19 de outubro de 2009

Quanto dura o amor?



Em São Paulo, ou em qualquer outra megalópole, é difícil fugir da solidão - ou de se sentir sozinho no meio da multidão. Quem vem do interior do país, se assusta com o tamanho e corre o risco de se deslumbrar instantaneamente pelo novo mundo. Mas não pode cair na ilusão da cidade perfeita, onde tudo é acessível a qualquer hora do dia. Para fugir um pouco da solidão, encontro meus novos amigos na Avenida Paulista e andamos poucos metros pela Rua Augusta. Um cinema de domingo a tarde é lei para os paulistanos. Descobri um pouco quanto dura o amor. Mas não estava satisfeito com a trama ágil e confusa. Precisava descer para um boteco e refletir numa mesa sobre as temporalidade dos romances fulgazes. Outros amigos aparecem e se juntam a nós três. Rimos com os fatos do cotidiano. Andamos até um sebo, onde um escritor de poesia compra seu próprio livro. Fracassado com as mulheres, de certo. Frustrado. A fome aperta. Corremos até um restaurante e nos deliciamos com a comida picante do México. Como era cedo, ficamos um tempo observando o movimento da região da Paulista. As luzes da cidade brilham na minha mente. Quente! Os tipos que não via na minha cidade convivem com alegria. Mulheres, homens, mulheres, mulheres, homens, homens. Para terminar a noite, um bar. Ou melhor, nosso pub. Cervejas, vinho e água. Num sofá preto velho terminamos a noitada, satisfeitos. Mas com gosto de quero mais. De falar... Nossas histórias de amor se encontram por São Paulo. E descubro quanto dura o amor.

2 comentários:

Unknown disse...

Leke, vc ta ficando bom nisso hein... Parabéns, continue pois está cada dia melhor... Sucesso!!! Abração ;)

Thiago Azanha disse...

Valeu, rpaz! A cada dia, novas experiências!