
Nosso país sempre se destacou pelos humoristas que aqui nasceram e puderam usar as piadas, mesmo na época da Ditadura. Chico Anysio, Dercy Gonçalves, Chacrinha, Jô Soares, Moacir Franco souberam lidar com bom humor a uma fase nada democrática da história brasileira. Tudo era proibido e não se podia fazer humor legalmente. Hoje há espaço e liberdade para se fazer rir, mas com as sombras negras dos moralistas de plantão.
O caso da propaganda envolvendo a família da Luiza, que estava no Canadá, virou sensação no Twitter, Facebook e outras redes democráticas de se comunicar. Surgiram músicas, danças, piadas, notícias. Ela virou pop. Ganhou até destaque nacional na Globo - que mostrou ser uma emissora nada careta, pois levou uma sensação da web para a TV. O principal âncora da emissora, William Bonner aderiu à brincadeira e afirmou que todos estavam presentes na reunião de pauta, menos a Luiza, que estava no Canadá. O apresentador do Globo Esporte SP, Tiago Leifert, chegou a afirmar que pagaria a passagem para Luiza voltar. Todo mundo se divertindo, mas logo surgiram os ditadores disfarçados.
O senhor Carlos Nascimento, apresentador nada carismático do SBT, resolveu atacar uma piada natural do público, condenando esses "virais". Patético! Com sua total falta de bom humor e carisma, transformou-se num ditador do politicamente correto. Atacou as pessoas que faziam piada com o fato, condenando até quem se entretém com o Big Brother Brasil. Está tudo errado ou não podemos mais nos divertir nesse país - e só devemos nos preocupar com juízes assassinados, violência no Nordeste, as drogas no centro de São Paulo, a corrupção em Brasília. CARETAS!!! Só podemos ver e ler coisas ruins, nos preocupar com assuntos sérios???? Prefiro ter bom humor do que ser um inteligente ranzinza!
Outras pessoas, que se consideram artistas, resolveram atacar a "classe artística" que compôs músicas e jingles para a Luiza! Deixem o público brasileiro se divertir com piadas momentâneas, sensações que logo serão esquecidas! Ou esses artistas se julgam "os" artistas - mas que cantam "Ai se eu te pego" nos shows para ganhar uns trocados. O que é fazer cultura mesmo???
Vamos deixar a caretice de lado, rir com a Luiza e com os participantes do Big Brother Brasil. Não quero política do pão e circo, mas simplesmente liberdade para falar e brincar. Ou vamos perder o sangue brasileiro de ser. Ou seja, devemos ver as coisas com mais bom humor - e relaxar para viver melhor.
Caso contrário, prefiro ir para o Canadá, por experiência própria, e ser feliz num país onde o politicamente correto deixou de existir em detrimento da diversão - e liberdade para se expressar das formas que quiser.
Brasil, um país careta por opção e burro por natureza?
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