2 de dezembro de 2010

Crítica: EUA X John Lennon

O documentário dos diretores David Leaf e John Scheinfeld soa satisfatório para os leigos e superficial para quem conhece um pouco mais sobre a vida além dos palcos do ex-Beatles John Lennon.



Final da década de 60. Os EUA lutavam na impopular Guerra do Vietnã. O música John Lennon já havia se desligado dos Beatles e se dedicava a projetos particulares e à defesa da paz. Encontrou como parceira Yoko Ono, que fez-se onipresente em sua vida. Lennon usou o poder da mídia, que tanto o perseguia, para transmitir seu descontentamento e engajamento político frente a um conflito externo dos norte-americanos, que já durava mais de 10 anos.

Lennon mudou-se para os EUA e gerou um conflito com o presidente Richard Nixon, e o chefe do FBI, Edgar Hoover. Com sua liderança e notoriedade, discursou para milhões de pessoas, que abraçaram seu ideal de paz e amor. O descontentamento com os desdobramentos da guerra e sua vítimas geraram protestos do mundo todo. Lennon apenas canalizou as vozes e gerou a ira do presidente, que tentou extraditá-lo de volta para a Inglaterra, em vão.

O filme usa imagens da época, bem como depoimentos do próprio John Lennon, Yoko Ono, políticos, jornalistas e ativistas. Retrata de forma sucinta um período mais complexo de ser abordado que em 1h30. Traz um panorama da importância e manipulação de um ídolo do rock e da paz. Mas não satisfaz por completo, principalmente nos minutos finais, os resultados alcançados por Lennon - e por todos que lutaram pelo fim da Guerra do Vietnã.

Cotação: * *

Nenhum comentário: