25 de maio de 2012

Crítica: Os Descendentes

George Clooney amarra com precisão essa obra-prima do cinema (uma adaptação do romance homônimo de Kaui Hart Hemmings), ao abordar de forma bem-humorada questões como a morte de uma pessoa querida e a traição amorosa.


O belíssimo cenário do longa, dirigido por Alexander Payne (mesmo diretor de Sideways – Entre Umas e Outras), é o Havaí – o que garante uma fotografia exuberante para este leve drama. Clooney interpreta um pai ausente que precisa lidar com a iminente morte da mulher, que acabou de sofrer um acidente de barco, e se reaproximar das problemáticas filhas de 10 e 17 anos. Em meio a problemas familiares, negocia a venda de uma importante região de mata virgem nas ilhas do Havaí que herdou de sua família.

Nos primeiros minutos do filme acompanhamos a mulher de Clooney navegando num barco. Na sequência, o narrador contextualiza o espectador com os últimos acontecimentos – o acidente e o coma. Bem como faz uma breve análise de sua vida, o que faz e o que pretende realizar nas próximas semanas.

Os problemas familiares se resumem à falta de tempo do pai com as filhas – e com a própria esposa, que acaba traindo o marido com um vendedor imobiliário prestes e comprar as tais terras havaianas e ficar milionário com as negociações. Ao longo da história, as filhas fazem-se entender – ao expor todos os problemas que estão passando na adolescência.

A trilha sonora e os lindos cenários encantam o espectador, que se sente a vontade em meio a todos os dramas paralelos que cortam o enredo. É interessante notar a sutileza de Clooney para conseguir levar a narrativa com tranquilidade, e até mesmo com humor.

Filme obrigatório para quem procura conteúdo aliado a um bom roteiro – vencedor do Oscar 2012 de Melhor Roteiro Adaptado.

No DVD, há um extra com todo o elenco do filme falando sobre a convivência com George Clooney nos sets de filmagem! Imperdível!

Cotação: * * * * *

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