26 de novembro de 2008

A Barcelona de Woody Allen



Assim como em Match Point (2005), Scarlett Johansson volta a intepretar uma artista perdida e fracassada no magnífico Vicky Cristina Barcelona (2008), uma das obras-primas do cineasta nova-iorquino Woody Allen, que já tivera seus momentos de glória na década de 70, com os filmes Noivo Neurótico, Noiva Furiosa (1977) e Manhattan (1979). Toda a trama de Vicky Cristina se desenvolve na bela cidade de Barcelona, onde é narrada uma embaraçosa história de amor (com toda a ironia peculiar de Allen) de duas amigas americanas - Vicky (Rebecca Hall) e Cristina (Scarlett Johansson) - com o pintor local Juan Antonio (Javier Bardem) e sua ex-mulher psicopata Maria Elena (Penélope Cruz). Embalados por muito vinho e jantares a luz de vela, as turistas dos EUA se encantam por Juan Antonio, que no passado teve um conturbado relacionamento com a desequilibrada Maria Elena. Logo no começo da película surge um convite descabido de Juan para as amigas visitarem a cidade turística onde vive seu pai, um poeta recluso da sociedade, decepcionado dos seus relacionamentos amorosos do passado. Cristina acaba se apaixonando por Juan e ambos vivem um tórrido romance ao longo da história. Mas Vicky - depois de uma noite de amor com o pintor catalão - também acaba se apaixonando (mas ela é casada). Para fechar o quadrado amoroso, volta à cena a ex-mulher de Juan, Maria Elena - uma talentosa e atraente pintora de Barcelona. O melhor do filme fica por conta do beijo entre Scarlett e Penélope Cruz. Sim, as duas beldades esquentam a cena com uma quente demonstração de carinho e admiração. O longa é tratado sob uma fina ironia amorosa. Woody Allen mostra que está em forma aos seus 72 anos (dia 1/12 completa 73), mostrando toda sua genialidade atrás das câmeras.

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