25 de setembro de 2012

Crítica: Tudo o que desejamos

Nesta fita francesa dirigida por Philippe Lioret, o drama de uma doença incurável é explorado sem aprofundamento piegas em meio a outros sofrimentos humanos ligados à área financeira.



Claire (Marie Gillian) é uma juíza de Lyon, na França, com uma doença terminal. Stéphane (Vicent Lindon) é um juiz veterano. Eles se juntam para ajudar nos tribunais as pessoas que sofrem com as taxas abusivas dos bancos franceses e empresas que fazem financiamento. O que devia ser o maior foco do filme - a gravidade do estado de Claire - acaba tornando-se apenas um plano de fundo para se aprofundar no tema dos empréstimos que os bancos fazem às pessoas que necessitam de dinheiro e não têm como pagar.

Sem muitas alternativas, os juízes começam a trabalhar juntos e descobrem que há uma concorrência desleal entre as empresas. E com este argumeto tentarão mudar algo na justiça.

No âmbito pessoal, a juíza é casada com um chef de cozinha e tem dois filhos pequenos. Depois que descobre um tumor no cérebro e que lhe resta poucos meses de vida, consegue ajudar uma amiga, Céline (Amandine Dewasmes) a brigar na justiça contra uma financiadora que lhe fez um empréstimo abusivo e aos poucos coloca tal mulher dentro de sua casa, para cuidar de seus filhos e do marido.

Claire começa a fazer de Céline uma futura esposa e mãe para seus filhos. Dá a ela roupas, perfume e abre a porta de sua casa a ela. Tudo friamente calculado, pois o marido parece não se tocar do que está acontecendo - e o estado terminal da esposa. Claire prefere revelar seu drama para o amigo juíz Stéphane e esconde de seus familiares que tem um tumor no cérebro.

Sem piedade o filme se prolonga por quase duas horas e não consegue fugir do óbvio. O final não surpreende, mas mostra um alívio para ela, ao ver que conseguiu colocar em prática seus planos profissionais e pessoais.

Vale para conhecer um pouco mais sobre a nova safra de filmes franceses, que já faturou alto com o excelente "Intocáveis".

Cotação: * *

Nenhum comentário: