sem perceber, enrola-se o leitor. Pois tem dias que não há ideias que sustentam um post. Ou ideias que funcionam melhor dentro de nós, como sentimentos que não conseguem ser expressos em alguns caracteres. Difícil preencher o vazio.

Difícil criar expectativas sobre alguns fatos que não dependem somente de nós para se concretizarem. Projetar e não acontecer - um passo para a frustração. Mas é sentimento passageiro. Que é esquecido com uma nova conquista, ainda maior.

Mas por dentro, me sinto feliz. Hoje. E ponto final.

8 de setembro de 2011

Crítica: Alberta 3

O apertadinho club no Centro de São Paulo atrai um variado público em busca de diversão em noites com eclética programação.



A parede de vidro revela um discreto club próximo a praça da República, na Av. São Luís, 272. Uma cordinha e um segurança indicam que lá fica o Alberta#3 - que é uma homenagem a Bob Dylan, que lançou na década de 70 duas canções: Alberta#1 e Alberta#2.

São três aconchegantes pisos, sendo dois com mesas e bar para juntar os amigos e uma pistinha de dança com som potente. A programação conta com rock, jazz, soul e electro. Nas paredes, ícones do rock estampam a decoração do ambiente. Espelhos na escadaria para a pista também agradam os frequentadores.

Para bebericar, diversos drinks preparados por eficientes barmen são a melhor pedida do cardápio, que conta ainda com alguns rótulos de cervejas nacionais e internacionais.

Um dos sócios da casa, o jornalista Ivan Finotti, concilia seus trabalhos na Ilustrada, aqui da Folha, com o Alberta#3.

Quem entrar na casa antes das 22h não paga. Depois, é cobrado o valor médio de R$ 25 - dependendo da noite.

Avaliação: bom

6 de setembro de 2011

Rogér1000

Amanhã, 7 de setembro, o goleiro são-paulino Rogério Ceni, 38, completará 1.000 jogos pelo tricolor.



Crédito: Reuters

São 21 anos de história pelo time do Morumbi. Somente Pelé, com 1.114 partidas pelo Santos, e Roberto Dinamite, com 1.065 pelo Vasco chegaram a esta incrível marca futebolística.

Capitão do tricolor nas recentes conquistas da Libertadores (2005), Mundial (2005) e Campeonatos Brasileiros de 2006/07/08, Rogério ainda sonha em encerrar a carreira em 2012 com mais um caneco da Libertadores. Para tanto, conta com o baixo número de lesões e a contratação de bons reforços para o que pode ser seu último ano como profissional.

Depois, quer 60 dias de férias para repensar na carreira pós-futebol. Mas seu destino parece óbvio: a presidência do São Paulo Futebol Clube. Ou como torcedor fanático. Ou simplesmente jogador – de linha – em peladas por aí. Mas para sempre ele será um ÍDOLO do MAIOR DO MUNDO.

PARABÉNS, ROGÉR1000.

1 de setembro de 2011

Projeto acabado de vida sustentável

Durante a última semana, topei o desafio de encarar o transporte público na cidade de São Paulo, como alternativa aos enormes engarrafamentos que se formam nas principais vias.



Realizei o trajeto Cidade Universitária (Marginal Pinheiros) – Folha de S. Paulo (Campos Elíseos) de diferentes maneiras:

1) Trem (Linha Esmeralda), Metrô (Linhas Amarela, com transferências na Verde, Azul e Vermelha) e caminhada de 10 minutos entre a estação Santa Cecília e a sede do jornal – ida.

2) Ônibus (Linha Butantã USP) – volta.

Em todas as tentativas de diminuir o tempo no trajeto – que de carro leva entre 30 e 45 minutos – o transporte público demorou mais tempo (com o recorde de 1h30 em dia de chuva).

Os eternos problemas de superlotação ficaram evidentes em todos os dias e horários. A falta de organização e educação das pessoas só agravou a situação. Todo mundo parece dar a vida para entrar nos lotados vagões e ônibus! Sem falar nas precárias condições dos veículos.

Abandono meu projeto de vida mais sustentável. Definitivamente, São Paulo nunca será uma cidade de Vancouver, por exemplo, onde a rede de transportes funciona com agilidade, conforto e segurança. Voltarei a usar meu carro, com todo o conforto, e não me preocuparei com o tempo para chegar, uma vez que de Metrô a duração das viagens é ainda maior – e mais estressante.