17 de dezembro de 2012

Crítica: Os Penetras

Definitivamente, blockbuster de comédia nacional é sinônimo de dinheiro jogado fora. Ao invés de assistir o péssimo "Os Penetras", invista o dinheiro do ingresso numa boa peça de teatro e descubra o que é cultura de verdade, feita por brasileiros realmente preocupados com a cultura do povo.


A cada filme nacional que assisto, principalmente no gênero da comédia, fico indignado com tanto dinheiro captado através de leis de incentivo à cultura e desperdiçado em roteiros fracos, atuações decepcionantes e o deboche com o público brasileiro. O processo para conseguir a verba do governo deveria ser mais rigoroso, com uma análise prévia do que será produzido.

Os únicos capazes de rir no filme "Os Penetras" são os próprios atores e produtores, que ganham dinheiro com a captação de recursos e a renda da bilheteria. O filme não tem pé nem cabeça. Começa do nada e termina em lugar nenhum. Parece mais diversas esquetes juntas tentando preencher um roteiro inexistente.

Marcelo Adnet e Eduardo Sterblitch - que acredita ser o melhor ator e comediante do mundo - são os protagonistas, que tentam dar um golpe e entrar numa festa badalada de Reveillon em Copacabana, procurando a mulher que gostam, interpretada por Mariana Ximenes. Adnet faz o papel do malandro carioca, que engana todo mundo e tenta se dar bem a qualquer custo. Edu é o bobo da história, um quase alter ego dele mesmo. Já Ximenes é a suposta garota disputada pelos homens. E só.

Depois, um show de participações especiais globais, como a decadente Susana Vieira, Luis Gustavo, Andrea Beltrão e Stepan Nercessian. Dirigido por Andrucha Waddington, "Os Penetras" funcionaria como um seriado de TV sem pretensões para uma sexta a noite. Já como filme dentro do circuito, resta a irritação pelo desperdício de tempo e dinheiro.

Cotação: *

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