7 de março de 2012

O funeral do PSDB



O Partido da Social Democracia Brasileira anunciou recentemente que José Serra será pré-candidato ao partido nas prévias para a prefeitura de São Paulo. Bruno Covas e Andrea Matarazzo, que pretendiam disputar o cargo, lançaram mão da candidatura própria e apoiaram Serra. O PSDB não parece estar disposto a pensar diferente e lançar uma nova proposta, como fez o PT ao descartar sumariamente Marta Suplicy e apostar todas as fichas no ex-ministro da Educação, Fernando Haddad (que se esconde em último lugar em todas as pesquisas de intenções de votos).

Mesmo com as recentes derrotas eleitorais sofridas nas campanhas presidenciais em 2002, 2006 e 2010 (e nas outras que estão por vir), o PSDB se estagnou e não lançou novos candidatos para um eleitorado cansado da dobradinha Serra e Alckmin. No colégio eleitoral paulista, onde reina há décadas, o partido não quis se arriscar, como fez o PT – com insistência de Lula – e terá um velho conhecido dos paulistanos na corrida: José Serra, que já desponta como favorito na corrida eleitoral, com mais de 34% das intenções de voto, segundo o Datafolha do último dia 4 de março.

Infelizmente teremos que, mais uma vez, se contentar com Serra e esperar por uma chance do promissor Bruno Covas – neto do ex-governador Mário Covas – ou de novas opções, como José Aníbal ou Ricardo Tripoli e ideias do extremamente conservador PSDB, que não quer largar o osso tão cedo de São Paulo. E assim, roer até o último pedacinho o que resta de sua (quase finada) história.

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