8 de fevereiro de 2010

Invictus

Clint Eastwood viaja a África do Sul e capta com precisão o que os nativos tem de melhor: a raça.



Não falo só na raça étnica, mas na raça de batalhar para sobreviver em meio a todos os infinitos problemas que cercam a população, na raça da vitória. E a raça no esporte, que todo bom torcedor cobra do jogador! A película se passa após a libertação do líder político Nelson Mandela, num momento histórico marcado pelo fim do Apartheid (divisão entre negros e brancos) na África do Sul. Seu governo tem diversos tabus a serem quebrados, sem falar nos problemas da violência, desemprego, desigualdade, disseminação da AIDS e da falta de tudo (atenção, não estou falando do Brasil). Mas o filme focaliza o tema do esporte, escape da Mandela para aproximar brancos e negros através do rugby – uma modalidade praticada em sua grande maioria por brancos –, sendo o time nacional os Springboks. O único negro do time, Chester, se destaca em campo e cai nas graças da torcida negra. A falha da fita é “esquecer” da população no meio da história, focalizando as atenções para os jogos do Springboks e na atuação política de Mandela no exterior. A realidade faz-se presente nas locações de Invictus, rodado na própria África do Sul. Toda a preparação para a Copa do Mundo de Rugby em 1995 ganha ares atuais, com a proximidade da Copa do Mundo da Fifa em 2010. A população, assim como em 95, promete ser a grande atração para este ano! E poderemos ver brancos e negros torcendo juntos numa única África!

Cotação: ***

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