9 de julho de 2009

O Pasquim



Pai do jornalismo moleque brasileiro, o jornal "O Pasquim" driblou com humor ácido a ditadura no Brasil. Os lendários Jaguar, Sérgio Cabral e Tarso de Castro juntaram suas mentes explosivas em 1969 e fundaram o semanário, preparados para uma enxurrada de críticas e sérias retaliações do governo militar. Tempo depois de seu lançamento, juntaram-se à redação Millôr, Ziraldo, Claudius, Prósperi, Ivan Lessa e outros nomes brilhantes, compondo o jornal mais democrático e revolucionário do século XX. No começo da década de 70, parte dos boêmios jornalistas foram presos pelo governo militar. Mesmo assim, o Pasquim continuou a funcionar com todo fôlego. Diversas colaborações de ilustres leitores ajudaram a manter a circulação do jornal. Glauber Rocha, Chico Buarque e Chico Anysio estão entre as dezenas de colaboradoers que passaram pelo Pasquim. O semanário também marcou época pelas entrevistas bombásticas que repercutiam em todo Brasil. Dizem as más línguas que os entrevistadores embebedavam seus entrevistadores, para deixar a conversa mais alegre e descontraída! O resultado? SUCESSO! Quando o etílico jornal completou um ano, o preço subiu. A justificatica? O whisky havia aumentado de preço!

Será que hoje um jornal deste tipo ainda faria sucesso em plena democracia, se a graça estava no fazer porque era proibido? Gostaria muito de ter passado pela redação deste jornal vanguardista nas décadas de 70 e 80...

Para ler: O Pasquim - Antologia (1973 - 1974), Volume 3. $r79,90

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