2 de abril de 2012

Crítica: Pânico na Band

A atração comandada por Emilio Surita só mudou de canal. Sem grandes modificações, ao melhor estilo de que não se mexe em time que está ganhando, o Pânico mostrou para quê veio: ser mais do mesmo.



O Pânico começou com um comunicado lido por Surita em que avisava que o programa não estrearia no domingo, por algum problema judicial, e estava adiado por tempo indeterminado. Na sequência, Sabrina lamentava o ocorrido numa bancada. Tudo mentira. Era 1º de abril! O Pânico na Band estava no ar sim - com direito a dois helicópteros e limousine, esbanjando uma verba milionária (diferente do que acontece com os irmãos pobres no CQC)!

Mas o programa perdeu a chance de se renovar e ganhar mais fôlego em casa nova. A única grande novidade ficou por conta do talentoso Márvio Lúcio, o Carioca, que estreou um quadro engraçadíssimo em que parodia o jornalista Boris Casoy, chamado Jornal do Boris. Numa imitação perfeita do âncora da Band, Carioca conseguiu fazer graça ao abandonar em definitivo a paródia de Jô Soares. Já o Ceará só teve o trabalho de pintar a peruca de branco, a nova cor de cabelo de Silvio Santos.

O quadro trash "O Maior Arregão de Todos os Tempos" promete levar adiante as bizarrices grotescas em que os próprios apresentadores do programa passam por provas nojentas e sem o menor cabimento. Bolinha e Bola, que comandam o quadro, já faziam isso há bastante tempo na antiga emissora. Só reesquentaram o formato batido.

Já Daniel Zukerman e Vesgo foram para Cancún cobrir o Spring Break. Menos divertidos e inspirados do que nos anos anteriores, a matéria mostrou mulheres bonitas, bêbadas e com bunda de fora. Ou seja, tudo o que o público já espera do Pânico.

O novo integrante da trupe, o humorista Gui Santana não teve muito espaço na estreia, mas promete emplacar como Otario Mesquita. Tem talento e sangue novo na produção!

A audiência da estreia foi excelente: 11 pontos, empatando com a Record no 2º lugar. Cada ponto equivale a 60 mil domicílios na Grande SP.

Dentro da Band, Pânico e CQC já mostraram que seguirão caminhos diferentes. O público agradece essa divisão de humor escrachado e humor com classe.

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