Há cinco anos começava a promover as principais mudanças da minha vida. Hoje, posso olhar para trás e me orgulhar dos últimos novos anos.
Tudo começou numa Quarta feira de Cinzas de 2008, após as comemorações carnavalescas. Saia a lista dos calouros aprovados na disputada FUVEST. Passei em primeira chamada para o curso de Letras na USP – e assim começava as mudanças e rupturas físicas e sentimentais da família – e de uma vida de 18 anos – no interior do estado, na agora pequena Botucatu.
Em apenas três dias – e alguns bons quilômetros percorridos – encontrei um lar em São Paulo e dois novos amigos para ajudar a pagar as contas no final do mês. As aulas começaram na universidade, bem como os novos desafios que a nova cidade impunha para um interiorano que jamais tinha morado fora da cidade natal. Os amigos começaram a surgir – e desaparecer com o passar dos anos – restando apenas os bons e confiáveis amigos de estudos, festas e viagens. A liberdade concedida por mérito nunca foi tão bem aproveitada – e as boas notas da faculdade refletiam meu feliz estado de espírito.
Dentro da nova casa, os conflitos me fizeram aprender o sentido de conviver com pessoas e hábitos diferentes. E as aventuras e lambanças na cozinha começaram a dar forma para um tradicional arroz com carne – que agora já se transformou num requintado jantar a luz de velas com direito a escondidinho ou estrogonofe!
A vida profissional também engrenou com a universidade no segundo ano de faculdade, numa revista descolada voltada para os jovens. Na OFFLINE fiz grandes amizades e muitos contatos profissionais que tenho o prazer de manter até os dias atuais.
No segundo ano da faculdade também conheci aquela que considero a mulher da minha vida! A certeza só virá mesmo com o passar dos anos, mas hoje prefiro acreditar que fiz a melhor escolha de todas e me sinto feliz e completo ao lado dela, minha companheira unânime em todos os momentos na cidade dos solitários. Com ela, pude desbravar os quatro cantos da Grande SP e boa costa do litoral paulista. Viajar e conhecer coisas novas é com a gente mesmo! Encontrei com ela a essência do amor e a realização pessoal.
Ainda em 2009, comecei a cursar a licenciatura na Faculdade de Educação da USP – que logo abandonei por falta de vocação de dar aulas numa escola tradicional. Mas tentei ao longo de um ano mudar o óbvio: não tenho o dom de ensinar os outros.
Em 2010, pegando o famoso “jeito” de se levar a faculdade, arrisquei vôos mais altos profissionalmente. Fiz um concurso da Folha de S. Paulo para um caderno de educação e fui aprovado, começando assim minha trajetória no maior jornal do país. Fiz três cadernos especiais, além de inúmeras matérias para os cadernos diários Cotidiano e Ilustrada. Sem falar nas amizades e no conhecimento adquirido nessa verdadeira escola para jornalistas. Faculdade de jornalismo pra quê, se pude viver as notícias??? Mas o casamento acabou temporariamente no fim de 2011, num corte de orçamento. Uma nova relação deve se concretizar nos próximos dias, como um sonho prestes a se realizar...
Ainda em 2011, os amigos acadêmicos começaram a se estabilizar no mercado profissional, a seriedade na universidade tomou conta dos ânimos estudantis, comecei a lutar contra a esquerda revolucionária uspiana, morei no exterior, fiquei e estou mais feliz no relacionamento de mais de dois anos com ela, a família em Botucatu (quase) se acostumou com a ausência e as visitas gostosas na casa do interior ficaram mais freqüentes. Ainda preciso dos bons ares do interior, mas não sobrevivo mais sem a poluição da capital.
2012? Acho que será uma junção poderosa de tudo que aprendi e vivi, para fazer valer a pena o ciclo de cinco anos mais brilhante da minha vida!
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