O milagre se deve a diretora Laís Bodanzky, que traduziu em poucas horas quase todas as situações - boas e ruins - que os adolescentes passam na escola e na vida. Sem forçar a barra com diálogos ao estilo "Malhação", tratando de assuntos delicados da forma mais direta possível (homossexualismo, sexo, suicídio) e retratando com suavidade todos os estilos de jovens do país. A história gira em torno de Mano (inspirado na série de livros "Mano", escritos por Gilberto Dimenstein e Heloisa Prieto), que vive o dia a dia do Colégio Paulistano e mantendo contato com todos os problemas das pessoas a sua volta. Na escola, há uma blogueira fofoqueira (qualquer semelhança com Gossip Girl é pura coincidência, tá?), que leva para a web os assuntos mais comentados entre os alunos. E Mano precisa esconder seu drama familiar: o pai saiu de casa para viver com um outro homem. E seu irmão Pedro, interpretado pelo badalado ator Fiuk, está a beira do suicídio depois de terminar com a namorada. O politicamente correto e careta do Brasil está fora de "As Melhores Coisas do Mundo". Prepare-se para ver nas telas os personagens bebendo, fumando um baseado, conversando de sexo, homossexualismo, fofocas, falsidade. Enfim, tudo que existe em qualquer lugar, mas que os pais preferem não enxergar. A trilha sonora e a bela fotografia fecham a perfeição do filme. No elenco, atores conhecidos do público, como Denise Fraga, Paulinho Vilhena, Caio Blat e Zé Carlos Machado dividem as cenas com os talentosos adolescentes.
Cotação: *****
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