Um projeto de lei de autoria do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), pretende limitar a concessão da meia-entrada a 40% do total dos ingressos disponíveis para cada evento. Os estudantes reclamaram. Eles alegam que, sem uma fiscalização efetiva da venda dos ingressos, essa cota da meia-entrada poderá ser desrespeitada pelos produtores culturais. Entre outras coisas, o texto estabelece que a meia-entrada não valerá nos cinemas em finais de semana e feriados locais ou nacionais. Para todos os outros eventos, como peças teatrais e shows, a meia-entrada não valerá de quinta-feira a sábado, se o projeto for aprovado. Tais produtores parecem se esquecer que são beneficiados - até demais - por patrocínios de estatais e incentivos fiscais previstos pela Lei Rouanet em seus espetáculos de lucro.
Os valores dos ingressos cobrados no Brasil são exorbitantes, isto é fato! Poucos estudantes (universitários que o digam!) podem gastar pequenas fortunas para assistir um show internacional (Madonna: R$650) ou um filme no Cinemark (R$20). Será que a classe artística está mais preocupada em lotar os locais das apresentações ou com o lucro na bilheteria? A melhor solução seria fiscalizar de forma mais rígida a emissão de carteirinhas a pessoas que não têm direito a um benefício conquistado pelos estudantes para os estudantes! Como sempre, nossos excelentíssimos políticos não querem enxergar o verdadeiro foco do problema.
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