7 de março de 2010

Pachamama

Pense num filme em que a história só agrada ao diretor. Pois bem, Pachamama consegue ser um documentário autoral. E nada mais.



A proposta do itinerante documentário brasileiro dirigido por Eryk Rocha é boa: traçar um panorama sobre a real situação do Peru e da Bolívia - países que fazem fronteira com o Brasil. Pachamama significa mãe-terra no antigo idioma aymara. Mas o registro não agrada pela cenas demasiadamente longas da estrada em si - e as cansativas paisagens, que caem na mesmice depois de trinta minutos. Os habitantes locais ficam em segundo plano. O diretor não se aprofunda em nenhum tema. Tenta, sem sucesso, tratar da política, trazendo cenas de Evo Morales em meio a discursos e protestos da população. E nada mais. Alguns indígenas foram inseridos no contexto, para tentar transmitir a sensação de que o filme se passa em determinados países indianistas. Pessoas vagas construíram um filme vago. Dispensável, que logo será esquecido.

Cotação: *

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