6 de outubro de 2011

Crítica: Amizade Colorida

Finalmente um filme jovem e moderninho que trata do assunto de “amigos com benefícios” num tom descolado e atores despojados.



Justin Timberlake (sim, o próprio) e Mila Kunis (de “Cisne Negro”) mostram perfeita sintonia em “Amizade Colorida”, que finalmente fez sua estreia no Brasil.

Dylan é um blogueiro bem-sucedido de Los Angeles e Jamie uma caça-talentos de Nova York – e a responsável por tirar Dylan de sua terra natal e empregá-lo como editor de artes da revista GQ. O primeiro encontro não podia ser mais estranho: quando chega à Big Apple, Dylan encontra Jamie em cima da esteira de bagagens no aeroporto procurando um papel que havia perdido. Eles se apresentam e os dois seguem direto para a entrevista na sede da revista. Claro que ele consegue o emprego. Até porque deve ser muito fácil se editor da publicação, né?

Mas Dylan não está convencido de sua mudança para NY. Percebendo tal dúvida, Jamie resolve mostrar – e encantar – Dylan num passeio pela cidade. Tudo muito rápido, num ritmo para prender a atenção do espectador a casa segundo. E consegue. O corte final do primeiro ato não podia ser melhor: um flashmob em plena Times Square, tendo como música de fundo “New York, New York”, clássico arrebatador de Frank Sinatra.

Como o casal tinha acabado de sair de relacionamentos complicados, e percebendo que tinham algumas coisas e vivências em comum – resolvem apostar no relacionamento do sexo sem compromisso, só para não se sentirem tão sozinhos na cidade. OK, no começo é uma maravilha, com cenas de tirar o fôlego! Nota 10 para a atuação de Mila Kunis! Já Justin não estraga, nem compromete. O filme é recheado de piadas no time perfeito, levando o público a constantes gargalhadas! Uma cena divertida é os dois jurando sob uma Bíblia no iPad que o relacionamento só será sexual. E quando descobrimos o problema para fazer contas de Dylan – quando ele solta números e horas sem o menor cabimento.

Mas a relação começa a dar sinais de que precisa mudar quando Dylan convida Jamie a visitar sua família em LA. E quando envolve familiares, tecnicamente, a situação tende a ficar mais séria. Mas só que Dylan não quer assumir este papel de namorado e esvazia as possíveis expectativas da garota.

De volta a NY, os dois resolvem reatar a amizade, sem sexo a priori, e viver um clichê com final feliz, mas que reserva cenas e trilha sonora para deixar qualquer um com a sensação de que o amor deve existir.

Cotação: * * * *

Nenhum comentário: