27 de fevereiro de 2011

Crítica: Bruna Surfistinha

Baseado no livro "O Doce Veneno do Escorpião", de Raquel Pachecho, o filme narra a trajetória de Bruna Surfistinha, a prostituta brasileira mais rodada dos últimos anos.



A atriz Deborah Secco mostra uma entrega total ao papel e uma imersão no mundo sujo da prostituição. No filme, não faltam cenas de nudez total dela, bem como o ato sexual sendo consumado com seus milhares de clientes - que chegavam a 150 por semana. No filme, acompanhamos a ascenção de Raquel - que passa a se chamar Bruna, e depois adota o codinome Surfistinha. De programas de R$ 20 na Augusta a R$ 300 em seu flat no Jardins, chegando ao fundo do poço numa casa da luz vermelha no Centro por R$ 20. Os clientes são retratados por suas peculiaridades, com os mais bizarros sonhos eróticos. Numa das cenas mais nojentas, Bruna urina em um homem e cospe esperma de outro. É disso pra pior as "vontades atendidas" por quem fazia "de tudo" pelos clientes. Ela também chegava a só conversar com algumas pessoas, que a procuravam simplesmente para ouvir suas reclamações do casamento, filhos, trabalho, etc.

O filme deixa de abordar a vida das outras prostituas que viviam com Bruna no começo de sua "carreira". Podia ser mais bem explorado. O filme tem uma linha muito reta: mostra o começo, meio e fim de sua trajetória. Fica previsível demais e enjoativo com tantas cenas de sexo. O lado psicológico de Bruna, mais bem contato no livro, deixa a desejar no cinema. Parece que ela vive num mundo perfeito, ganhando dinheiro e fama. Mas não mostra o lado ruim até ela se entregar às drogas e ver tudo que ela conquistou sendo perdido.

Vale pela boa atuação de Deborah Secco e seus dotes sexuais. E só. Um filme vazio, assim como o ramo da prostituição.

Cotação: * *

Um comentário:

@amaurit disse...

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http://popcultdebolso.blogspot.com/2011/03/bruna-surfistinha-nao-va-esperando.html