13 de março de 2012

Crítica: 5ª temporada do CQC

O CQC começou ontem sua quinta temporada na Band com a missão de ganhar novo fôlego para não ficar atrás do novo humorístico do canal, o Pânico na TV!.



As mudanças começaram na bancada do programa. Além da cor vermelha predominante no cenário, o repórter Oscar Filho assumiu permanentemente a apresentação do CQC ao lado de Marcelo Tas e Marco Luque. As piadas rápidas do pequeno pônei - até mesmo tirando um sarro com Luque sobre ser puxa-saco de Ronaldo - garantiram um novo ar jovial para o comando da atração. Já Marcelo Tas pareceu incomodado e inseguro na apresentação, chegando a trocar o nome de Oscar Filho por Rafael Cortez durante o programa.

Já Marco Luque conseguiu se livrar um pouco da áurea de puxa-saco que derrubou Rafinha Bastos e voltou a ser o palhaço sem-noção da atração. Até um piada infeliz sobre gato preto - que virou TT no Twitter - arrancou gargalhadas da plateia.

O bom "Proteste Já", com Oscar no comando, segue num ritmo bom e interessante. Já a campanha de doação de sangue com os políticos em Brasília mostrou algo novo na TV.

A estreia de novos quadros, como o "Nemfu", com Felipe Andreoli ou o "Sem Saída", com Mau Meirelles, parecem ser diferenciais para ganhar do Pânico em relação a conteúdo. Aliás, o pessoal do Pânico entrou ao vivo na atração e os dois trocaram farpas ensaiadas. Piada boba, mas que mexerá de verdade com os ânimos dos dois num futuro breve.

O quadro de Felipe Andreoli soa infantil: desafiar celebridades a acertar bolinhas de tênis num balde a uma grande altura. Ridículo desperdiçar o precioso tempo na TV com essa bobagem. Já o "Sem Saída" mostra políticos sendo testados num jogo da verdade, ligados a um aparelho que diz se ele está mentindo ou não.

Mas a pior parte da noite ficou para o final. A estreia do novo integrante da trupe, o "humorista" Ronald Rios decepcionou. Sem demonstrar talento e carisma - além de ser muito feio e desleixado - Rios terá que provar não ser um carioca marrento que não se identifica com o CQC.

Com a estreia do concorrente e do fogo-amigo do Pânico, o CQC deverá mostrar serviço e não ser mais um programa bobo que luta para sobreviver de qualquer jeito, levando ao ar qualquer bobagem para preencher espaço.

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