Surreal imaginar que toda a Crise de 2008 nos EUA – e no mercado global – começou com apenas uma empresa retirando todo o dinheiro das Bolsas. Será que o público irá engolir essa história?
O diretor JC Chandor consegue reunir um bom elenco, contando com Kevin Spacey, Paul Bettany, Demi Moore e Stanley Tucci para relatar como foi o dia antes do começo das quebras em cascata das empresas dos EUA em 2008.
Todo o filme se passa em 24 horas, numa importante empresa de Wall Street. Após a demissão de dezenas de funcionários, o talentoso Peter recebe um pendrive de seu chefe recém-demitido alertando para um futuro nada promissor nos mercados. Está anunciada a crise financeira. E em poucas horas, Peter alerta os donos da empresa sobre o que está para acontecer e que precisam armar um plano para vender a quem quer que seja US$ 8 trilhões em papeis ao redor do mundo – que não valerão nada dentro de 24 horas – ou mais, em proporções reais e já conhecidas.
O clima tenso dentro da empresa pode dar um clima do que realmente aconteceu em 2008, mas não desse jeito de que alguém começou tudo, sozinho. As boas atuações e a frieza das pessoas que trabalham com a compra e venda de papeis passam a dimensão de quem mais perdeu com a crise.
Um bom paralelo é estabelecido quando se mostra o chefe de Peter, o milionário Sam, sofrendo com a doença e quase morte de sua cadela. Ele diz: “Estava gastando uma grana preta só para mantê-la viva”. Com as empresas de investimento ocorreu a mesma coisa: investiu-se muito dinheiro, criando a bolha financeira, acreditando-se que levaria por mais tempo o mercado. Mas um dia tudo acabou. O filme termina com Sam enterrando sua cachorra. E todas as pessoas que perderam com a crise.
Avaliação: * *
Nenhum comentário:
Postar um comentário