27 de fevereiro de 2011

Ludus Luderia



Já imaginou sair com seus amigos num sábado a noite para uma noitada de War, Monopoly, Jogo da vida, Pula-pirata, Quebra-gelo ou Pula-batatinha? Coisa de nerd ou de saudosistas de plantão, pode ter certeza que é algo super divertido pra juntar a galera e dar muitas risadas até altas horas na madrugada paulistana.

A Ludus Luderia é o primeiro bar do Brasil que oferece um cardápio com mais de 500 jogos nacionais e internacionais. O modelo foi inspirado em casas semelhantes muito populares na Alemanha, Cingapura, Japão e em outras localidades da Europa e Ásia. A ideia surgiu de uma verdadeira brincadeira da biomética Lucy Raposo, proprietária da casa, que sempre gostou de brincar de jogos de tabuleiros com seus amigos.

"Minha intenção era aliar o bar - que o brasileiro ama - com os jogos de tabuleiro. O público que frequenta a casa não é propriamente o público que sai de balada", explica Lucy.

Para conseguir uma disputada mesa no bar aos finais de semana, chegue cedo ou faça uma reserva! E aproveite também os deliciosos sanduíches da casa (I´m the boss é meu favorito), escondidinho de carne seca ou um balde de 1kg de batata frita (!!!) por $29. Todos muito saborosos e com um preço super camarada. Para beber, a boa pedida é uma cerveja gelada pra embalar os jogos!

Há também diversos monitores que o ajudarão a jogar os diversos jogos do cardápio. Quando a casa está cheia, eles demoram um pouco pra vir na mesa, mas chegam alguma hora. Tenha paciência!

Os jogos mais pedidos no bar: Ballons Cup, Blokus, Chateauy Roquefort, Duell, Equilíbrio, Hive, Monopoly, Settlers os Catan, Tikal, War.

Serviço

Ludus Luderia
Rua Treze de Maio, 972 - Bela Vista
Info.: 3253-8452

Crítica: Bruna Surfistinha

Baseado no livro "O Doce Veneno do Escorpião", de Raquel Pachecho, o filme narra a trajetória de Bruna Surfistinha, a prostituta brasileira mais rodada dos últimos anos.



A atriz Deborah Secco mostra uma entrega total ao papel e uma imersão no mundo sujo da prostituição. No filme, não faltam cenas de nudez total dela, bem como o ato sexual sendo consumado com seus milhares de clientes - que chegavam a 150 por semana. No filme, acompanhamos a ascenção de Raquel - que passa a se chamar Bruna, e depois adota o codinome Surfistinha. De programas de R$ 20 na Augusta a R$ 300 em seu flat no Jardins, chegando ao fundo do poço numa casa da luz vermelha no Centro por R$ 20. Os clientes são retratados por suas peculiaridades, com os mais bizarros sonhos eróticos. Numa das cenas mais nojentas, Bruna urina em um homem e cospe esperma de outro. É disso pra pior as "vontades atendidas" por quem fazia "de tudo" pelos clientes. Ela também chegava a só conversar com algumas pessoas, que a procuravam simplesmente para ouvir suas reclamações do casamento, filhos, trabalho, etc.

O filme deixa de abordar a vida das outras prostituas que viviam com Bruna no começo de sua "carreira". Podia ser mais bem explorado. O filme tem uma linha muito reta: mostra o começo, meio e fim de sua trajetória. Fica previsível demais e enjoativo com tantas cenas de sexo. O lado psicológico de Bruna, mais bem contato no livro, deixa a desejar no cinema. Parece que ela vive num mundo perfeito, ganhando dinheiro e fama. Mas não mostra o lado ruim até ela se entregar às drogas e ver tudo que ela conquistou sendo perdido.

Vale pela boa atuação de Deborah Secco e seus dotes sexuais. E só. Um filme vazio, assim como o ramo da prostituição.

Cotação: * *

26 de fevereiro de 2011

Crítica: Amor e outras drogas

Badalado pelas cenas de sexo entre Anne Hathaway e Jake Gylenhall, as outras drogas do filme são muito mais interessantes que o ato de amor.



Década de 90. O Viagra é a grande sensação do momento. O representante farmacêutico Jamie Randall roda o país vendendo os produtos da Pfizer, prometendo saúde para todos. Já Maggie é portadora do Mal de Parkinson e precisa tomar diversos remédios para controlar sua doença degenerativa. O que ambos têm em comum é a vontade de sexo casual e de não manter relacionamentos sérios a longo prazo. Ambos gostam de curtir a esvaziada vida sem sentido - o que descobrem ao longo do filme.

Amor e outras drogas faz uma dura crítica à indústria farmacêutica e à obtenção de lucro a qualquer custo - subornando médicos, sensualizando enfermeiras, induzindo pacientes a tomar certos medicamentos da Pfizer, planos de saúde, etc. Mas o foco é outro. A relação de amadurecimento entre Jamie e Maggie. Eles, que parecem ter as mesmas características, acabam se envolvendo e descobrem que um relacionamento além da cama pode ser mais saudável para a vida de ambos. Há diversas cenas divertidas que mostram o pior lado das relações entre as pessoas. De um modo frio, mas irônico. As personagens secundárias só aparecem para refrescar os personagens principais - como o irmão bem sucedido de Jamie ou o parceiro de vendas dele, que só quer ganhar cada vez mais dinheiro na vida, esquecendo-se de sua família. A trilha sonora é composta por músicas que marcaram a década de 90. A fotografia do filme também é impecável, uma vez que trabalha com a ideia de solidão.

As outras drogas podem se relacionar com os medicamentos da Pfizer ou com o amor envolvido com sentimentos. Um filme maduro, que retrata a solidão do ser humano e sua necessidade de se relacionar para ser mais completo e feliz.

Cotação: * * * * *

Crítica: 127 horas

A dobradinha do diretor Danny Boyle com o ator James Franco garante a apreensão do público num jogo de sobrevivência e solidão de um homem.



Baseado em fatos reais, o filme que concorre ao Oscar conta a história de um alpinista que ficou preso numa rocha nas montanhas de Utah (EUA) durante 127 horas. Solitário, ele conta com pouca água, alimentos e a sorte para sobreviver e se desprender da rocha. O filme depende da (boa) atuação de James, que consegue cativar e deixar o espectador tenso, numa imersão total a sua realidade. Diversos flashbacks de sua família são apresentados ao público, em alucinações do alpinista, mas que passa um contexto maior de sua solidão ao longo dos anos. Solidão que ele próprio escolheu, mas que depois de um tempo parece ter sido a pior escolha de sua vida.

As cenas mais emocionantes são deixadas para os últimos momentos da película, quando Aron Ralston (o mesmo nome do cara da vida real) decide amputar seu braço para tentar sobreviver e ser resgatado do deserto. Mas será que ele conseguirá? Já para o cinema, se tiver sangue frio para aguentar as cenas mais fortes!

Cotação: * * *

14 de fevereiro de 2011

Vencedores Grammy 2011



A 53ª edição do Grammy – a maior premiação de música dos EUA – foi recheada de grandes apresentações. De Bob Dylan a Lady Gaga, passando por Mick Jagger, Usher, Justin Bieber, Bruno Mars, Rihanna, Eminem e outras estrelas da música pop. A grande surpresa da noite foi a banda de Lady Antebellum, que levou dois (de três) prêmios que estavam disputando: canção e gravação do ano. Sem falar na chegada ao estilo "chocada" de Lady Gaga: dentro de um ovo, literalmente (foto).

Confira a lista com os principais vencedores:

Canção do ano
"Need You Now" - Lady Antebellum

Artista revelação
Esperanza Spalding (desbancando o favorito Justin Bieber)

Álbum do ano
Arcade Fire - The Suburbs

Gravação do ano
Lady Antebellum - "Need You Now"

Álbum pop
The Fame Monster - Lady Gaga

Melhor álbum rock
Muse - The Resistance

Melhor álbum de rap
Eminem – Recovery

Performance pop feminina
Lady Gaga - "Bad Romance"

Performance pop masculina
Bruno Mars - "Just The Way You Are"

Melhor performance pop por uma dupla ou grupo
Train - "Hey, Soul Sister"

Colaboração pop
Herbie Hancock, Pink, India.Arie, Seal, Konono No 1, Jeff Beck & Oumou Sangare - "Imagine"

Melhor performance hard rock
Them Crooked Vultures - "New Fang"

Melhor performance metal
Iron Maiden - "El Dorado"

Melhor performance rock individual
Paul McCartney - "Helter Skelter"

Melhor performance rock por uma dupla ou grupo
The Black Keys - "Tighten Up"

Melhor álbum de R&B
John Legend & The Roots - Wake Up!

Melhor álbum de música alternative
The Black Keys – Brothers

Para conferir a lista completa dos vencedores do Grammy 2011, clique AQUI.

A escolha

Difícil abrir mão dos seus sonhos de criança para poder estudar e concretizar seus desejos de gente grande.

Crítica: O discurso do rei

Mesmo ganhando as apostas para levar o Oscar, não merece o prêmio. História boba, com personagens insossos e uma narrativa lenta. Sinônimo de soneca no cinema!



O discurso do rei é vazio: a história de um príncipe recém empossado rei da Inglaterra durante a 2ª Guerra Mundial pretende combater a gagueira. Basicamente o enredo do filme é este.

Bertie assume o trono da Inglaterra em 1936 como George VI, após a morte do pai George V e a abdicação ao trono do irmão mais velho Eduardo VIII - que pretende se casar com uma divorciada norte-americana. Mas Bertie tem um “defeito” que pode atrapalhar seus planos para comandar a nação inglesa: a gagueira. Para tal, conta com a ajuda de Lionel Logue, um profissional da fala.

As sessões de terapia são o maior atrativo do filme. Os dois se atacam durante todo o tempo, como numa guerra de medição de forças. O especialista acaba ajudando Berty a lidar com a tomada de poder, uma vez que o novo rei é uma pessoa frágil e insegura. Mesmo vivendo na realeza a vida toda, Bertie não parece estar acostumado com o poder e a lidar com os grandes problemas da época.

É legal ver as futuras rainhas da Inglaterra Elizabeth e Margareth quando crianças, brincando e acenando para o povo junto com o pai George VI!

O discurso do rei propriamente dito acontece no final do longa, quando a Inglaterra anuncia guerra à Alemanha. E é só. Um filme sem brilhantismo, que não consegue se sustentar nas boas atuações de Colin Birth e Geoffrey Rush (que devem levar o Oscar de melhor ator e ator coadjuvante, respectivamente, com todo o mérito).

Cotação: * *

Crítica: Cisne Negro

Natalie Portman centraliza todos os créditos para o sucesso (e não o Oscar de melhor filme) de Cisne Negro.



Nina Sayers é uma bailarina da companhia de Thomas Leroy. Seu grande desejo é ser perfeita na montagem do balé O Lago dos Cisnes, de Tchaikovsky. Vale lembrar que interpretar Odette, o Cisne Branco, em sua forma pura e delicada, não é desafio para Nina. Mas viver Odile, o Cisne Negro, será a grande superação pessoal e técnica para a bailarina.

Além destas superações, Nina precisará enfrentar a pressão – e o amor reprimido – do diretor Thomas, a proteção doentia da mãe e a chegada de uma vislumbraste bailarina concorrente, que fará de tudo para atrapalhar seus planos nas formas mais cruas possíveis.

O público pode acompanhar a preparação de Nina para a grande estreia de Cisne Negro, depois que ela consegue o papel principal e se torna a nova “princesinha” de Thomas. O ambiente escuro do filme chega a incomodar, uma vez que a trama é cheia de devaneios e impressões que parecem ser reais – mas que não passam de pesadelos de Nina. Lidar com a própria insegurança e com as pressões será fundamental para o sucesso do balé e para a sanidade da bailarina.

Todos os personagens têm uma história forte, que de uma forma ou outra podem ajudar ou atrapalhar no sucesso de Nina. O público deve estar preparado para cenas fortes e angustiantes, como quando as unhas da bailarina parecem cair – ou quando ela faz sexo com uma companheira de peça após uma tensa briga com sua protetora mãe.
Prepare-se para assistir este filme e encerrar a noite. Não merece o Oscar. Mas agrada com jeito clássico de bom cinema.

Cotação: * * *

2 de fevereiro de 2011

O que muda?

Os lugares, as ruas, a programação do cinema, o estilo das músicas, a comida dos restaurantes, o cheiro das coisas, a forma dos objetos, os destinos turísticos, as primeiras experiências, o prazer, a vontade, o tempo ou o espaço.

Em relação às pessoas e suas relações pessoais, todos os outros itens anteriores não mudam. É mais fácil se adaptar aos ambientes, não cair na armadilha de reviver algo que deu certo no passado e que tinha ares de primeira vez. Remanejar para o presente as felicidades e as descobertas do passado é cruel.

É melhor cair na real e tentar estar bem com o outro e não depositar a esperança na mudança dos lugares, hábitos ou costumes. Nenhuma substituição física consegue salvar um relacionamento. O bacana é se adaptar ao outro e à nova realidade, com o já vivido e a expectativa por novas experiências amenizadas.

Ouvindo: Les Pops (álbum "Quero ser cool")