Os carros relincham. Os motoristas latem ferozmente. Os motoqueiros miam nos perigosos corredores. O espaço dentro do ônibus é caro e apertado. Uma verdadeira luta para conseguir respirar em meio aos exaltados passageiros é travada.
- Vamos lá, pessoal. Um passinho pra fechar a porta.
- NÃO CABE MAIS NINGUÉM. FECHA A PORTA, MOTORISTA.
E o 715M-10 parte. Pára. O trânsito às 18:15 é infernal. Estou cansado! Não há assentos disponíveis. Desencano e sento na escada mesmo. Um músico senta-se ao meu lado e começa a conversar. Retribuo e o meu ponto chega. Entre empurrões e pedidos de desculpas, desço e sinto a liberdade.
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