27 de outubro de 2011

Crítica: Se enlouquecer, não se apaixone

Você pensa que sua vida de adolescente está um caos? Experimente passar cinco dias na ala psiquiátrica de um hospital junto com pessoas não tão normais assim.




O filme B dos diretores Ryan Fleck e Anna Boden, com atuação sutilmente divertida de Zach Galifianakis (sim, aquele gordinho barbudo de “Se Beber, Não Case), guarda boas dicas para não enlouquecer num mundo cada vez mais individualista.

Craig (Keir Gilchrist) é um garoto super inteligente que está em crise consigo mesmo. Seus pais parecem não se importar com toda a pressão colocada no garoto para conquistar uma vaga em alguma prestigiada universidade nos EUA – e consequentemente um bom emprego e uma posição social elevada quando for um adulto. O melhor amigo de Craig namora a garota por quem é apaixonado desde a infância e sua sina de “loser” o persegue.

Craig pensa em se suicidar, mas vai parar por livre e espontânea vontade no pronto-socorro de um hospital. Ele pede, sem querer, para interná-lo na psiquiatria. Durante 5 dias ele conhecerá pessoas como Bobby (Zach Galifianakis) e outras pessoas que realmente enfrentam problemas sérios na vida, já bem vivida.

Mas quem ele realmente gosta de conhecer é a encantadora Noelle (Emma Roberts), uma adolescente que passa por problemas semelhantes ao dele – e que já tentou se matar algumas vezes. Eles começam um divertido relacionamento, onde um ajuda o outro a superar seus problemas pessoais e enigmáticos sobre a curta vida.

A participação de Zach na película é mais sutil que em “Se Beber, Não Case”. Ele vive Bobby, um psicopata que luta para conseguir o equilíbrio mental para cuidar de sua filha, que o espera fora do hospital. Bobby e Craig começam uma divertida amizade, com direito a conversas de gente grande e inspiração nas músicas de Bob Dylan. Os outros pacientes do hospital também ajudam Craig a refletir sobre os rumos de sua vida – e o que realmente ele deseja para seu futuro, baseando-se na sua felicidade e excluindo as expectativas dos pais.

O filme, digamos, inspirador, nos faz refletir sobre qual a real dimensão de nossos problemas – e como preferimos encarar a realidade.

O desenrolar da trama guarda respostas que todos gostaríamos de ter na vida. E que manter amigos e se apaixonar pode ser um bom caminho para não enlouquecer.

Avaliação: * * *

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