22 de outubro de 2012

Crítica: Até que a sorte nos separe

Protagonizado por Leandro Hassum e Daniele Winits, este novo blockbuster nacional aposta num tema velho e com piadas repetidas, mas consegue entreter.


Imagina ganhar R$ 100 milhões na loteria e depois de 15 anos descobrir que torrou tudo e precisa se desfazer dos seus bens para pagar a conta, que já está no vermelho. O que poderia ser tema de um sitcom na Globo numa quinta a noite, está fazendo um sucesso estrondoso no país, já tendo levado mais de 1,5 milhão de pessoas aos cinemas. Um feito, mas ainda falta a boa história.

O tema de ganhar na loteria, que já ganhou destaque recentemente com a Griselda na novela Fina Estampa, rendeu um filhote nos cinemas. Tino e Jane formam o casal de protagonistas, que faturam uma bolada na loteria e mudam completamente suas vidas. De um apartamento apertado, compram uma mansão, viajam para a Disney cinco vezes por ano, fazem voos de gravitação, dão festas de arromba, não se preocupam com as contas no shoppping e gastam até o fim a imensa fortuna.

Após gastar o dinheiro, se veem pobres e obrigados a voltar para a dura realidade. O vizinho do casal, Amauri (Kiko Marcarenhas), autor de um livro para ter sucesso na vida, ajuda Tino a salvar sua vida financeira, que num primeiro momento não consegue contar a "novidade" para a mulher gastadeira Jane - que está grávida a espera do terceiro filho. As proles do casal também já se acostumaram com a boa vida e a falta de educação financeira, torrando a grana com videogames e eletrônicos supérfluos.

Vazio e sem um bom enredo, o filme apenas diverte, e não deixa espaço para reflexões. Apenas vende o sonho de ser rico e mostra como seria se tivéssemos R$ 100 milhões na conta.

Hassum sempre exagera nas interpretações, mostrando ser um típico palhaço de circo. Winits é a velha perua que está acostumada a fazer. A melhor atuação fica por conta de Aílton Graça, que vive um desginer estereotipado homossexual.

Cotação: *

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