11 de fevereiro de 2012

Crítica: A Filha do Mal

O desfecho de “A Filha do Mal” concorre ao pior final da história do cinema, ao lado de “A Vila” e “A Bruxa de Blair”.



A história começa em 1989, quando Maria Rossi mata três membros ligados a igreja católica durante um ritual de exorcismo nos EUA. Ao invés de ser condenada a cadeia, Maria é levada para um sanatório na Itália (!!!), aos cuidados do Vaticano. Vinte anos depois, sua filha Isabella Rossi (interpretada com sucesso pela atriz brasileira Fernanda Andrade) viaja para a Terra da Bota a fim de investigar a real sanidade de sua mãe. Embarca junto com Isabella um cinegrafista, para registrar todos os passos desse macabro documentário. Lá chegando, ela decide assistir a um treinamento do Vaticano para rituais de exorcismo. E a viagem começa, literalmente. Dúvida 1: como ela tinha TANTA certeza que sua mãe estava possuída por um demônio? Dúvida 2: por que Maria Rossi foi parar na Itália? Será que não tinha sanatórios o suficiente para os loucos norte-americanos?

Na aula de treinamento, ela conhece dois padres exorcistas, que agem sem o conhecimento de seus superiores. Primeiramente, eles investigam se a pessoa está possuída. Caso se confirme a posse, eles fazem o ritual. Mas dessa vez, as coisas ganham proporções catastróficas. Descobre-se que Maria Rossi guarda dentro de si quatro demônios – ou seja, múltipla possessão. Logo na primeira – e única – sessão de exorcismo no sanatório, os dois padres, a filha e o cinegrafista já começam a apresentar mudanças comportamentais – como raiva, alucinações e desejos de morte.

O padre mais velho, Simon, quase assassina uma criança durante um simples batismo, e depois se mata com um tiro na cabeça por estar possuído. Como Isabella estava na frente do padre morto, o tal espírito nada camarada possui a filha de Maria Rossi – que misteriosamente desaparece do filme, como num passe de mágica – fazendo com que seja levada a um hospital. Lá, Isabella mata um paciente e foge num carro dirigido pelo cinegrafista e pelo padre – que tenta no próprio veículo desencarnar o espírito de dentro dela – a caminho da casa do padre Braga, que deverá os ajudar na sessão.

Se não quiser se decepcionar com a história, não leia a próxima frase. O filme todo acaba num trágico acidente de carro, onde todos, supostamente, morrem. E fim!

A história extremamente aberta e imprevisível caminha para vários lados, o que torna surreal o desfecho, para decepção do público. O filme parece terminar no meio, ficando a sensação de que faltou verba – de US$ 1 milhão – ou um bom roteirista, para terminar de gravar a fita.

Avaliação: * *

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