25 de agosto de 2009

Passeando

Pela calçada, na volta da padaria, vejo o alvoroço dos ônibus e carros nas ruas. O circular lotado, as pessoas abarrotadas na volta do trabalho, os vidros embaçados, a cara cansada. Há poucos meses fazia parte do contingente responsável pelo caos na cidade cinza. O trem lotado as dezoito horas no ponto da Vila Olímpia acabava com minha pouca paciência em dezoito segundos, ou menos. Corria para não ter meu braço amputado pela porta, ávida por suor e sangue! No ponto do Eldorado esperava bem mais que dezoito minutos pelo ônibus M115, que chegava lotado da parada Faria Lima. Realmente, não tenho a menor saudade das longas e cansativas viagens urbanas. Estou bem cômodo com a ligeira tranquilidade dos meus estudos na Cidade Universitária.

Um comentário:

Camila Passatuto disse...

Ao ler imaginei uma voz bem mansa me dizendo tudo isso no meio da fatal confusão. Muito bom!



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