8 de agosto de 2012

O fim do jornalismo


Todo mundo é jornalista hoje em dia. Mas quase ninguém consegue emprego dentro de uma grande Redação, principalmente nos meios impressos, tais como jornais, revistas e editoras. Há trabalho, mas não emprego com carteira assinada e outros benefícios. Ao que tudo indica, todos aqueles que amam de verdade trabalhar com a notícia, como no meu caso, terão que se acotovelar por uma vaga dentro da vala comum dos portais da Internet.

Minha ficha - como aquelas utilizadas antigamente dos orelhões - parece que não quer cair. Tenho o privilégio de trabalhar, ainda, numa Redação de jornal. Na maior, por ora, Redação do Brasil. Mas a cada temporada vejo que ela diminui, lutando para não desaparecer. Quem insiste em ser jornalista, profissão que será exclusiva para quem ama, deve rever os conceitos e considerar seriamente a possibilidade de ingressar no meio online. Sério, acredito que existam estudantes de jornalismo e simpatizantes que sonham em escrever em jornais, revistas, meios em extinção. Eu ainda acredito que o jornal irá sobreviver, que as pessoas comprarão os produtos nas bancas, que levarão consigo no metrô, em papai-noel e coelhino da Páscoa.

Enquanto tiver espaço no impresso, lutarei pela vaga. Mas dentro de poucos anos, ou meses, vou entrar de cabeça na rede. Antes que a rede fique cheia demais para mim.

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