A histórica fábula dos irmãos Grimm ganhou ares épicos de
revanche com os vingadores João e Maria, que agora se dedicam a matar – e até
mesmo torturar – bruxas em pequenos vilarejos.
O filme, dirigido por Tommy Wirkola, faz até graça com os
doces comidos por João (Jeremy Renner) no passado. Quinze anos depois ele se
tornou um diabético e precisa de insulina para sobreviver, tudo rigorosamente
controlado por um relógio que avisa quando deve se drogar. O mais irônico é que
em algumas caçadas ele precisa parar de lutar para tomar a insulina.
A história da fábula, recontado no mesmo estilo sombrio de “Branca
de Neve e o Caçador”, se concentra nas investidas dos irmãos contra a reunião
das bruxas durante a Lua de Sangue, quando as pilotas de vassouras devem matar
doze crianças – uma para casa mês do ano – e devorar o coração de Maria (Gemma
Arteton) – que o público vem a descobrir que é a filha de uma poderosa bruxa
branca, mais branda e pop.
Em outro momento, após se dar mal em uma caçada, João é
levado por uma bruxa boa até um lago, onde uma água milagrosa pode curá-lo. E
deixando o lado masculino falar mais alto, acaba tendo uma breve relação com a
bruxa. Definitivamente, o remake não é indicado para crianças! Em outros
momentos, miolos e vísceras explodem sem a menor cerimônia por parte dos
vingativos irmãos.
Na realidade, João e Maria parecem mais apanhar do que bater
ao longo dos 88 minutos de filme. Se visto em 3D, a graça aumenta com os
efeitos especiais caprichados. Não é nenhum clássico, mas vale o ingresso se a
intenção for mera e simplesmente, entreter.
Cotação: * *
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