28 de maio de 2012

Crítica: Saturday Night Live Brasil, com Rafinha Bastos



Nada faz sentido nesse novo "humorístico" comandado por Rafinha Bastos nas noites de domingo na RedeTV!. A começar pelo nome, que não é apresentado aos sábados a noite (Saturday Night), nem ao vivo por completo (Live) - 30% dos quadros são gravados.

O elenco fraco, sem talento algum para a TV e totalmente desentrosado, parece fazer piadas infantis como o antigo Casseta & Planeta Urgente! fazia na Globo em meados da década de 2000. Os formatos são parecidos, com um humor que beira o ridículo, de tão simples e cafona ao mesmo tempo. Pelo menos na Globo, percebeu-se que o formato estava gasto e sem audiência - o que culminou com a reformulação do programa. Na RedeTV! ele já estreou gasto e sem nenhum nome para alavancar a audiência.

Rafinha Bastos, o produtor-executivo do programa, apresenta uma espécie de jornal repleto de notícias velhas (como a do caso Thor Batista), entre outras esquetes longas e repetitivas - até o Furo MTV com Dani Calabresa e Bento Ribeiro consegue ser mais atual e divertido. O sucesso que Rafinha detinha no CQC prova que não era de mérito próprio - mas de toda a equipe que o projetava na bancada do bom humorístico da Band. Quem sabe Bastos não faça mais sucesso no YouTube ou no Twitter, com seus 5 milhões de seguidores. Porque na TV ele provou ser o que nunca foi. E nem adianta culpar a imprensa, como ele sempre faz para explicar seus fracassos.

A arrogância de um ex-humorista pode ser o motivo do fracasso da versão brasileira do Saturday Night Live, que definitivamente não terá vida longa na TV aberta.

A audiência deu quase traço - amargando 0,3 ponto, com "pico" de 0,9. A emissora esperava chegar a sete pontos. Cada ponto equivale a 60 mil domicílios na Grande SP. Se a audiência não subir na próxima semana, o programa deverá mudar de dia e horário. Ou logo sairá do ar, sem deixar saudade.

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