26 de janeiro de 2012

Crítica: Summer Soul Festival 2012

Segunda edição de festival consagra o carismático Bruno Mars no Brasil e revela novos e bons cantores da nova safra da música soul.


Os horários foram seguidos à risca. Pontualmente às 18h50 a cantora inglesa Dionne Bromfield subiu ao palco e deu início a um show curto de 45 minutos com muito gingado brasileiro. O público se identificou com a cantora e aplaudiu sua despojada performance. Na sequência a banda inglesa Rox, com uma estilosa vocalista, despejou um pouco de música reggae e POP. Uma das atrações mais celebradas do Summer Soul Festival, Florence And The Machine levou ao delírio fãs fervorosos, que sabiam décor as músicas da banda. Numa levada mais depressiva e com músicas dark, o Florence mostrou serviço e cumpriu o papel de agradar a quem era realmente fã da banda.

O cantor Seu Jorge, a grande decepção do festival, começou a apresentação com dez minutos de atraso. Vestido num terninho vermelho, fez o que os artistas brasileiros mais sabem fazer: subir ao palco, cantar o repertório e ir embora com o bom cachê no bolso. Sem demonstrar o menor carisma – e vontade de interagir com o público – Seu Jorge mostrou-se um péssimo artista. Seu provável talento só deve ser celebrado por pequeníssimos nichos, pois não consegue contagiar com músicas desconhecidas um público de festival. Ele foi, sem dúvida, o “mico” do festival.

Já o astro norte-americano Bruno Mars comprovou seu talento em solo brasileiro! Depois de emplacar diversas indicações em Grammy, Bruno contagiou e público paulistano e destilou boa música para os milhares de fãs presentes na Arena Anhembi. O primeiro hit, “Just The Way You Are” contagiou o público, que seguiu em coro com a banda. Destaque para a própria banda de Bruno, que participa ativamente do show, tocando os instrumentos, dançando e dando apoio ao talento de Mars.

O cantor também fez um cover de “Billie Jean”, de Michael Jackson e outra canção do Nirvana. Outros hits próprios, como “Grenade”, “The Lazy Song” e “Talking To The Moon” – que fechou o show – foram celebrados por Bruno, que conversou diversas vezes em português com o público e “cantou” as menininhas na frente do palco!

Um dos momentos mais divertidos da noite ficou por conta dos próprios brasileiros. Cantando num intervalo do show o hit “Ai Se Eu Te Pego”, em inglês, Bruno ficou sem entender, mas sorriu e disse que esperava ser “algo bom” o que o público estava cantando! Acho que depois do show, ele deve ter pesquisado no YouTube a música de Michel Teló para as outras apresentações no Brasil!

Enfim, Bruno Mars É o artista mais completo dos últimos anos. Terá, sem dúvida, uma carreira promissora, como Elvis Presley ou Michael Jackson – seus próprios ídolos.

Avaliação: Excelente

Nenhum comentário: