15 de agosto de 2012

Crítica: Villa Blues (Botucatu – SP)

O pub Villa Blues, o mais novo bar de Botucatu – SP, atrai pela decoração diferenciada mas peca na falta de boas opções de comida no enxuto cardápio.


Divulgação

Certos empreendimentos em Botucatu acertam no conceito mas pecam por não observar o estilo dos habitantes. Quem na cidade sai às 19h de casa com seus familiares e amigos para simplesmente beber uma cerveja, sem ficar de olho no cardápio de comidas? O pub Villa Blues, que nada lembra um autêntico pub (apertado, velho e com som de rock), mais remete a um bar alternativo no melhor estilo dos pontos da Vila Madalena, em SP. Simpático, com garçons eficientes e decoração caprichada o bar agrada no visual. Há uma projeção de filmes em uma parede no vizinho da propriedade, trazendo algo novo e cultural na cidade. A programação musical também é valorizada, apesar de se esquecerem que cobrar r$ 50 de portaria (em dias especiais) em Botucatu é quase um crime!

O preço elevado das cervejas – a partir de r$ 5 por uma garrafa nacional simples – e a falta de boas opções na comida devem espantar rapidamente os frequentadores. A cerveja artesanal de Piracicaba “Dama”, com valor de r$ 15,90 é a maior furada do cardápio – ruim e cara. Um pub que faz jus ao título tem dezenas de lanches, opções de carnes, pratos quentes e diversas porções. O Villa Blues parece que se maquiou demais e esqueceu o conteúdo (e de uma boa cozinha). Linguiça caseira e porções que levam carneiro no preparo são as únicas opções diferentes do enxuto cardápio, que ainda conta com as tradicionais fritas, onion rings e bananinha. O escondidinho de carne seca é a pedida certeira, para quem tem medo de apostar alto - e caro - em pratos desconhecidos a base de carneiro.

Quem quiser se aventurar na vida noturna de Botucatu deve primeiro conhecer os gostos dos habitantes – e estipular preços mais acessíveis. O Villa Blues é apenas modesto para o que pensa ser.

Avaliação: regular

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi Thiago!

Fui ao Villa Blues ontem, e gostaria de dar minha opinião sobre o local também.

1) Só tem portaria se houver música ao vivo: no caso de ser um grande nome, a portaria será um preço condizente com o artista, como qualquer lugar do mundo (ontem, quinta-feira, estava gratuito).

2) O pub atrai gente bem educada e bonita: portanto, o ambiente fica mais agradável ainda e perfeito para conhecer gente nova e interessante. Blues, cervejas deliciosas e geladíssimas, atendimento ninja e super amigável.

3) O preço é mais importante? Vai ouvir Funk do Tigrão no Bar do Bigode. Meu tempo livre é para ser aproveitado em seu máximo potencial qualitativo, assim como meu dinheiro.

Em síntese, achei sua crítica bem superficial e pejorativa em demasia. Seu espanto com os preços ofuscou as outras características de um lugar novo, que oferece entretenimento de alta qualidade cultural, em uma cidade que carece de tal.

Grande abraço!

Rafael Perroni

Lucas Galli disse...

Depois de rodar em quase todos os bares da cidade, me arrependendo amargamente a cada visita, resolvi ir até o Villa Blues com minha namorada. Eu esperava o mesmo padrão horrível das outras casas da região, mas vocês realmente nos surpreenderam. O padrão de vocês é ainda pior.
Pra começar, o aspecto do lugar é ruim. Confundiram “rústico” com “caindo aos pedaços”. Ficamos numa mesa num canto, onde havia muita sujeira no chão, reboco de parede e alguns pontos pretos que nem quero imaginar o que eram. Praticamente tudo o que era em madeira na casa estava tomado por mofo.
O cardápio poderia ser reduzido em 50%, pois nada do que se pede tem na casa. Das cinco cervejas que pedimos, só tinham duas. Aliás, as cervejas custam preços imorais. Quase oito reais numa Heineken long neck é simplesmente ridículo. As Colorado custam mais do que bares de qualidade superior em São Paulo.
O bar também deixa bastante a desejar, nas doses das bebidas e na qualidade. Recomendo treinar melhor os funcionários ao servirem e mudarem de fornecedor, pois suspeito que alguém esteja vendendo bebida falsa à casa.
Por fim, o pior de tudo é a comida. Decidimos pedir dois lanches. O meu veio com pão errado pois “a padaria não entregou pão australiano hoje” (desculpa esfarrapada, pois não há padaria que faça esse pão na cidade, exceto a do Pão de Açúcar, onde vi um dos proprietários no dia da visita), e o da minha namorada veio com queijo errado pois “não estavam trabalhando com queijo prato naquela noite”. A qualidade é a mesma que a dos trailers da praça da matriz. O pão é puro miolo, murcho e com gosto ruim. O hambúrguer é vagabundo, provavelmente feito com coxão duro no lugar da picanha anunciada, o que é uma substituição muito comum em estabelecimentos que gostam de passar a perna nos clientes… A maioria das pessoas nem percebe. Alface passada e batata frita congelada coroavam a tragédia.
No final da noite, paguei uma conta de quase DUZENTOS REAIS por bebida ruim, comida ruim e serviço ruim. Se o objetivo da casa é colaborar pra acabar com a vida noturna de Botucatu, estão no caminho certo.